Mensalão: indumentária em plenário

Frederico Vasconcelos

O jornal “Globo” revela, nesta sexta-feira (10/8), que o advogado de Roberto Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, foi abordado pela segurança do STF porque estava usando calça jeans escura:

“Estava sentado assistindo a uma sustentação oral e uma moça pediu para eu sentar em outra cadeira. Ela disse que eu estava de jeans e que era proibido. Eu perguntei qual era o modelito e ela não soube responder, porque não existe este modelito. Recomenda-se vir de terno, mas eu não vou fazer intervenção. Não há problema. Não estou de bermuda”, narrou o advogado ao jornal.

Barbosa permaneceu onde estava.

Comentários

  1. A dificuldade que nós brasileiros temos em seguir regras é impressionante. Se há uma regra para ir com determinado tipo de traje, por quê desrespeitá-la? E pior ainda é isso partir de um advogado. Embora pareça uma regra antiquada, quem conhece a freguesia de tribunais sabe que, se deixarem, vai ter mulher indo de mini-saias ou decotes pronunciados para tentar “mudar a cabeça” de algum servidor ou juiz, ou o homem indo de peito à mostra para impressionar alguma servidora ou juíza… ou vice-versa nestes tempos de flexibilidade de gênero… O pior de tudo… é capaz de conseguirem…

  2. Pode até ser, a atitude do advogado, uma chincana, como disse o comentarista Sr. Wilson, porque desse povo do mensalão não duvido nada, até chicana, np sentido de buscar um incidente processual. Contudo, na real, acho uma bobeira muito grande, qto a exigência do modo de vestir dos frequentadores do STF, STF etc, , a toga, a beca afastam os operadores de direito do povo brasieliro. Nisso, concordo como Marcos alves Pintar o conteúdo, desse prevalecar sobre a casca.

  3. Do jeito que os advogados estão tentando todo tipo de chicanas, não me surpreenderia se isso aconteceu de propósito (o advogado ir de jeas para o STF), exatamente para criar um incidente que atrasasse o julgamento. Felizmente o presidente da Corte não entrou na dele. Convenhamos, um advogado ir a Suprema Corte de calça jeans é indesculpável, mesmo que com gravata e paletó.

    1. Na verdade, quem vem tentando todo tipo de “chicana” no Brasil de hoje são os inimigos do povo e da democracia, que não se cansam de, sem base fática, tentar impingir características negativas aos advogados, visando menosprezar toda a classe. Ora, qual o cabimento de se concluir que o advogado vestiu uma calça jeans visando propositadamente criar um incidente junto à Corte? Quem é advogado sabe das dificuldades em se atuar em causas complexas, que demandam horas infinitas de estudo e planejamento. Em não raros casos, notadamente quando se pernoita em hoteis, não há tempo suficiente para formar uma indumentária “impecável”, a não ser que se adbique de dispensar à causa sob patrocínio todo o cuidado que reclama. Eu mesmo, que jamais uso jeans durante o trabalho (e não creio que seja a indumentária adequada) já me vi na necessidade de comparecer a compromissos profissionais usando uma calça jeans, notadamente em situações nas quais, em viagem, o trabalho acabou por se estender por período de tempo muito além do previsto, por motivos diversos. Obviamente que o funcionário público não tem esse problema. Como a maioria “picota cartão”, quando vence seu horário de trabalho ele abandona o que está fazendo e vai para casa, sem nenhuma preocupação em cumprir prazos ou estudar sua atuação de forma mais aprofundada, com todo tempo do mundo para cuidar de sua indimentária.

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