Prática que deseduca e não fica bem ao STF
Comentário de Alfredo Attié Jr., Juiz da 29a. Câmara de Direito Privado do TJ-SP:
Uma reflexão, à guisa de sugestão de civilização.
Não entendo e não me dou bem, sou mesmo contra a cultura, tão difundida em nosso País, dos serviçais.
No Supremo, os/as Ministros/as necessitam de um funcionário, vestido com sua capa preta, para puxar e empurrar aqueles cadeirões.
Sugeriria que o Ministro Ayres Brito, pessoa que se mostra tão sensível, no trato e nas ideias, poderia e deveria consultar Suas Excelências e abolir a prática, que deseduca, assim, vista ao vivo, pela TV.
O Brasil precisa de gente estudando, trabalhando em atividades que dignificam, fazem crescer. Acredito que não fica bem o STF guardar essa prática.
O Blog complementa:
Com exceção de Joaquim Barbosa, com os problemas de saúde que exigem a troca de cadeira várias vezes durante as sessões, supõe-se que os demais ministros, até mesmo aqueles mais próximos da aposentadoria, têm vigor bastante para dispensar essa mordomia.
Às vezes eu penso que é necessário um auxiliar para que o ministro consiga se movimentar na cadeira com aquela Toga esquisita e que alguns ministro simplesmente jogam para trás tal o incômodo que ela proporciona, deixando aparecer somente dois “suspensórios” que a prendem nos ombros. Aliás, quando o ministro faz isso fica horrível de ver, além de passar uma imagem de rejeição à Toga, o que não fica bem, dado ao que ela simboliza. Existem modelos de togas (o mais usual é o modelo francês), que é muito mais confortável e bonito. Agora, que não fica nada bem aquela imagem de um servidor só para puxar a cadeira para o ministro sentar-se ou levantar-se, isso é fato.
Acompanho o comentário do Jalson,
os “capinhas” para alguns “morceguinhos” não estão lá tão somente para puxar cadeira para Ministro, existem outras atribuições de tais servidores, alçados pelo comentarista a condição de simples
serviçais.
Os “serviçais”, os tais “capinhas”, não são simples serviçais, também ajudam no andamento das audencias auxiliando os ministros.
Talvez eles sejam mais do “simples serviçais”…
Muito bom teu Texto. Parabens. Que o Ministro Aires Brito, acompanhe o Blog e reflita sobre tua sugestão.
Alguém já disse que quando se chega ao poder, e sobretudo ao poder supremo, esquece-se até mesmo como se abre uma porta. Às vezes jornais e TVs mostram presidentes e primeiros-ministros carregando pastas e garrafinhas d’água, indo à porta buscar jornais, mas é nas estranjas.