Mensalão: hipótese risível e vaidade incontida

Frederico Vasconcelos

De Janaina Conceição Paschoal, advogada criminalista e professora livre-docente de direito penal na USP, na Folha, neste sábado (26/10):

A pretensão de recorrer a cortes internacionais chega a ser hilária, pois a comunidade internacional tem justamente cobrado do Brasil rigor com a corrupção. Intrigará ver o mundo noticiando que membros do poder Executivo compraram membros do poder Legislativo, com dinheiro público, e ainda se entendem vítimas de violação de direitos fundamentais.

De Antonio Cláudio Mariz de Olveira, advogado criminalista, e um dos defensores no julgamento do mensalão, no mesmo jornal, ao fazer um alerta sobre “o poder da mídia para capturar a vaidade humana e torná-la sua refém”:

Nesse sentido, um alerta: todos nós, integrantes da cena judiciária, deveremos administrar as nossas vaidades, para que ela não se sobreponha às responsabilidades que temos para com o seu principal protagonista, o cidadão jurisdicionado.

Comentários

  1. É verdade que o Brasil é cobrado em relação aos atos de corrupção. Porém, não é menos verdade que também é sistematicamente cobrado em relação a violações graves a direitos humanos por não respeitar regras processuais consagradas, como o direito ao um recurso justo e isenção dos julgadores. Assim, a alegação de muitos no sentido de se recorrer a um tribunal internacional em relação ao julgamento do mensalão nada tem de risível.

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