Vozes na rua e ecos reservados no STF
Frederico Vasconcelos
De reportagem de Juliano Basile, no “Valor Econômico“, nesta terça-feira (25/6):
“Ministros avaliam, em conversas reservadas, que a bandeira anti-corrupção dos manifestantes vai ser erguida em frente à Corte no dia do julgamento [do mensalão], ampliando a tensão dentro do tribunal. Nesse contexto, será mais difícil arguir que o Supremo deve adotar posições anti-majoritárias –contra a opinião da maioria da população– e até mesmo rever as penas no sentido de reduzi-las em larga escala”.
Segundo Basile, “antes dos protestos, [o ministro Joaquim] Barbosa fez diversos pronunciamentos que estão em sintonia com os manifestantes”.
Quando julgaram o mensalão também esperavam uma multidão do lado de fora. Apareceu ninguém. Estão superestimando o assunto. O tema é árido e pouco empolgante. Por outro lado, a pressão popular, mesmo que de longe, dá resultados. Quando o caso do deputado Donadon seria julgado, não fosse a pressão popular?
Não sei se os ouvidos e olhos do poder instituído estão moucos e difusos, mas a disposição de manifestantes, mesmo que rotulados como vândalos (e não há como negar que muitos eram), em invadir palácios é, ao meu ver, uma vontade de dissolver esses poderes. Fica sempre a dúvida no ar. Se os policiais não tivessem sido tão eficientes em proteger os detentores do poder, teria surgido algo mais sanguinário? Talvez pela posição que ocupa, Dilma percebeu claramente a ameaça e esteja propondo a Constituinte restrita. Supremo e Congresso estão fingindo que não é com eles, mas decisões como essa do mensalão, dependendo das decisões e de como elas forem passadas para a população, poderão ter a ira diretamente apontada para eles. Não creio que as coisas acalmaram, mas que simplesmente não há fatos novos.
Por motivo de saúde, recentemente residi na Capital Paulista por quase um ano e saía de casa para o hospital, retornando assim que podia, de medo!
Retornei ao interior assim que recebi alta e, para minha decepção, na mesma semana em que cheguei, a padaria e a pizzaria vizinhas à minha casa foram assaltadas à mão armada. Aí senti o tamanho da insegurança. Ela é geral.
Nestes dias, sinto algum alívio. Há esperança no ar! Acovardamo-nos por décadas, mas os novos valentes brasileiros partiram para a luta e acredito piamente na vitória e que pelo menos nosso simpes ir e vir com segurança possa se concretizar, sem medo!
Não se pode esquecer de incluir na reforma que se pretende fazer o fim da indicação política dos membors do STF.
Esta na hora de dar um basta a tanta bandalheira que vem acorrendo em nosso País, cada vez arreda-se mais e os serviços prestados à população cada vez piores. Joga-se dinheiro pelo ralo pra fazer demagogia, as obras começam com um valor e terminam custando custando duas ou três vezes mais, isso para encher os bolsos de políticos corruptos e para remunerar os camaradas que foram colocados em cargos de confiança, isso é ridículo e nosso governo é patético. Basta!! 12 a 15 ministérios seria mais que suficientes não 39.