Poder Judiciário e outros poderes

Frederico Vasconcelos

Sob o título “É Assusete”, o jornalista Felipe Patury publica na revista “Época” a nota abaixo. A informação é reveladora sobre os critérios e práticas, criticados pela própria magistratura e pela torcida do Flamengo, para a escolha de membros dos tribunais superiores.

O PMDB foi comunicado que a vaga aberta no Superior Tribunal de Justiça (STJ) será preenchida por Assusete Magalhães, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região. Ela tem o apoio do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A decisão remonta a janeiro. Não foi anunciada para não melindrar o presidente do STJ, Ari Pargendler, que apoia Suzana Camargo, do TRF da 3a Região. Consultado, o Planalto diz que a decisão não foi tomada.

Comentários

  1. Há sempre essa tendência de clamar pela alteração do modo de escolha dos Ministros dos Tribunais Superiores. Confesso que também fico na dúvida se o método atual é correto ou, pelo menos, justo. No entanto, lembro-me que quem está “escolhendo” é um representante do povo, aprovado por outros tantos representantes. Infelizmente, a depuração do Judiciário demorará e dependerá de uma depuração da sociedade brasileira. Lembremo-nos sempre que os podres poderes são três Executivo, Legislativo e Judiciário. Todos e não apenas o Judiciário.

      1. Mas tem que começar de algum lugar, e o melhor lugar para começar, pois o caminho mais rápido e fácil, é no principal poder de qualquer Estado Democrático de Direito, o Judiciário. Não tenho a menor sombra de dúvidas que há muitos, dentre os seus Doutos Membros, preparados e motivados para esta tarefa de transformação. Acredito que lhes faltam apenas a oportunidade, oportunidade que fatalmente virá através do amadurecimento do desejo inconteste da sociedade por dias melhores e mais justos.

  2. Para melhorar aspectos como esse a componente política da composição das Cortes superiores, máxime o STF, deveria ser modificada… Não deveria haver INDICAÇÕES. A escolha por todo um plenário seria, no mínimo, mais difícil de atender interesses “sazonais”…

  3. Link 1: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u432693.shtml

    “De Sanctis disse que a desembargadora Suzana Camargo, do TRF (Tribunal Regional Federal) de São Paulo, lhe relatou em conversa telefônica que Mendes havia ficado irritado com a sua decisão.

    “Ela [desembargadora] tomou conhecimento por parte do ministro da prisão. O ministro estava, segundo a versão dela, realmente irado. Tomou para o pessoal, o que não foi. Ela disse isso para mim’, afirmou o juiz.

    De Sanctis disse que, na conversa, a desembargadora se mostrou “perplexa” com a sua postura de decretar uma nova prisão de Dantas mesmo após a decisão do STF de libertá-lo pela primeira vez.”

    Link 2: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3736532-EI6578,00-Desafeta+de+De+Sanctis+se+declara+impedida.html

    “A declaração de impedimento da desembargadora Suzana Camargo no julgamento de De Sanctis também pode ser explicada por outro ingrediente. O juiz federal tem uma representação na corregedoria contra Suzana Camargo.

    O motivo? A conversa de Suzana Camargo com Gilmar Mendes sobre o suposto grampo”.

    Link 3: http://anajus.jusbrasil.com.br/noticias/2433058/sou-ari-pargendler-presidente-do-stj-voce-esta-demitido

    “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ. Você está demitido.”

  4. Fred eu lamento, mas em minha opinião, aqui reside o atraso no desenvolvimento e desempenho do Poder Judiciário. Dessa maneira a Instituição jamais será compatível Século XXI

    1. Realmente Clara, concordo com vc, essa Senhora Desembargadora, logo logo será considerada Ministra, jamais, vai punir os politicos que lá no STJ estão querendo colocá-la. Queria ver a AJUFE abrir a boca agora, e criticar veementemente essa maracutaia. Vamos AJUFE, Vamos AMB, representem contra essa situação esdruxula e imoral. Nós estamos esperando.

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