Ajufe condena declaração de Eliana
A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) emitiu nota pública em que critica as declarações da ministra Eliana Calmon:
Resposta às declarações da Corregedora Nacional de Justiça
“Os juízes federais têm cumprido, ainda que com falta de estrutura de trabalho, a ampla maioria das metas do CNJ. Não são vagabundos, são exemplos de dedicação ao trabalho. Com o processo eletrônico o judiciário federal está aberto para a sociedade 24 horas por dia de modo transparente. Frases que pecam pela generalização depreciativa de uma carreira inteira, sem indicar com exatidão os responsáveis pela desídia funcional, não são boas e não contribuem para uma prestação jurisdicional mais célere e efetiva no combate à corrupção e a impunidade no país. O momento é de diálogo, ponderação e sensatez dentro de uma agenda positiva na busca de uma justiça de qualidade em benefício da população brasileira”.
Gabriel Wedy
Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE)
Dessa vez, não houve generalização por parte da Ministra, que teria utilizado a expressão “uns poucos vagabundos”. No entanto, a palavra vagabundo, assim como a expressão “bandido de toga”, parece ser escolhida a dedo para gerar efeito midiático. Esse, para mim, é o principal problema: a aparente tentativa da Ministra de “jogar para plateia”. Qual será a próxima expressão bombástica? O comedimento no linguajar é dever de todo magistrado.
Incrível como essa associação distorce o que foi dito ( não houve generalização) para posar de vítima..
Como se esse vitimismo encontrasse eco na sociedade…
Todo mundo que tem algum BOM SENSO sabe que a ilustre ministra ABUSOU e EXTRAPOLOU em sua fala infeliz. Mais uma vez. Infelizmente.
A ministra deveria se impor uma quarentena e só voltar a falar quando tivesse algum dado relevante ou resultado a apresentar à Sociedade. Deveria dosar sua propensão a querer aparecer a todo custo e às custas de seus colegas, pois não está acima deles. Por falar nisso, porque ninguém comenta ou lhe pergunta sobre os atrasados de quase 500 mil que recebeu caladinha?
Sim, não cansa de fazer palanque. Eu sou a favor de acabar com nomeações políticas para as cortes superiores. Aqui, no país do mensalãdo e da impunidade, isso não funciona…..
A primeira coisa que precisa acabar é o tal quinto (in)constitucional, fonte de corrupção. No mais, de acordo.
Estou esperando pelas providências práticas. Vai ficar por isso mesmo?
O que é de assustar no comportamento de um juiz, promotor, corregedor, conselheiro é a busca de holofotes Säo profissionais a quem os aplausos são incompatíveis com o ofício, sob pena de se perpretarem injustiças severas, no mais das vezes ao elo mais frágil dessa corrente: justamente o cidadão que hoje aplaude, e lastimavelmente sob a benção de alguns operadores do direito.
Todo trabalho de investigação e julgamento pode e deve ocorrer. A indiscrição, além de condenar pessoas sem o devido processo legal, pode por abaixo o próprio objetivo de instituicões sérias e moralizadoras. Basta lembrar que apenas um voto garantiu a competência concorrente do CNJ.
A linguagem chula é ainda mais imprópria a quem tem responsabilidade de julgar.
Nessa área não há espaço para a autopromoção, nem vaidades. Trata-se de ato tão desonesto quanto aqueles que se apontam.
Por pior que seja a paisagem, a janela nunca pode, nem deve se sobrepor a ela.
Mandou bem. Como não teve nenhuma punição das outras vezes, a Ministra reincidiu na prática. Ao contrário, a Ministra foi aplaudida pelos áulicos de plantão. Tomara que medidas firmes sejam tomadas dessa vez, pois o excesso não pode ser admitido, sob pena de se transformar o assunto em circo.
A fala da Ministra tem endereço certo e não pode ser entendida como atingindo o universo dos Magistrados. Foi retorção contra achaques que ela vem sofrendo injustamente, em face do cumprimento de seus deveres funcionais específicos junto à Corregedoria Nacional de Justiça. Em fim de mandato e sem ausculta da categoria, eis que o Presidente da AJUFE encaminha à imprensa mais uma nota sem a concordância do conjunto de seus representados.
Já ouvi de um juiz federal que a AJUFE, através do Presidente Gabriel Wedy, se tornou mera marionete do Conselheiro do CNJ Tourinho Neto, o qual tem rixa com Eliana Calmon. Está sendo usada, portanto, por aquele contra esta. Aliás, por que a AJUFE não disse nada quando o Gilmar Mendes afirmou, nesta semana, q a 1ª instância não funciona?
Essas associações estão mesmo maculando o próprio judiciário. A ministra não generalizou nada e muito menos deu a entender que todos são vagabundos. O que ela já disse e vem repetidamente dizendo é que há poucos vagabundo que vestem toga. Ela mentiu? Eu sou advogado e afirmo: há vagabundos que vestem beca. Estou mentindo? Idem aos promotores/procuardores, policiais etc. Mentimos quando assim afirmamos? o sr. Wedy e os demais dirigentes das sedizentes associações de classe continuam com esse discurso vazio. Cabem-lhes dizer, ainda há tempo, em alto e bom som: parabéns “J”uíza Eliana Calmon. Marcharemos com a senhora nessa luta para tirarmos do nosso meio os que não merecem ser magistrados. Isso nos fortalecerá, pois somos milhares de probos e honrados e trabalhadores magistrados e assim queremos ser reconhecidos e respeitados pela sociedade. O mais é conversa fiada, que aqui nos rincões das gerais, dizem os matutos que é “conversa prá boi dormir”. E, acredite, há muita sabedoria nas palavras de um matuto ou de um caboclo. Têm eles formação na escola da vida e esses adágios, por serem fruto de um consenso, se tornaram e são verdades incontestáveis. DESABAFO.
Não macula nada. Estão fazendo seu trabalho. Pior faz a Oab, que não faz nada, só usa o dinheiro dos pobres advogados…