Eliana comenta a disputa eleitoral na Ajufe

Frederico Vasconcelos

Ministra diz suas críticas talvez sejam mote para plataforma política na entidade

Reportagem de Bertha Maakaroun, no jornal “Estado de Minas“, informa que a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, aproveitou entrevista coletiva em Belo Horizonte para rebater críticas que vem recebendo da Associação dos Juízes Federais (Ajufe).

“As associações estão cumprindo um papel, que é o papel de defesa exacerbada da magistratura. No momento em que estão em processo eletivo, há quatro chapas, com dificuldade de composição, eles têm de ter mote, uma plataforma”, afirmou. “Me parece que nas minhas falas, uma linguagem muito direta e talvez palavras muito duras às vezes, encontram bom motivo para fazer disso plataforma política”, arrematou.

Eliana participou da Conferência Internacional de Advogadas e Mulheres de Carreira Jurídica, quando lamentou que as varas Maria da Penha estão abandonadas em todos os tribunais de Justiça do país.

Segundo o jornal mineiro, em sua palestra a ministra criticou o Superior Tribunal de Justiça por sua interpretação da Lei Maria da Penha, que pune a violência doméstica contra a mulher.

“Pasmem que o STJ foi capaz de dizer que não podia aplicar a lei, porque ela terminava por desigualar aquilo que a legislação penal havia igualado, que são os crimes de baixo potencial ofensivo”, afirmou.

Comentários

  1. Fala muito, fala muito!!!
    Sobre o seu trabalho? Nada. Marketing puro. O país precisa de resultados, nomes, processos, condenações na Justiça e não na mídia, sendo esta última ilegal, antecipada e sem direito de defesa.

  2. Tá difícil, todo dia tem entrevista e holofotes para a senhora ministra. Está atropelando o Código de Ética da magistratura e ninguém faz nada… Será o novo Collor nascendo? (o fenômeno parece ser o mesmo, com um discurso populista e demagógico)

  3. Cuidado Marcus, da forma como andam as coisas, o Sr. corre sério risco, visto que quem não concorda com Eliana Calmon é defenestrado. Viva o policiamento ideológico e a a sapiência de Eliana Calmon, a guardiã da moralidade pública e o resto é tudo bandido e vagabundo e se for juiz é também de baixo nível, na média, claro!!!

  4. Uma coisa já deu para perceber: a Ministra é a senhora da verdade. Ela sabe tudo e os outros não sabem nada. Juízes e Desembargadores não são colegas, são subordinados. Já trabalhei no Judiciário e a Ministra me lembra os antigos corregedores que chegavam fazendo terror com os funcionários e Juízes. Nunca apresentavam nada positivo, construtivo. Achavam que se impor era instaurar o terror, gerar o pânico e dizer que todo mundo estava errado, menos eles. Não contemporizavam, não reconsideravam nada que havia falado. Pensei esse tipo de Corregedor estava acabando. Parece que não.

  5. A propósito, segue abaixo um dos artigos do Código de Ética da Magistratura, da qual a eminente ministra faz parte:

    “Art. 12. Cumpre ao magistrado, na sua relação com os meios de comunicação social, comportar-se de forma prudente e eqüitativa, e cuidar especialmente:

    I – (…)

    II – de abster-se de emitir opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos, sentenças ou acórdãos, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos, doutrinária ou no exercício do magistério.

    Art. 13.O magistrado deve evitar comportamentos que impliquem a busca injustificada e desmesurada por reconhecimento social, mormente a autopromoção em publicação de qualquer natureza.

  6. Olá! Caros Comentaristas! E, FRED! Entende-se e entendo que a Lei Maria da penha é um tremendo avanço e o STF deu uma ajeitada nessa LEI que é IMPERFEITA na sua ORIGEM. Ou seja, saiu IMPERFEITA do Congresso Nacional o que significa, sem essa AJEITADA do STF, a lei Maria da penha seria INCONSTITUCIONAL. O STJ ao contrário decidiu a LUZ do que há de legislação disponível, entretanto, a corregedora dá uma interpretação NÃO conforme com a Lei e sim, conforme com sua OPINIÃO! E na JUSTIÇA e para a JUSTIÇA o que vale é a LEI e suas possibilidades. A Ajeitada na lei Maria da Penha só poderia ter sido feita pelo STF e, ainda assim, tipo digamos, meia-boca. O STJ jamais poderia fazê-lo. Portanto, é relativamente injusta essa nova ACUSAÇÃO contra o JUDICIÁRIO! OPINIÃO!

  7. A Ministra tem a real dimensão da sua pessoa e sabe que esta sendo uma pedra no sapato de muita gente. O importante é que os fatos que diariamente vem a publico reforçam suas posições e atitudes. A Ministra sabe a que veio e não deixa duvida quanto a isso.

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