Em meio à confusão, um balanço descontraído
Reportagem de Marcos de Moura e Souza, no “Valor Econômico” desta sexta-feira (9/3), revela que a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, arrancou gargalhadas de alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, nesta quarta-feira, ao fazer um “descontraído balanço de sua gestão”:
(…)
“Posso dizer aos senhores que depois de toda essa confusão, e eu fiz uma grande confusão realmente, eu sou uma mulher feliz”, disse, referindo-se ao fato de atrair tantos estudantes para ouvi-la.
Outro motivo de sua felicidade, sugeriu ela depois, é que finalmente sua relação com magistrados mais resistentes ao CNJ começa a mudar.
“Eu posso dizer que eu tenho conseguido resultados. O CNJ está mudando o Judiciário, os tribunais estão se aproximando, estão pedindo ajuda. Agora mesmo eu estou fazendo uma correção nos precatórios e todos estão querendo”, disse após a palestra. “O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo chamou a corregedoria para ajudá-lo. Eu nunca pensei que isso aconteceria.”
Não precisa atacar a toda a magistratura, com generalizações inaceitáveis, para realizar seu trabalho e nem usar palavreado chulo.
E usar menos a Imprensa. Os resultados deve ser mostrados sim, mas dar entrevista toda hora. Abre a geladeira e já dá entrevista. Mas a estratégia funcionou: fez o Ibope dela.
Fred o humor é proprio dos inteligentes. Eliana Calmon foi brilhante.
Isso sim é tarefa da Ministra. Parabéns! Lembro apenas que, para trabalhar com eficiência não precisa usar de vocabulário inadequado.
O que afinal pretende o Doutor Wedy ?
No encontro nacional nada adiantou acerca do MS com a AMB e ANAMATRA contra a nossa corregedora nacional, e nos estertores do ano judiciário assina procuração (detêm legitimidade jurídica para tanto, mas não avisto a moral por conta do silêncio no encontro) para o mister.
Desde então a AJUFE ficou a posar de “papagaia de pirata” nos ombros da AMB, a meu ver jogando ao léu o patrimônio moral e a respeitabilidade conquistada a duras penas por administrações anteriores. Responde “automaticamente” até os “espirros” da corregedora Eliana, nossa colega “de carrera”, foi substituta, titular, desembargadora federal e agora é ministra, dignificando a carreira dos juízes federais, “da federal”. Se dependesse só deste pobre juiz, estava “automaticamente” reconduzida para mais um biênio no CNJ – precisa terminar o que começou.
Não obstante as reiteradas notas de repúdio à corregedora nacional, nenhuma palavra acerca da manifestação do ministro Gilmar quanto ao alardeado fim do “foro privilegiado”. Para situar os navegantes, e talvez o próprio Doutor Wedy, o ministro falou que a “primeira instância não trabalha”. Isto não equivaleria a chamar os juízes de “vagabundos” também? E nenhuma notinha sequer a respeito – silêncio total.
Precisou um juiz de direito gaúcho falar por si, fazendo as vezes da associação dele no Estado. Da AMB, certamente, também. E para mim serve como nota da AJUFE. Creio que aqui mesmo neste blog e/ou no CONJUR há poucos dias.
Afinal, o que pretende o Doutor Wedy ?
Nem minhas duas ou três respostas a notas da AJUFE (uma delas repudiando o ato da OAB em defesa da nossa colega “de carrera” Eliana Calmon) a AJUFE divulgou para todos os associados, embora tenha eu reiterado este pedido. É ver meu email em reposta “quase que automática” a divulgação da nota no email institucional, tão logo por ela divulgada. Reitero-o novamente, aqui e agora.
Vale dizer, a AJUFE pode entupir nossas caixas de e-mails com o que bem entender, mas não se digna a divulgar as manifestações de seus associados, mesmo quando estes a solicitam. Assim, temos que lavar a roupa fora de casa. No meio da rua. Paciência.
Então o que pretende o Doutor Wedy ?
Não sou candidato a qualquer cargo associativo que seja. Não votarei nas chapas inscritas, a exemplo de anos anteriores. Apenas vejo as coisas (do meu jeito é certo) e as vezes (em dezesseis anos de magistratura deve ser a primeira vez que assim procedo – no máximo, é uma das duas ou três vezes – jamais em época eleitoral) e creio ser de utilidade dizer o que penso aos demais pares.
Respeito profundamente, como não poderia deixar de ser, o entendimento (silêncio também é entendimento) da carreira.
Roberto Modesto Jeuken
Juiz Federal, da Federal.
E não foi preciso o sargento Garica prender o Zorro. Nem o capitão Monastério cortar a vela sem derrubar a parte superior…
Todavia, a saída, em breve, do sargento Garcia.. Rei posto, rei morto! – com o perdão do trocadilho.
Além de corajosa, firme, preparada e competente é uma pessoa extremamente simpática.
Bom trabalho Ministra!!
Uma pessoa com verdadeiro pulso e capaz de polarizar atenções e a colaboração de toda a Magistratura, não precisa recorrer a expedientes vedados pela lei para chamar à atenção. Longe disso.