Resistência e recursos que emperram a Justiça
Do advogado e professor Modesto Carvalhosa, em entrevista ao jornalista João Batista Natali, nesta segunda-feira (12/3), na Folha:
Desde dezembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal enfrentou um desgaste, uma desmoralização na opinião pública, por ter impedido que o Conselho Nacional de Justiça fiscalizasse desembargadores. Mas a opinião pública elegeu o CNJ como um órgão de atuação positiva e moralizadora, como a grande instituição brasileira capaz de atuar contra as improbidades.
Sobre os recursos que emperram os processos:
A reforma do Poder Judiciário deveria seguir recomendações de outro tribunal superior, o STJ (Superior Tribunal de Justiça), que tem a visão mais arejada e moderna do problema. O papel do STJ é extraordinário. Ele sugere um sistema em que os casos podem terminar em conciliação ou arbitragem. Seria necessária uma emenda à Constituição, que, sem afetar o direito pleno à defesa e à cidadania, desse força judicial a essa alternativa. Seria o caminho para as questões que não são de interesse coletivo. Um acidente de trabalho é questão de interesse coletivo. Mas não é o caso de uma disputa societária, entre sócios e acionistas. É um litígio próprio à arbitragem, sempre e apenas em primeira instância. Há 80 milhões de processos em curso no Brasil. Seriam necessários 800 mil juízes e 100 mil desembargadores para lidar com essa massa, o que é materialmente impossível.
Querem privatizar a Justiça. Os interesses, obviamente, são financeiros, dentre outros.
PEC dos recursos, jà!!! Corporativismo da advocacia e dos políticos que tem rabo preso. Os primeiros de perder a importância do $seu trabalho e os segundo de ir para a cadeia antes de prescrever o crime. PEC dos recursos já!!!