Separação entre Igreja e Estado

Frederico Vasconcelos

Retirada de crucifixos do Judiciário do Rio Grande do Sul provoca críticas

Reportagem de Felipe Bachtold, neste sábado (17/3), na Folha, revela que a retirada de crucifixos de salas do Judiciário desperta reações, da igreja ao meio político.

Cidadãos comuns e a Associação de Juristas católicos mandaram representações ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, pedindo reconsideração da medida.

Em artigo, Paulo Brossard, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, definiu a medida como sinal de “tempos apocalipticos”.

“A maioria tem sentimento religioso, o hino nacional tem referência à divindade. Cristo, no âmbito do Judiciário, representa a Justiça”, diz o desembargador Carlos Marchionatti, ex-presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris).

Segundo ele, o Conselho da Magistratura não é a instância adequada para tratar do assunto.

Comentários

  1. A Igreja, ou igrejas nunca tiveram tanta força nas decisões políticas. Estão dentro do Estado, sim! Somente para quem não quer enxergar.

  2. Os representantes do satanás avançam corajosos e ensandecidos. Atacam a Cruz de Cristo nos tribunais, agridem a fé dos cristãos e a Igreja Católica, sob o pretexto de que o Estado é laico. Sinal do apocalipse? Os seguidores da besta estão usando a internet, pois antes não eram ouvidos! Os católicos precisam reagir com muitas orações à Virgem Maria, pois se assim não o fizerem seus templos poderão ser fechados e a estátua do Cristo Redentor demolida, sob aplausos e gargalhadas!

    1. Suprema ignorância. A religião católica é apenas mais uma dentre tantas religiões e seitas. Não é nem mais, nem menos importante que o budismo, que o espiritismo, que o islamismo, etc. Dentro desse quadro, de absoluta liberdade conferida pela Constituição Federal, é que o Estado Brasileiro não pode expressar nem simpatia nem antipatia por nenhuma crença, ainda que esta seja a “tradição” da suposta “maioria” da população.

  3. A cruz é a representação da injustiça praticada pela opinião pública. Devia é ser obrigatória nas salas de imprensa, isso sim.

  4. A religião é um instrumento de subjugação. Os parâmetros éticos adotados pelo cristianismo é benéfico para a humanidade. No entanto, o uso político que se faz do símbolo da cruz é torpe. Embora não conheça outras culturas religiosas, creio que a cruz não seja o único símbolo religioso usado com torpeza. Se, como disse Brossard, a cruz representa a justiça, então a cruz está sendo mal representada, pois a justiça no Brasil dá sinais claros de opção pelos ricos e comporta-se como um poder aristocrático.

  5. Pois é… Isso faz lembrar aquela campanha plubicitária… Precisar não precisa; mas por isso mesmo pode ser feito. Se ao invés da cruz tivesse uma obra, digamos, expressionista, lá viriam os que não consideram esse estilo adequado… Se fosse um Buda gordinho sentado, viriam os católicos contrra… É tudo uma autêntica perda de tempo.

  6. Já está mais do que sabido que o Estado é laico.Mas só agora os tribunais se deram conta disso?
    Cá entre nós: se a presença de um crucifixo tivesse alguma influência na forma dos julgamentos, bem posssivelmente existiriam menos decisões injustas.
    A ditadura do politicamente correto está desviando a atenção da sociedade em geral do que é realmente importante e urgente.

  7. o correto seria impor imposto de renda para todas as religiões que existem no brasil e usar o dinheiro para a educação ou saude.
    Devemos tratar as igrejas todas sem exceção como empresa.

  8. Sou cético, não tenho religião e não acredito em nada que não seja possível provar cientificamente.
    Contudo, em nada me incomoda que os tribunais ou outros órgãos públicos quaisquer mantenham os símbolos da mitologia cristã dependurados, assim como fazem com os da mitologia grega e romana, que também estão expostos por vários tribunais.

  9. O crucifixo parece ser um tormento na cabeça das pessoas sem religião ou que carregam consciência pesada. Dá medo quando se olha aquela Cruz porque a maioria das pessoas não sabem realmente o que vem após a ultrapassagem para o além. Então pelo sim ou pelo não, ou como diz um professor universitário, enquanto vamos brigando pela Cruz, o povo vai esquecendo o dia a dia na alta Câmara. Temos coisas mais importantes para focar, enquanto é tempo: o descaso da saúde, por exemplo.

  10. Fred acho inadmissível que se tente impor ao Estado a obrigação do culto a Igreja Católica, desrespeitando os cidadãos e contribuintes que não comungam essa religião. O Estado e uma coisa Religião é outra. A insistência da manutenção de imposições que se remontam ao descobrimento e ao Império não cabe no século XXI. O Estado é laico. Ele acolhe todos os cidadãos brasileiros independente de qualquer coisa diferente de ter nascido no Brasil. Os católicos e todos os seguidores de diferentes religiões têm seus lares para estabelecer seus altares. Religão é um fórum intimo e não uma imposição do Estado.

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