Demóstenes: Senadores cobram investigação
Senadores de diversos partidos cobraram nesta sexta-feira (23/3) investigações sobre as novas revelações em torno das relações do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e Carlinhos Cachoeira, acusado de chefiar exploração ilegal de caça-níqueis em Goiás.
Segundo informa o repórter Evandro Éboli, na edição deste sábado (24/3) de “O Globo“, dois senadores que haviam se pronunciado em defesa de Demóstenes –Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)– entendem agora que as acusações são muito graves.
“Quero saber o que o procurador-geral fez ou vai fazer. No mérito, o caso é grave. Vou tomar providências na segunda-feira e conversar com Randolfe para avaliarmos se somamos outros fatos ao ofício que enviamos ao presidente José Sarney pedindo que ele acione a Procuradoria”, disse Taques.
“O fato é gravíssimo e lamentável. Por isso, a Procuradoria Geral da República não pode mais retardar”, disse Rodrigues.
Na véspera, o jornal carioca revelara que, segundo relatório reservado da Polícia Federal, Demóstenes teria pedido dinheiro e vazado informações oficiais para Carlinhos Cachoeira.
Segundo o jornal, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, contratado por Demóstenes, não quis comentar as informações, tendo pedido à PGR acesso às gravações.
“O Globo” informa ainda que delegados da cúpula da Polícia Federal criticaram o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, por engavetar acusações contra Demóstenes e os deputados federais goianos Carlos Leréia (PSDB) e Sandes Júnior (PP).
Segundo um dos delegados ouvidos pelo jornal, não se sustenta a alegação de Gurgel de que estava esperando o resultado da Operação Monte Carlo para tomar providências. A operação só começou quase dois anos após o primeiro relatório chegar às mãos do procurador com as denúncias contra os parlamentares.
Em nota, a Procuradoria confirmou que recebeu os autos sobre o caso da Justiça Federal de Anápolis. Mas alegou que o processo ficou parado por uma “questão de estratégia”. “Como titular da ação penal, cabe ao Ministério Publico Federal definir os rumos da investigação”, diz a nota.
Quais seriam mesmo as acusações ? Usar um aparelho Nextel ? Receber presentes de casamento ? Há algum crime nisso ?
Fred é de admirar como existem relações promiscuas entre diferentes integrantes do Governo. É Senador que arruma emprego para parente de Ministro do Judiciário. É procurador engavetando processo de Senador. Enfim, um tipo relação que cria vínculos espúrios na maquina governamental. Esperamos que o Portal Transparência comece a minimizar esse tipo de relação, tão danosa. O povo tem que se educar para fiscalizar melhor as ações do Estado, como ocorre nos países mais adiantados do Mundo. A Internet definitivamente é um meio de comunicação e relacionamento que mudou a face da Terra. Sua agilidade é muito útil quando usada de forma honesta, pertinente e competente.
O Ministério Público é uma caixa preta porque tem total liberdade de ação sem efetivo controle e fiscalização. Sua sede em Brasília é um verdadeiro palácio e um acinte aos que morrem à míngua nas portas dos hospitais por falta de atendimento. A remuneração dos seus integrantes é elevadíssima em contraste com a grande maioria dos servidores públicos. Lamentável. Demostenes? repreenta o interesse da sua categoria..
Mas, peraí, não são os membros do Ministério Público que auto se proclamam como os paladinos da moralidade. Este caso do Senador Promotor Demóstenes Torres, junto com o caso do Bandarra (que aconteceu aí Brasília), dentre vários outros ainda, é uma demonstração clara e evidente que o MP tentou construir uma imagem que ele mesmo não pode mais manter. Não existem órgãos que estejam imunes a corrupção, por que quem se corrompe são as pessoas e não os órgãos. O que existe são órgãos que demonstram a capacidade de se auto investigar e de punir. Não sei se será o caso. Durante muitos anos, de maneira massiva, a mídia, talvez manipulada por quem desejava construir esta imagem da Polícia, edificou a imagem de que TODA a POLÍCIA era corrupta, e isso, fez com que muitos policiais sérios e competentes (que são a imensa maioria) desistissem dos cargos, quer seja pela baixa remuneração, quer seja mesmo iníqua valorização, e aqui me refiro ao reconhecimento do trabalho mesmo, dado aos policiais. Que existem casos de corrupção na Polícia, ah! isso existe!, porém considerando as últimas informações oriundas do Judiciário e do MP ao que parece, a corrupção na Polícia é coisa de cachorro pequeno. Agora, penso, quer seja grande, quer seja pequena, corrupção é corrupção e deve ser investigada, e, principalmente, punida, expressão esta, diga-se de passagem pouco aplicada em nosso país. No que toca ao Senador Promotor Demóstenes Torres, infelizmente, nada vai acontecer. E isto como sabemos é fato em nosso país.
Já está ganhando o título de “engavetador geral da república”, fizeram escola.
Os jogos e as contravenções do jogo e caça-níqueis camuflam ação do crime organizado e outros delitos mais graves, incluindo homicídios, tráfico de drogas e armas. Só os tolos pensam que é “jogo inocente”.
Demóstenes não é o mesmo relator da PEC com os mais amplos poderes ao CNJ? Como alguém tão bem intencionado pode entrar nessa?
O Congresso Nacional é invencível. Veja aqui os motivos do Demóstenes (oriundo do MP) querer atacar o Judiciário, fazer PEC para tirar o foco de si mesmo:
http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2012/03/24/interna_politica,285216/procuradoria-avalia-acao-contra-demostenes.shtml
A exploração de jogos de azar só deveria ser considerada infração penal se não existissem tantos “concursos de prognósticos”, que é o nome bonitinho para as loterias oficiais, que o Poder Público tanto e tanto exploram. Constituem, diga-se, fonte de custeio para a Previdência Social. Portanto, é uma hipocrisia considerar gravíssima infração a exploração de bingos ou jogo do bicho… Sem cassinos o Brasil não ficou sem tráfico, sem homicídios, tampouco sem graves problemas sociais; mas ficou sem uma fonte muito grande de empregos, renda, arrecadação e sem um importantíssimo nicho turístico. Ou será que os Estados Unidos e tantos outros países do primeiro mundo estão errados e só nós, príncipes tupiniquins, somos os virtuosos? Querem acabar com a exploração ilegal? Legalizem e regulamentem, como fizeram com as loterias monopolizadas pelo Poder Público. Exija-se tudo. Certamente os custos ainda compensarão para quem se disponha a gerar empregos nesse ramo.
Concordo em gênero, nº e grau. Nem é preciso ir a Las Vegas. Em Foz do Iguaçu/PR, é só atravessar as pontes de divisa Brasil/Paraguai e Brasil/Argentina para, do outro lado da fronteira, poder desfrutar livremente dos prazeres de um bom carteado e de uma boa roleta, em ambiente de alto nível. Dinheiro brasileiro gerando empregos na Argentina e no Paraguai.