Caixa e BB pagam a conta de evento do TRF

Frederico Vasconcelos

Comemoração de posse, no Theatro Municipal de SP, gastará recursos públicos

Reportagem de autoria do editor deste Blog, publicada nesta quarta-feira (28/3) na Folha (*), revela quem pagará a conta da cerimônia de comemoração de posse dos novos dirigentes do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, no Theatro Municipal de São Paulo, a realizar-se na próxima segunda-feira (2/4).

A Caixa Econômica Federal informou que desembolsará R$ 150 mil no evento. O Banco do Brasil participará com R$ 75 mil.

O tribunal oferecerá recepção e coquetel para comemorar a posse dos juízes Newton De Lucca (presidente), Salette Nascimento (vice) e Fábio Prieto (corregedor). Eles tomaram posse oficialmente em 17 de fevereiro no tribunal.

O TRF-3 informou que, como a posse ocorreu na véspera do Carnaval, optou por realizar o evento comemorativo em local mais amplo, “sem dispêndio de recursos públicos”.

O presidente da Ajufesp (Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul), Ricardo Rezende, diz que o TRF-3 deveria ter verbas para solenidades “para não depender do auxílio de outras entidades” e que “a celebração da posse” é comum nas instâncias da República.

(*) Acesso a assinantes do jornal e do UOL, empresa do Grupo Folha, que edita a Folha.

Comentários

    1. Também sou totalmente contrário ao quinto constitucional, assim como sou contra aposentadoria para magistrados transgressores e contra férias de 60 dias. Mas lembro ao comentarista Fernando que gastos elevados com posses não ocorrem apenas com “os do quinto”. A posse do ministro Fux (da magistratura) custou módicos R$ 94,7 mil com manutenção e adaptação de cortinas motorizadas do tipo “rolô”.

      http://observatoriodopoder.blogspot.com.br/2011/03/festa-de-posse-de-ministro-do-stf.html

  1. Esse é o retrato do Judiciário brasileiro. Caro, arcaico, ineficiente… Para alguns, é fácil botar a culpa no “sistema”, mas é fato que muitos dos que fazem parte desse poder agem sem nenhuma sintonia com as condutas de moralidade que deveriam reger a coisa pública.

  2. Com uma notícia destas fico a me perguntar onde estão os comentaristas que sempre reclamam que “a mídia move uma campanha para enfraquecer o Judiciário”. SENHORES, POR FAVOR, COMENTEM!!!

    1. Pois é. Estes senhores que vivem a enaltecer o Judiciário, haja o que houver, e acreditam piamente (ou fingem acreditar) em teorias conspiratórias, estão com uma desafio difícil, pois não é fácil encontrar justificativas para fatos acintosos como o desse financiamento público a algo tão supéfluo.

  3. Não entendi a afirmativa de que não houve dispendio de recurso público.
    Pergunto: a quem pertence a Caixa Economica Federal e o Banco do Brasil ? Aqui ou acola o povo sempre pagando.

  4. Um jovem e brilhante advogado mineiro diria apenas “é a lama, é a lama!” A celebração do nada, da inutilidade, de quem foi “eleito” por ser antigo e não por ter méritos reconhecidos, méritos de juiz e de administrador público. Se ainda fosse a “celebração da democracia”, como ocorre nos Poderes Legislativo e Executivo… Mas não, no Judiciário tudo é diferente: eleitores são poucos e elegíveis pouquíssimos.

    1. Qual é mesmo a conexão entre o comentário e o post? Dá prá fazer um desenho?? FEBEAPÁ ou Samba do Crioulo Doido?

      1. O presidente eleito, do TRF3, salvo engano é do QUINTO CONSTITUCIONAL, só isso. Eu simplesmente detesto, esse quinto, coisa pessoal, entendeu, nada contra o desembargador federal. Quer que desenhe?

      2. Luiz Fernando,

        Acho que o Autor ESTANISLAU PONTE PRETA, citado por vc em seu comentário, não iria gostar também, como funciona as indicações nos moldes atuais, do quinto constitucional. Seria mais justo um concurso público entre os Advogados interessados, vc não concorda?

        1. Minha objeção teve apenas um fundamento: o post cuida de um “quase-Baile da Ilha Fiscal” e o comentário desbordou para a forma de investidura de um dos “festejandos” juízes, o presidente do tribunal (os outros dois são juízes de carreira). O comentarista CARVALHO destacou o ponto e daí meu silêncio. Dissipar dinheiro público e tempo que deveria ser dedicado ao trabalho para “comemorar o nada” será sempre censurável, qualquer que seja “a origem” do servidor público, juiz ou não. Ressalvo apenas que certas investiduras, de cunho democrático, decorrentes de eleições populares amplas, merecem celebração apenas e tão somente em nome da democracia; da mesma maneira as comemorações da nacionalidade, como o desfile de Sete de Setembro, que um comentarista ousou comparar à “posse comemorativa” de juízes… Tenha dó!!!

  5. E o pior é que logo aparecerão alguns para justificar isso dizendo que “o Executivo e o Legislativo fazem pior”. Pobre Brasil.

  6. Simplesmente imoral! Bancos são réus frequentes em processos judiciais. Será que estão agindo com o intuito de “aprimorar” o Judiciário brasileiro? E quanto ao fato de não ter que “depender do auxílio de outras entidades”? Magistrados federais ganham suficientemente bem para poderem pagar do próprio bolso eventos supérfluos como este!

  7. Fred em que Mundo os nossos ilustres juízes, desembargadores e ministros vivem. É uma afronta. Um pais onde ainda não foi erradicada a miséria seja dado tal uso para o dinheiro dos cidadãos. Acredito que o mesmo processo vivido pela classe medica terá que ser adotado para os juristas. Quando os médicos foram proibidos de dar nomes em latim para as doenças e cefaléia virou dor de cabeça, a pompa e circunstância acabaram. Mesmo sendo um profissional com seis anos de formação e mais cinco de residência para responder pela vida das pessoas eles se integraram a sociedade

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