Contravenção tem laços de vários matizes
De Maria Cristina Fernandes, editora de Política do jornal “Valor Econômico“, em artigo publicado nesta sexta-feira sob o título “Quando tirarem Demóstenes da sala”:
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O ocaso do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pouco afeta a governabilidade de Dilma. E não apenas pela condição minoritária de seu partido, mas porque não é na oposição que o projeto de poder da presidente é posto em xeque, mas dentro de sua própria base. Quando um parlamentar como Demóstenes cai em desgraça, as bandeiras que defende passam a depender mais de seus simpatizantes na base aliada do governo, o que lhes aumenta os antagonismos.
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A corrupção pode até ser um problema do tamanho que Demóstenes Torres costumava pintar da tribuna, mas o que os indícios de seu processo no STF parecem indicar é que a contravenção tem laços que extrapolam o governo de plantão. Alicia parlamentares de de todos os matizes, desde que influentes no aparato policial e na cúpula do judiciário.
Demóstenes Torres não era um denunciante qualquer. Chegou ao Senado no mesmo ano em que o PT alcançou o Planalto foi um de mais implacáveis críticos até ser acusado de receber mesada do mesmo contraventor que detonou o escândalo Waldomiro Diniz, o primeiro da era petista.
Nesse meio tempo jogou no descrédito um dos mais operantes policiais do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-delegado geral da Polícia Federal e ex-superintendente da Abin, Paulo Lacerda, ao acusá-lo de um grampo nunca provado no Supremo Tribunal Federal.
o ultimo paragrafo do texto talvez explique o processo de defenestracao do ainda senador demostenes torres.
Quem conheceu o Banco do Brasil de quarenta anos atrás! Era um orgulho dizer que era empregado do BB! Agora, não!