Tentativa de buscar harmonia no Judiciário

Frederico Vasconcelos

Avaliação de um magistrado da Justiça do Trabalho sobre o fato de o ministro Carlos Ayres Britto ter convidado os ex-presidentes da AMB, Ajufe e Anamatra, respectivamente, Mozart Valadares Pires, Fernando Mattos e Luciano Athayde, para ajudá-lo no Conselho Nacional de Justiça:

Na minha visão e na dos colegas com os quais conversei sobre o assunto, inclusive dirigentes associativos, a notícia do convite para Luciano Athayde trabalhar com o ministro Ayres Brito foi recebida da melhor forma possível.

O Luciano é quase uma unanimidade entre os juízes do Trabalho, inclusive foi com ele que a oposição na Anamatra deixou de apresentar chapa, pela simpatia que goza de todos. Aliás, havia críticas a ele entre os aliados no sentido de ser articulador demais e pouco do embate, o que não retira a sua postura progressista.

A atitude do ministro Ayres foi vista como um ato de tentar construir um trabalho conjunto com a magistratura, de união de via de mão dupla, ou seja, de buscar o engajamento institucional dos juízes não na base da pressão e da força, mas do diálogo e do trabalho conjunto em prol do Judiciário.

Outro dado relevante é que os três convidados são dirigentes das diferentes associações, mas que tiveram as gestões mais harmônicas na relação entre essas entidades, diferentemente do cenário atual, em que cada um segue um rumo.

Quando diz que quer fazer os sete meses equivalerem a dois anos, o ministro Ayres Brito não está brincando e fazendo apenas discurso.

Comentários

  1. Correta a escolha do Ministro Ayres Brito de trazer para seu lado pessoas capacitadas, como fez ao escolher para juiz auxiliar junto ao CNJ o magistrado trabalhista Dr Luciano Athaíde Chaves, grande nome da magistratura trabalhista no RN e em todo o Brasil.

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