Entranhas do Judiciário e meandros do CNJ
Da ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça, em palestra no II Congresso Internacional de Direito Administrativo e Administração Pública, nesta quarta-feira (25/4), em Brasília, segundo relato de Rafael Baliardo, no site “Consultor Jurídico“:
“Dizem que sou bombástica e midiática, mas poucos prestam atenção no mérito do que falo”.
A corregedora disse ainda que sua função no CNJ é “ingrata e antipática”, o que provocou uma forte reação dos juízes, sobretudo, das associações, que, segundo Calmon, “não aceitam qualquer interferência”.
Segundo Baliardo, a corregedora afirmou ser encantada pelo que se passa nas entranhas do Judiciário e que atuar no CNJ lhe permitiu conhecer os meandros do funcionamento do Poder.
“Denunciei no Senado a infiltração, no CNJ, de membros que pretendem detupar sua natureza. Não podemos retroceder, pois se perdermos a credibilidade, o objetivo de adequar o Judiciário à Constituição de 1988 estará comprometido”, disse a corregedora.
A corregedora é juíza competente. Mas na atual função tem enfrentado problemas pelo excesso de exposição pública. Poderia ter feito o que fez, ou até muito mais, sem estardalhaço que compromete a imagem do Judiciário como um todo, inclusive dos 99% dos juízes honestos e trabalhadores que honram a toga. Serenidade é a palavra para atuar nessa função.
Tenho para mim que a Corregedora acusou o golpe desferido pelo Eminente Min. Cezar Peluso, quando disse que sua Exa. não apresentou nada de concreto durante sua gestão como corregedora do CNJ.
Admiro a coragem com que a paladina Eliana Calmon envereda pelos labirintos e bastidores do Poder ao qual pertence, cujos meandros começam a se delinear para a estupefação, a perplexidade da sociedade e o desgaste moral de alguns Membros que decepcionam seus pares, revoltam a populaçao, que perde paulatinamente a confiança no Judiciário e finalmente, DESONRAM A INSTITUIÇÃO.