Eliana vai apurar denúncia de ameaça a juiz
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, vai apurar o caso do juiz Paulo Augusto Moreira Lima, da Justiça Federal de Goiás, que, alegando receber ameaças, renunciou ao processo que tem como réu o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A primeira providência da corregedora será um encontro, nesta terça-feira (19/6), com o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Nino Toldo (*).
A ministra informou que deve convidar o Juiz Paulo Augusto Moreira Lima para uma conversa com o objetivo de conhecer as circunstâncias de seu afastamento do caso.
“Nós não podemos ter juízes covardes, nós não podemos ter juízes ameaçados, não podemos aceitar que ameaças veladas, físicas ou morais, possam impedir que a nossa magistratura desempenhe suas funções”, afirmou a corregedora.
Eliana Calmon anunciou também que pretende pedir esclarecimentos ao corregedor geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1), Carlos Olavo, para saber se ele simplesmente aceitou a renúncia do juiz Paulo Lima ou tomou alguma providência adicional. “Até o momento, se essas providências foram tomadas eu as ignoro”, disse a ministra.
Outro alvo da investigação da Corregedoria Nacional de Justiça é o juiz Leão Aparecido Alves, cotado para assumir o processo que investiga o contraventor Carlos Cachoeira. Interceptações da Polícia Federal identificaram um telefonema originado de um número do magistrado para uma pessoa acusada de envolvimento com a quadrilha investigada no processo.
Segundo Eliana Calmon, o juiz Leão Aparecido confirmou a um juiz auxiliar da Corregedoria Nacional a existência do telefonema e disse que, na ocasião, seu telefone estava emprestado a sua mulher. “Se a interceptação telefônica indicar qualquer envolvimento de alguém íntimo do juiz Leão Aparecido, como sua esposa, com algum envolvido com a quadrilha o juiz não poderá estar à frente das investigações”, disse a corregedora.
A assessoria de imprensa do CNJ informou que Eliana Calmon relatou ter sido procurada pelo juiz Paulo Augusto Moreira Lima, pela primeira vez, quando ainda não havia sido deflagrada a Operação Monte Carlo, investigação da Polícia Federal aberta para investigar as atividades do grupo de Carlos Cachoeira. Segundo ela, o juiz informou, na ocasião, que não estava se sentindo seguro à frente do processo, por este envolver pessoas importantes, como políticos e empresários.
Segundo a corregedora, o juiz manifestou insegurança pelo fato de as provas colhidas no processo terem sido desqualificadas pelo TRF-1. “O juiz disse estar preocupado por não se sentir seguro sequer perante os seus colegas”, contou a ministra.
A partir daí, um juiz auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça foi destacado para ir até Goiás apurar os fatos. Além disso, colocou a Corregedoria à disposição do juiz Paulo Lima para prestar-lhe o apoio que fosse necessário.
De acordo com Eliana Calmon, após as providências tomadas pela Corregedoria Nacional de Justiça, o juiz Paulo Lima não mais procurou o órgão. A ministra informou que tomou conhecimento das ameaças contra o juiz e seu afastamento pela imprensa e que, imediatamente, fez contato com o magistrado para se inteirar da situação e tomar as providências cabíveis.
(*) Texto modificado às 17h42, para corrigir equívoco na informação original do CNJ.
Agora ainda vai sobrar para o Juiz, coitado, taxado de covarde e talvez será até mesmo punido por não ter avisado a impoluta Corregedora, como se ela recebesse mesmo telefonema de juiz substituto, agora de jornalista ela recebe, isso sim. Só pode ser piada. E viva o CNJ. E não é à toa que DEMÓSTENES defendia tanto o CNJ. E pior é ler comentário dizendo que juiz tem é mesmo que sofrer ameaças e não reclamar, afinal quis isso… como se pudesse julgar sem tranquilidade para sua família e para si… e que benesses tem juiz afinal, se ganha menos de Defensor, Promotor, motorista da Prefeitura de São Paulo e outros tantos. E todo o ódio é por causa do PAPAI cuja autoridade este povo ainda não digeriu.
E tinha um desembargador que queria soltar imediatamente o Carlinhos Cachoeira…
Pelo jeito da impressão que o coitado do juiz ameaçado ainda vai ter que se explicar e se bobear punido…
Fred, o TRF1 possui jurisdição se não me engano em 13 Estados_membros. isso é um absurdo. Por isso os Desembargadores que prestam serviço por lá, se sentem verdadeiros reis e rainhas, donos da cocada preta, bem como de lá tem saído muitas denúncias. Tá na hora de o congresso desmembrar esse Tribunal, com isso já resolveria uma boa parte da podridão. Outra coisa, queremos ver e exigimos uma apuração muito séria desses fatos ocorridos. Esse Juiz tinha que ter mais coragem, ter medo somente eleva a força da bandidagem, inclusive a bandidagem de toga. Mas de qualquer maneira ele tem minha solidariedade. Cadeia para esses bandidos de dentro e de fora do judiciário que estão ameaçando esse Juiz e sua família. Investigão realmente séria.
Postura invejavel desta Ministra, o cidadão quando se candidata a ser juiz sabe que ira encontrar situações dificeis pela frente e não pode se acovardar. Ocupar o cargo de juiz so pelas benesses é inconcebivel.
e viva a ignorância do Povo Brasileiro. Principalmente dos invejosos de plantão que nunca tiveram capacidade para ocupar o cargo de juiz. POssivelmente conseguirão ser ministros do STF.