Políticas públicas e segurança dos juízes
Trechos de artigo de autoria do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, sob o título “Juízes sem rosto”, publicado nesta sexta-feira (22/6) no jornal “O Globo“:
Os juízes são seres humanos que sofrem interiormente as inseguranças de sua família, são ameaçados e por vezes desmoralizados pela eficiência das organizações criminosas em confronto com a inoperância estatal.
O enfrentamento desse grave quadro social exige a implementação imediata de duas políticas públicas recentemente divulgadas pelo Executivo e pelo Judiciário.
O Executivo divulgou o denominado Plano de Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública, o qual, na sua essência, extermina a cultura da culpa e da exclusão da responsabilidade entre os órgãos públicos, um atribuindo ao outro as falhas que tanto agradam aos criminosos, para substituí-la pelo compartilhamento das ações enérgicas no combate à criminalidade.
O Judiciário, através do Supremo Tribunal Federal, decidiu no mês de maio do presente ano que é “constitucional” a criação pelos estados de varas criminais com titularidade coletiva, composta por vários juízes, para o combate dos crimes cometidos pelas organizações criminosas.
A estratégia responde a anseios nacionais e transnacionais. É que a Convenção de Palermo firmada pelo Brasil, o II Pacto Republicano e a Resolução n 3 do CNJ de há muito preconizam a instalação das varas de juízes sem rosto, à semelhança do que previsto no Código Antimáfia da Itália, no Tratado de Maastricht da União Europeia, no modelo Espanhol previsto na Ley de Enjuiciamiento Criminal (artigo 282) e nas experiências exitosas da França e da Colômbia.
(…)
Os juízes, por seu turno, despersonificando os atos judiciais, uma vez que os mesmos são assinados em conjunto, desfocam os algozes da individualização da persecução.
A efetivação dessas medidas em todo o território nacional é capaz de retirar o nosso país da posição em que se encontra, no mundo, no âmbito da criminalidade e da ineficiência da apuração, fatores que geram sensação de impunidade e aumento da criminalidade.
MAS QUE EU SAIBA,ATÉ AGORA A MAIORIA DOS CASOS ONDE O ESTADO ATUOU POR INTERMÉDIO DE “SUAS”POLÍCIAS,TANTO A MILITAR QUANTO A CIVIL ,QUEM OS “DESFEZ”FOI O JUDICIÁRIO,SOLTANDO OS CRIMINOSOS,AGORA MESMO A POLÍCIA ACABA DE PRENDER “PELA TERCEIRA VEZ”UM CRIMINOSO TRAFICANTE……
todos que trabalham nesta area sofrem, imagina o carcereiro que foi desacatado pelo cachoeira como deve estar agora.