CNJ fará inspeção na Justiça estadual paulista

Frederico Vasconcelos

Trabalho em quatro etapas alcançará a Justiça de primeiro e de segundo graus

Uma equipe de quatro juízes auxiliares e 29 servidores da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça desembarcará no próximo dia 6 de agosto em São Paulo para começar a inspeção ordinária na Justiça Estadual de 1º e de 2º grau do Estado de São Paulo.

Portaria da Corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, determina que o trabalho será divido em quatro etapas, “considerando a complexidade e a dimensão da Justiça Estadual do Estado de São Paulo” (*).

A primeira etapa abrangerá o exame de folha de pagamentos, recursos humanos, declaração de bens e renda, passivos trabalhistas e outras despesas com pessoal; licitações e contratos administrativos; Fundo especial do Poder Judiciário e execução orçamentária; precatórios e procedimentos administrativos e disciplinares da Presidência e da Corregedoria-Geral.

A equipe é formada pelos juízes auxiliares da corregedoria Erivaldo Ribeiro dos Santos, Nicolau Lupianhes Neto, Jairo Gilberto Schafer e Agamenilde Dias Arruda Vieira Dantas, 28 servidores e uma secretária.

A inspeção não abrangerá a Justiça do Trabalho, a Justiça Eleitoral e nem a Justiça Militar.

Durante a inspeção, os trabalhos forenses não serão suspensos. Não há previsão de término para o trabalho.

(*) Portaria nº 101, de 25/7/2012

Comentários

  1. QUE,SOMENTE NA JUSTIÇA PAULISTA?POR QUE ESSA “DISCRIMINAÇÃO”??POR QUE NÃO EM “TODOS OS ESTADOS”??OU POR “ACASO”É SOMENTE EM SÃO PAULO QUE “ISSO”OCORRE??

    1. Soelmar, parece que você não acompanhou os noticiários envolvendo o Tribunal paulista. Até onde foi possível saber, parece que diversos Desembargadores, entre eles ex-presidentes do tribunal, acabaram se beneficiando da função para receber direitos que pessoas comuns têm que recorrer a demandas que chegam a durar uma década. Então, o homem comum fica imaginando: se esses juízes são capazes de proceder assim, quando deviam agir de forma a não comprometer a imagem que o Judiciário deve ter perante os jurisdicionados, o que será que ainda está por ser descoberto? A indicação sobre o setor de precatórios é porque simplesmente ele não funciona adequadamente. Tomara que lá não existam desmandos também. Agora, num aspecto você tem razão: os demais tribunais também devem ser submetidos a correição. Mas – é difícil ter que reconhecer – foi o nosso tribunal de SP que criou os maiores problemas para não ser submetido à verificação do CNJ. Sim ou não? Portanto…

  2. Sra. Corregedora, é com grande esperança que os paulistas, em particular os Advogados, aguardam o trabalho que o CNJ fará no TJSP. Esperamos que V.Exa. não deixe de atentar para o Departamento responsável pelo processamento dos PRECATÓRIOS. Lá, certamente V.Exa. encontrará necessidade de implementar novos procedimentos, além de sugerir a ampliação no número de funcionários.
    Se ao menos no DEPRE o CNJ conseguir que funcione satisfatoriamente, nós ficaremos imensamente gratos porque muitos problemas poderão ser solucionados e atenuarão o sofrimento de viúvas, menores, idosos doentes, etc etc
    Eu confio.

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