Muito além da suspensão do concurso – 1
Entre os processos remanescentes de sessões anteriores, o Conselho Nacional de Justiça vai examinar na sessão plenária desta terça-feira (18/9) diversos recursos sobre supostas irregularidades em concurso para selecionar juízes para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
A questão também depende de decisão no Supremo Tribunal Federal, onde tramita mandado de segurança contra a suspensão do certame pelo CNJ.
Um efeito pouco lembrado da suspensão do concurso –por causa das alegadas irregularidades nos critérios da banca examinadora e nos procedimentos do tribunal– foi registrado no dia 23 de agosto último pelo site “Migalhas“, ao tratar dos 70 candidatos aprovados que aguardam a solução do impasse:
(…)
Mal sabem os conselheiros as agruras pelas quais vêm passando estes jovens. Alguns deles, funcionários públicos, pediram exoneração dos cargos que ocupavam, e um dia antes da posse viram-se sem trabalho. Vivem agora de favor dos familiares. Isso para não falar que todos eles estão com suas vidas suspensas.
Pedido de exoneração antes da homologação do concurso e da posse? Estranho… muito estranho… No mínimo, um ato de coragem. Desculpe, mas apenas quem não acompanha os concursos públicos no Brasil, cometeria ato de tamanho amadorismo.
Pois é, isso faz parte do sistema, faz parte do concurso. Quem não quer se aborrecer que não faça concurso, ainda mais, ” em tese, fraudado”.
Quem, sendo funcionário público, pede exoneração do cargo muito antes de tomar posse no novo???
Estranho…
É que muitos deles não sabem o que é interpor uma ação hoje, como advogado, e receber os honorários daqui a dez anos. Como dito, eram funcionários públicos, acostumados a receber religiosamente todo mês, independentemente da qualidade do trabalho.
Que generalização incrível, completamente sem fundamento. Lamentável mais uma crítica genérica.