Joaquim da FGV avalia Joaquim do STF
Trechos das previsões de Joaquim Falcão, professor da FGV Direito Rio, sobre como o ministro Joaquim Barbosa deverá exercer “tanto poder e influência” como presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, em análise publicada no “O Globo Online“:
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É negro, num país mestiço, de elite branca. Como Lula e Eliana Calmon comunica-se diretamente com o povo. Às vezes por palavras, quase sempre por sintonia de sentimentos e atitudes. Assim ultrapassa as críticas a seu temperamento.
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Não leva insinuações para casa, que digam os ministros Gilmar, Peluso e Lewandowski. Não provoca, mas reage. Às vezes exagera na reação.
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Sabe o valor da democracia. Foi visiting scholar em Los Angeles e na Universidade de Columbia, em Nova York.
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Simboliza a necessidade de igualdade do negro em nossa sociedade. Conquistada não por assistencialismos, filantropismo ou cordialidades. Mas por mérito. É assim sua experiência de vida.
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O desempenho de Barbosa no mensalão consolida o valor do mérito pessoal, muito além das raças, e mesmo assim simboliza a injustiça da discriminação do negro. Moldará sua presidência.
A frase: “Sabe o valor da democracia. Foi visiting scholar em Los Angeles e na Universidade de Columbia, em Nova York.” indica que o seu autor crê que o valor da democracia vem do fato dele ter estudado na referida instituição? Ora… o valor da democracia, para Joaquim Barbosa, deve ter sido aprendido pelo fato de, com sua origem humilde, chegar à posição máxima do judiciário do país.
O ministro Joaquim Barbosa do STF, lembra-me o chanceler de Henrique VIII, em meio ao satanismo que presenciamos no Brasil como prética diuturna, Santo Thomas More.
Olá! Caros Comentaristas! E FRED! Adoro essas desculpas branquelas com relação ao NEGRo! Coisa mais IDIOTA! Por sinal, pelo que está escrito no último parágrafo do texto, “a injustiça da discriminação “DO NEGRO” ou vejamos; sem esse ato falho, deveria ser discriminação” “AO NEGRO”. Até na explicação do texto transparece o racismo, neste caso, com aparência de pré-conceito. Incrível! Afinal é o ato de ser NEGRO ou é a injustiça ao NEGRO que é INJUSTA? Esse texto é coisa de branco que não tem o que fazer. ÊTA raça esquisita essa de branquelos! OPINIÃO!
E emendo: poucos minutos após eu enviar o comentário e quase ao final da sessão do dia 10 de outubro, o futuro presidente do Supremo Tribunal iniciou uma altercação com o min. DIAS TOFFOLI que ultrapassou em muito a simples objeção e tocou o desatino. TOFFOLI
argumenta com determinada prova e BARBOSA intervém ironicamente “E V.Exa. acredita nos documentos!?!?!” Se isto não é provocação… Serão animados os próximos dois anos do Supremo Tribunal.
Quem vem assistindo às sessões do Supremo Tribunal em que é julgada a ação penal Nº. 470, marca de fantasia “Mensalão”, não pode concordar com a avaliação do autor do artigo, de que o min. JOAQUIM BARBOSA “Não leva insinuações para casa, que digam os ministros Gilmar, Peluso e Lewandowski. Não provoca, mas reage. Às vezes exagera na reação.”. Na realidade, ele tem provocado (e muito) alguns de seus colegas, em particular o revisor, min. RICARDO LEWANDOWSKI, com comentários e apartes muitas vezes desrespeitosos. Tomara que ele presida o tribunal com mais sensatez.
A análise foi feita sem levar em consideração que os problemas de saúde do Min. Barbosa tendem a se agravar. Nos últimos anos, arrisco a dizer, foi o Ministro que mais se ausentou no trabalho, ainda que seja por conta de licença médica. Na condição de Presidente do STF e CNJ, nós gostaríamos muito que ele passasse a produzir mais ou, pelo menos, deixe de faltar ao trabalho.
No tocante ao estilo Barbosa “deixa que eu chuto”, lembro aquele deputado que acabou assumindo a Presidência da Câmara Federal sem possuir a mínima condição – os que defendiam “quanto pior melhor” é que venceram. A crítica ao deputado em questão é pelo fato de que ele era incompetente para o cargo e não porque era venal.
Esse comentário revela uma torcida comum entre quem tem algum temor. O que de bom se extrai disso tudo é que eu, como branco e, provavelmente preconceituoso também, percebo agora a real necessidade das quotas para negros nas universidades e agora também no judiciário. Tenho visto aflorar nos mais abastados, assim como nos que se acham, um sentimento muito semelhante ao que se lê em romances de época, atribuídos aos senhores de engenho. As máscaras da hipocrisia vão caindo a cada comentário ou artigo publicado destilando venenos racistas e etnocêntricos.