Juízes discutem comunicação e corrupção

Frederico Vasconcelos

Em artigo publicado neste sábado (3/11) no jornal “Correio Braziliense“, Francisco Alves Jr., Secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça, destaca os principais eixos temáticos do “VI Encontro Nacional do Poder Judiciário”, a realizar-se na próxima semana em Aracaju (SE): o combate à corrupção e o problema da comunicação no Judiciário.

O evento, que reunirá dirigentes dos 91 tribunais, especialistas e convidados, será, segundo o articulista, “uma das últimas grandes ações do ministro Ayres Britto à frente do CNJ, numa gestão marcada pela brevidade — menos de sete meses — e por uma atividade intensa”.

Sobre as principais questões a serem discutidas, Alves Jr. diz que “há estudos que revelam a necessidade de a Justiça se comunicar melhor, tanto com a sociedade quanto internamente”.

“De igual modo, há dados que conduzem à necessidade de melhorar o acompanhamento das ações anticorrupção e apoiar tecnicamente os juízes para julgá-las com qualidade e em tempo razoável”, afirma o autor.

Comentários

  1. Toda esta mordomia, patrocinada pelo nosso dinheiro, para se discutir coisas óbvias, juiz tem obrigação de combater a corrupção, e ser honesto em suas decisões, não deve ser assim??

  2. Até quando a sociedade brasileira vai permitir que dirigentes do poder judiciario recebam salarios até 30 vezes maior do que os salarios recebidos pela grande maioria dos trabalhadores brasileiros ? Juiz é um servidor publico, por que recebe tão altos salarios em relação aos demais salarios dos servidores publicos ?

    1. Não existe a “sociedade brasileira”, enquanto um ser mitológico com vontade definida. Existem 193 milhões de brasileiros e cada qual pensa o que quiser. Na minha opinião, os juízes devem ser bem remunerados para desenvolver o árduo trabalho que lhes é atribuído pela Constituição, que aliás, responde à sua pergunta no art. 39 pár. 1.o. Dá uma olhadinha e se informe.

      1. Claro que os juízes devem ser bem remunerados, João, e de fato o são. O problema , ao que parece, é que na linha do que você diz nas entrelinhas da sua fala e o comentarista Jairo diz textualmente mais abaixo, se acham os juízes melhores do que o rei, alguns chegam a dizer que são mais importantes do que o Presidente da República. E por essa crença ( quiçá desejo) pessoal, passam a exigir salários milionários e mais privilégios( não são suficientes as imorais e espetaculares férias de 60 dias? Os recessos? Os feriados extras? As maravilhosas aposentadorias como “pena” para os corruptos?), não se conformam com uma vida de classe média, querem ficar ricos( na advocacia privada é possível ficar rico, mas também é possível o fracasso total, é uma questão de opção, vocação), como se riqueza fosse algo compatível para um servidor público, sim, servidor público, juízes odeiam assim serem chamados, mas em essencia é o que são, ou não?. O discurso, na linha do Jairo, é que são muito inteligentes, fizeram faculdade de direito, passaram em um concurso difícil, quando se sabe que as outras funções públicas essenciais à Justiça ( lembrando que essencial à Justiça vai muito além de essencial ao Poder Judiciário) exigem o mesmo de seus ocupantes , inclusive os concursos são similares. Aliás, há carreiras típicas de Estado fora da área jurídica, como por exemplo de auditor fiscal da Receita Federal, com um concurso com grau de dificuldade até maior, pois exigem conhecimentos em várias áreas, e nem por isso os auditores se acham melhores do que o rei…

        1. Não há dúvida que a postura pedante e arrogante de vários juízes causa antipatia, não só na população em geral quanto nos colegas que são “normais”. Certamente que ganham um bom salário, mas se observarmos com atenção veremos que várias outras carreiras da burocracia estatal estão ganhando tão bem ou mais, a ponto do CNJ reconhecer o direito dos juízes terem isonomia com os procuradores da república. Nem se fale da alta burocracia de certos órgãos, que só não ganham mais que ministro do Supremo porque se aplica redutor para ganharem igual. Os juízes não são melhores que ninguém, mas tb acredito que não devam ser tratados como bandidos. Os “privilégios” que tornavam a carreira a mais atrativa do serviço público, estão caindo um a um. Por um lado as férias de 60 dias são um absurdo porque maiores do que um trabalhador, comum, OK, mas por outro lado, também defendem a extinção da licença prêmio a cada 05 anos, porque o juiz não seria um servidor público comum. Ou seja, querem igualar nas férias, mas diminuir nos demais direitos. Em síntese, juiz vai virar sub espécie de funcionário público. Obviamente que os arrogantes vão “cair na real”, mas que tipo de gente vai querer ser juiz, com as imensas responsabilidades que lhes depositam, e ainda sendo hostilizado por isso ?

    2. Acredito que seja pela qualificação exigida para a função, afinal terá o “servidor” de ter estudado seis anos entre infantil e primeiro grau, mais três de segundo grau, submeter-se a um difícil e concorrido vestibular para Direito, mais cinco anos com grande dedicação na faculdade (senão fará um curso fraco), após o que terá de ser aprovado em concorridíssimo e difícil concurso (tem ministro do STF que não conseguiu aprovação) e terá de estudar até a aposentadoria (no Brasil todo dia se faz uma infinidade de leis) comprando todo mês novos e caros livros para se manter atualizado, e decidir com responsabilidade e inteligência o destino dos outros.

      Por isso, com todo o respeito a outras funções públicas, pouquíssimas exigem tanto sacrifício e dedicação quanto a de magistrado e membros do ministério público, devendo, portanto serem condizentemente remunerados.
      Dessa forma, sugiro ao leitor Luiz Augusto que não gaste suas energias em lumúrias e sim estudando e trabalhando para se qualificar mais e também ser remunerado condizentemente.

      1. Resposta patética essa sua! Um professor universitário tem que fazer mestrado, doutorado, publicar artigos científicos, dar aulas, orientar alunos, Pós-doutorado e o escambal, pra receber um salário 3 ou 4 vezes menor!!! Sem falar que o excelentíssimo Dr. Juiz (só bacharel) tem um monte de acessores para fazer o seu trabalho! Na minha opinião eles recebem muito pelo que produzem, pois a justiça nesse país só funciona pra quem tem $$$.

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