Joaquim Barbosa no comando do STF e do CNJ
Frederico Vasconcelos
O Blog propõe aos leitores uma nova questão para a série “Entrevistas Coletivas“:
– O que espera da gestão do ministro Joaquim Barbosa na presidência do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça?
Comentários e textos selecionados, com a identificação dos autores, poderão ser publicados depois como post no Blog.
Esperar, todo mundo espera o melhor. O diabo é saber se o ministro irá amadurecer e virar um Ayres Britto melhorado ou se persistirá nessa versão infantilizada de salvador da pátria indignado e grosseiro: uma espécie de Gilmar Mendes piorado e sem beicinho. Esperemos que o Sr. Ministro não se entregue ao tolo papel de “herói das massas” e trabalhe, duro, para transmitir aos cidadãos brasileiros a importância de instituições sólidas e baseadas na lei. Indignação, braveza e “personalidade forte” têm o perigoso efeito colateral de mascarar a incapacidade de solucionar problemas, a arrogância e a insegurança. Façamos votos para que ele compreenda a importância do cargo – para além dessas baboseiras estúpidas de V. Exa., Dr., Min. etc – e cumpra bem a missão da qual está incumbido!
Admiro muito a coragem do ministro Joaquim Barbosa e acredito que esse seu lado polêmico tem mudado a cara do judiciário brasileiro.Tem mesmo que moralizar e moral para isto,ele tem de sobra.Espero que Deus o abençoe grandemente nessa nova etapa da sua vida!
será um ministro que irá viver na polemica e no embate e divergencias com os ministros.
O Ministro JB não pode se considerar o salvador da pátria. O “sassa mutema” do século 21. As agressões dos ministros e as divergências nos mostra que a justiça brasileira vive na berlinda.
Aposto que as polêmicas de JB terão mais espaço na mídia do que as intenções do ministro em prol da ética e transparência no judiciário
Desejo saudar o Ministro Joaquim Barbosa, por sua independência e altivez, mas sobretudo por sua paixão pela Bahia. Atenciosamente. Emmanuel Matta.
Fred,
se o Ministro Joaquim Barbosa conseguir com que o Judiciário julgue boa parte das ações de improbidade administrativa já terá valido a pena sua gestão. Infelizmente, e isso vemos na prática, os juízes (arrisco-me a dizer que a maioria) “empurram com a barriga” o julgamento de tais ações. Vários são os fatores: medo/receio das consequências, pois geralmente os réus são pessoas influentes e poderosas, complexidade dos casos, etc. Não adianta ficar julgando só ação de alimentos e crimes menos complexos. É preciso iniciativa e coragem. Qual é a função do Juiz? Julgar, ponto final. Que assim o faça!
Rodrigo Aquino – Promotor de Justiça no Pará
Eu só espero uma única coisa: que o STF julgue o chamado “Mensalão do PSDB” com a mesma jurisprudência, os mesmos critérios, a mesma retórica e as mesmas ênfases com que julgou o chamado “Mensalão do PT”. E que o faça com a mesma rapidez e eficiência. De outra forma, muitos poderão afirmar um tratamento diferenciado e logo indagar os porquês da diferenciação. Convém ao STF manter a coerência. Poderia-se inclusive começar explicando porque no caso do PT os acusados sem foro privilegiado ficaram por lá, enquanto no caso do PSDB eles desceram à primeira instância. Por mais que estude eu não compreendi até hoje. Para isso deveria se começar com uma entrevista coletiva.
Pelo tratamento que vem dando à advogados e até mesmo a outro ministros, não se espera boa coisa não. Vai ter polêmica e truculência a vontade. O STF está desmoralizado, pelo menos por aqueles que conhecem um pouco de Justiça e judiciário.
Será duramente criticado pela imprensa se mantiver o comportamento que teve com os Min. Marco Aurélio e Lewandowski no julgamento do mensalão com outros ministros quando estiver dirigindo os trabalhos e for contrariado.