Locke: “Vamos defender os interesses do MP”

Frederico Vasconcelos

Felipe Locke Cavalcanti vai presidir a Associação Paulista do Ministério Público

O projeto do procurador de Justiça Felipe Locke Cavalcanti, eleito no último sábado (1/12) presidente da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), está baseado em três pontos: a) modernização administrativa; b) retomada do papel institucional da associação e c) defesa das prerrogativas dos membros do Ministério Público.

“A associação esteve muito tímida nos últimos anos”, diz Locke.

Ele pretende uma maior participação da APMP nos debates sobre mudanças legislativas. Cita, como exemplos, o questionamento da atuação do Ministério Público nas investigações criminais _a chamada “PEC da Impunidade”_ e a discussão sobre as mudanças do Código Penal.

“Nossa preocupação é que a associação atue no plano legislativo e junto à sociedade para gerar mudanças favoráveis”, diz.

A chapa de oposição Legítima Ação, encabeçada por Locke, obteve 1.079 votos de um total de 2.151 eleitores. Ele comandará a associação no biênio 2013/2014. Em segundo lugar, com 824 votos, ficou a chapa Responsabilidade e Trabalho, do 1° Secretário da atual gestão, Eduardo Roberto Alcântara Del-Campo. Em terceiro, com 201 votos, ficou a chapa Renovação Democracia e Participação, do promotor de Justiça Nadir de Campos Júnior.

Locke exerceu dois mandatos como conselheiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

Em março deste ano, ele foi o mais votado pelos membros do MP para o cargo de procurador-geral de Justiça, superando o candidato da situação, o procurador de Justiça Márcio Elias Rosa. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) escolheu Elias Rosa.

“O nosso relacionamento com o procurador-geral de Justiça será em alto nível e sempre em defesa da instituição. Estaremos ao seu lado e, ao mesmo tempo, atuaremos com independência”, diz Locke.