A São Silvestre que corre na Justiça
A corrida de São Silvestre deste ano tem duas novidades. A mais conhecida é a realização da prova, pela primeira vez na história, no período da manhã. O fato talvez desconhecido do grande público é um processo que corre na Justiça contra os organizadores da “São Silvestre Cover”, um protesto realizado em 2011 para que a maratona voltasse a ter o percurso original, com a chegada na Avenida Paulista.
Trata-se de ação civil que tramita na 8ª Vara Cível do Foro Regional II – Santo Amaro, em São Paulo, movida pela Fundação Cásper Líbero contra Antonio Carlos Rocha Colucci. A ação foi distribuída em fevereiro deste ano (*).
A fundação atribuiu à causa o valor de R$ 93 mil.
Colucci alega que organizou três treinos de protesto, que passaram na TV aberta e fechada, além de diversos simulados em finais de semana e feriados no final de 2011, contra a alteração do percurso da São Silvestre. A fundação se sentiu prejudicada pelo que considerou uso indevido da marca São Silvestre. (**)
A Justiça decidiu que Colucci não poderá usar o nome São Silvestre, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
Em julho último, o juízo de primeira instância havia indeferido pedido de liminar, por entender que não havia direito em risco de perecer ou prova inequívoca de dano irreparável.
Em setembro, a partir de recurso julgado em segunda instância, a fundação conseguiu a proibição do uso da marca São Silvestre por Colucci.
Colucci teve indeferido o pedido de assistência judiciária gratuita, pois a Justiça de primeiro grau entendeu que o réu tem plena capacidade de custeio processual.
Aguarda-se agora o julgamento de recurso interposto por Colucci no Superior Tribunal de Justiça, que concedeu efeito suspensivo.
Consultada a respeito, a Fundação Cásper Líbero, por intermédio de sua assessoria de imprensa, prestou as seguintes informações:
A Fundação Cásper Líbero informa que, desde 1989, detém o registro do nome ‘Corrida Internacional de São Silvestre’ no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e isso garante à instituição a exclusividade de seu uso em todo o território nacional, conforme a lei de marcas e patentes.
Por esse motivo, a Fundação Cásper Líbero notificou o Sr. Antonio Carlos Rocha Collucci, que em 2011 criou a ‘São Silvestre Cover’, como forma de protesto às alterações no percurso da prova naquele ano. A notificação se faz pertinente pelo fato de a legislação vigente vedar a utilização total ou parcial da nomenclatura registrada, bem como a sua alteração de modo a que possa induzir confusão.
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(*) Processo: 0012084-13.2012.8.26.0002
Já que decidiram com portas fechadas que a corrida vai ser de agora em diante, às 8hs da manhã (ridículo), sem consultar a gente, seria também oportuno, além das manifestações de protesto, ir diretamente nas empresas que patrocinam o evento e dizer que vai haver boicote de produtos até que a tradição de uma corrida, até então simpática, seja respeitada….é só tentar tirar o lucro desses gananciosos, porque ações de conscientização, num país alienado como esse, tá difícil…….
Desde que a Globo começou a “emcampou” se “apoderou” da São Silvestre ela começou a se descarecterizar… e agora acaba de vez com ela agora sendo pela manhã… Já somos “manipulados” pelos seus horários de novela e futebol na hora que ela quer. Agora essa também simplesmente destruindo uma tradição. Gente, isso precisa ter um fim um fim. Porque sempre temos que nos render, nos submeter todo tempo aos “desejos” da “poderosa”???
Lei é lei e deve ser usada por todos. A marca pertence a Fundação. O Antonio Colucci ao invês de ficar agitando nas midias sociais deve começar a se preocupar com um eventual Crowdfunding, por que vai perder a ação.
A Fundação Casper Líbero, uma instituição séria, está muito mal representada por pessoas equivocadas. Então a Igreja católica apostólica Romana pode processar a Fundação pelo uso do nome do Santo? E não foi utilizado o termo Corrida Internacional de São Silvestre Cover, então qual a implicancia legal? Qual o prejuízo com a realização da São Silvestre Cover (será que também serei intimado por usar aqui o termo?)? Houve uma diminuição do número de inscritos por conta da São Silvestre Cover? Houve algum patrocinador que não quis manter cotas por conta do proteste? Aonde se encontra a liberdade de expressão? O que me deixa mais surpreso é ver que as “revistas especializadas” não se manifestam em defesa desta ação, e com esta atitude, são coniventes com o processo. Na verdade deveriamos sempre bater palmas e apoiar pessoas que se manifestam e se posicionam. Palmas para o Colucci.
Assim como a feijoada sem gordura não é feijoada a São Silvestre no formato atual é completamente descaracterizada e não deveria ser chamada de São Silvestre.
No fundo é apenas uma forma de se vender um produto descaracterizado do original com um rótulo famoso.
Isso tudo é uma Vergonha!!!! Vocês não tem mais o que fazer não??
Palhaçada q é essa + de 80 Anos que é são silvestre, porq, mudar?
Caro Alfredo, parabens pela percepção inicial mas, agora
Pense, pense, pense que voce vai descobrir por que a GLOBO encampou a NOSSA festa e esta’ – ano apos ano – tirando o brilho dela. para transmitir Show de fogos la’ do RIO.
Casper Líbero criou no Brasil, nos mesmos moldes, a corrida que celebrizaria sua pessoa. Seus sucessores abraçaram o ideal de modo que até hoje são lembrados: Carlos Joel Nelli, Thomaz Mazzoni, Aurélio Belotti e outros cuja lembrança se esvai. Esses homens mantiveram acesa a chama e o espírito da competição. Hoje, porém, o que se vê são apenas resquícios do que foi a verdadeira “SÃO SILVESTRE”.
Evento chato, sem graça e que não desperta mais interesse de ninguém. Ao contrário do que ocorria antigamente, quando a corrida acontecia a noite.
Foram uns 74 anos de corrida noturna, que era uma tradição em Sampa, inclusive a partir dos anos 50, com transmissão ao vivo da corrida por uma rede das 3 emissoras que existiam na época (TV Tupi, TV Paulista, TV Record). Parece que a Gazeta, não tinha mais recursos financeiros para bancar sozinha e ai…, a Globo entrou na parada e faz o que quer com ela. Dentro em breve, capaz que passem a corrida para julho, agosto…Pena…, mais uma tradição de São Paulo que jogaram no lixo.
toda prova organizada pela YESCOM é sem vida, sem brilho,ali é só R$R$R$R$R$.nada contra, mas podia ter no comando da empresa um esportista, e o q parece é ao contrário disso.
Lamentavel.
Patentear o nome de um Santo é o fim da picada! Santa Patente, (alguem registrou, desculpe).
Até a SS Joseense teve que mudar para Corrida da Virada, Santa Paciência, Afundação detentora, não respeita o atleta; (mim gosta ganha dinheiro).
Falar o que pensa ainda é permitido né?!
E que seja criado outro nome para uma corrida tão interessante que deixa-nos ao menos curioso de saber quem venceu!
talvez… Maratona internacional BRASIL 2012,por exemplo! kkkkkkkk….
São Silvestre de manhã ? È o completo desconhecimento de sua historia ! E a cidade ? Dia 31 pela manhã o comercio funciona, a cidade vae ficar prejudicada ! È a maior irresponsabilidade dos organizadores. Fica o protesto de todos comerciantes e moradores da região (enorme ) que será prejudicada . Acho que valerá alguma ação junto a Justiça , por perdas ou danos !!!!!!!!!
É Alfredo Alejo garcia… é triste constatar,foste direto ao assunto Tudo ou quase tudo que se cria e é muito bom,sempre arrumam um jeito de destruí-lo. Infelizmente.
Ora por jurisprud~encias, ora por marketings atroz…
A culpada disso tudo é a própria Fundação Cásper Líbero, que “vendeu” a prova para a Globo em troca de audiência. Esta matou toda a tradição da prova em busca de seus interesses. O que esse cidadão está fazendo é um resgate da tradição e a Fundação Cásper Líbero em contrapartida está simplesmente defendendo os interesses da Globo.
Juridicamente a Fundação Casper Líbero estpa certa, não se pode usar uma marca que seja registrada no INPI. Porém o Collucci tem toda razão… descaracterizaram a São Silvestre.
– Uma coisa que sabemos bem é acabar com tudo que é bom. O que é nosso e que começa bonito e bem feito esta sempre fadado a ser modificado, para pior. A São Silvestre é um dos exemplos. Antigamente, a prova ocorria num circuito tradicional e a largada era à noite, de forma a se completar por volta da passagem de ano. Era uma atração que culminava com grande festa, luzes, pipocar de flashes, musica e queima de fogos, tudo por volta da meia-noite, encerrando de forma alegre o ano velho e trazendo novas emoções para o ano novo. Mas, o que se vê atualmente é apenas mais uma prova esportiva, sem tanta festa, sem tanto brilho.