MPF avalia construção de monotrilho em SP

Frederico Vasconcelos

A Procuradoria da República no Estado de São Paulo converteu em inquérito civil público procedimento administrativo (*) para apurar a regularidade da construção pela Companhia do Metropolitano de São Paulo do monotrilho que fará a ligação do aeroporto de Congonhas à rede metroviária.

O procedimento foi instaurado a partir de representação do Deputado Federal Ricardo Izar (PSD-SP), que questionou a pertinência do monotrilho para a implantação da Linha 17 – Ouro do Metrô, em especial no que tange aos efeitos ambientais no trecho de ligação da Estação Morumbi da CPTM à Estação São Paulo/Morumbi, da Linha 4 – Amarela.

Portaria de 18/12, assinada pela Procuradora da República Adriana da Silva Fernandes, remete os autos para perícia. Foi determinada análise técnica a ser elaborada por especialistas em biologia e engenharia florestal.

(*) Procedimento administrativo nº 1.34.001.004196/2012-18

 

Comentários

  1. A capacidade do Monotrilho previsto para a linha 15-Prata, que é considerado o maior do mundo para carruagens com largura de 3,15m (standard), e comprimento da composição total de ~90m, é de ~1000 pessoas, contra para a mesma largura, porém com comprimento de ~132m é de ~2000 pessoas para o Metrô, significando com isto que a capacidade do metrô é o dobro do monotrilho, trafegando na mesma frequência, podendo ser considerado de média demanda.

    Este monotrilho da linha 15-Prata, Ipiranga, Vila Prudente, Cidade Tiradentes irá trafegar em uma região de alta demanda na zona Leste, maior do que as linhas 4-Amarela, 5-Lilás e a futura 6-Laranja, e já corre o risco de já nascer congestionado, além de ser uma tremenda incógnita, quando ocorrer uma avaria irá bloquear todo sistema, como deverá ser feita a movimentação e o socorro, pois trafegam em média a 15m do piso.

    A melhor opção seria o prolongamento da linha 2 Verde, com bifurcação em “Y” na estação Vila Prudente, com a previsão da futura linha para Vila Formosa, e até São Mateus e a partir daí seguir em monotrilho, até a cidade Tiradentes, mas como as obras já estão começadas, a estação terminal deveria ser no terminal rodoviário do Sacomã, e não em Vila Prudente, que basicamente será uma estação de transbordo.
    (Nota: Recentemente para remediar a estação terminal será na estação Ipiranga da CPTM).

    Nem conseguiram acabar com o caos da estação da Luz, e já estão “planejando” outros inúmeros transbordos na nova estação Tamanduateí com as linhas 10 Turquesa, 2 Verde, e os monotrilhos Expresso ABC e Expresso São Mateus Tiradentes, com um agravante, de que as plataformas da estação Tamanduateí são mais estreitas que a Luz, e não satisfeitos, já prevendo a expansão em linha reta em monotrilho, é assim nas linhas 2 Verde e o projeto da linha 6-Laranja com transbordo obrigatório caso os usuários desejem prosseguir viagem, fazendo que os usuários tenham que fazer múltiplos transbordos provocando enorme desconforto.
    O Metrô de São Paulo, projetou linhas de metrô, utilizando rodeiros e trilhos convencionais, em bitolas e tensões diferentes, numa atitude insensata, bloqueando as possibilidades de bifurcação e interpenetração em “Y” como as muitas facilidades existentes como as composições da CPTM provenientes da Luz, que possuem a opção de rumarem para o ABC, ou para a zona Leste, e no metrô Rio após a estação presidente Vargas, no qual os usuários tem a opção de apanhar a composição que se dirige ao Estácio, ou Cidade Nova entre outras inúmeras facilidades, isto foi possível porque o Metrô Rio uniformizou a tensão e a bitola de todas suas linhas em 1,6 m, algo que não aconteceu em São Paulo.

  2. Tudo para sustentar um maldito estereotipo sobre “impacto visual” tipico de desconhecimento, desinformação e ignorancia sobre o modal. Agora…se é viadutos para carros, duvido que o mimimi seria o mesmo. Afinal, viaduto para carro pode, mas para transporte publico não. Ah, vá !

  3. Olá! Caros Comentaristas! E, Fred! A idéia do Monotrilho ou metrô de superfície é algo genial. Provavelmente, não compartilham dessa idéia Arquitetos e Urbanistas. Sobre o prisma de impactos ambientais, o monotrilho provoca menor impacto que o metrô subterrâneo. A questão que deve preocupar as autoridades é com improbidade e desvios de recursos públicos. Isso deve ser fiscalizado e BEM fiscalizado, – recursos públicos e lisura nas licitações -. O efeito ambiental deletério, se houver, está ligado à questão estética urbana; que pode ser minimizado com projetos inteligentes e traçado elegante. O design LEVE das estruturas móveis, composição, também, pode ajudar nessa visão que será mais armonizadora. Em termos de custo é menor. Por sinal, reparei em uma propaganda de empresa de telefonia que há algo sobre o tema. E feito direitinho e SEM MARACUTAIA, como dizem alguns: além de bonito, funcional, eficiente e econômico pode até agregar como elemento móvel; uma visão ou várias visões da paisagem em movimento e como efeito a redução no stress vez que será uma visão e percurso reconfortante e mutável. Sem falar que um projeto desses poderá reduzir o volume de tráfego de carros. Muitos optarão por um serviço caprichado. A questão aqui é: Vão fazer direito ou começam a dificultar para ficar mais oneroso, e melhor comissionada, a “TAL” facilidade? O que será? OPINIÃO!

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