Ajufer: juízes vítimas temiam impunidade
“Juízes federais que tiveram seus nomes usados indevidamente em contratos fictícios firmados entre a Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região) e a Fundação Habitacional do Exército temem que haja impunidade”.
Esta foi a abertura de post publicado no Blog em 5 de abril de 2011, sob o título “Juízes temem ‘pizza’ e pedem investigação célere”, ao revelar que um grupo de 20 magistrados entregou abaixo-assinado ao então Corregedor-Regional do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador Cândido Ribeiro.
Eles manifestaram “repúdio e inconformismo” e solicitaram à Corregedoria que adotasse, “no prazo mais célere possível, as providências cabíveis naquilo que lhe competir visando o esclarecimento cabal dos fatos, bem como para apurar a responsabilidade dos envolvidos”.
Os magistrados levaram cópias de vários documentos para serem juntados ao inquérito instaurado no TRF-1.
No requerimento, os juízes relatam que seus nomes foram utilizados “de forma irresponsável, temerária e fraudulenta pela Ajufer, em gestões anteriores à atual, para fins de obtenção de mútuos firmados com a Fundação Habitacional do Exército (FHE/Poupex)”.
Os magistrados sustentam no documento que:
a) jamais solicitaram à FHE ou à Ajufer a contratação de mútuo de qualquer natureza;
b) jamais firmaram contratos de mútuos com as duas instituições;
c) jamais autorizaram a Ajufer, seja na pessoa de seu então Presidente Moacir Ferreira Ramos ou quem quer que fosse a utilizar seus nomes para fins de obtenção de financiamento de qualquer espécie, em benefício da Ajufer ou de terceiros.
Eles requereram a admissão como interessados nos procedimentos de investigação.
Informaram, ainda, que alguns juízes federais, cujos nomes foram indevidamente utilizados pelos investigados, sequer eram associados da Ajufer.