Perfil das candidatas ao cargo de Gurgel

Frederico Vasconcelos

Procurador Celso Três acredita que Dilma Rousseff indicará uma mulher

A avaliação a seguir sobre o processo de escolha da lista tríplice para o cargo de Procurador-Geral da República é de autoria de Celso Três, Procurador da República em Santa Catarina.

 

Teremos mais do quase mesmo. Com a candidatura de Ela Wiecko, anunciada na quinta-feira, concorrem quatro figuras que nunca marcaram posição distinta de Gurgel.

Digo ‘quase mesmo’, pois tenho certeza que, no âmbito da persecução penal contra o foro privilegiado (STF e STJ), sentiremos alteração.

Consenso que o o centralismo de Antonio Fernando e Roberto Gurgel nas ações penais contra políticos é nefasta. Traz prejuízos institucionais, sempre desgastando o Chefe da Instituição, seja quando atua com força –angariando a antipatia dos setores atingidos– bem assim quando, pelo excesso de atribuições, é tardio, a exemplo dos Senadores Demóstenes Torres e Renan Calheiros.

Tenho que o próximo PGR despersonalizará isso, distribuindo os feitos aos demais Subprocuradores-Gerais.

O perfil será mais de atuação na área dos direitos humanos, minorias, direitos sociais etc.

Dilma Rousseff deverá indicar uma mulher.

Nessa hipótese, observo quanto às candidatas:

a) Deborah Duprat: muito bom para o Executivo, perfil dos direitos humanos, minorias (índios, negros, homossexuais), menos ênfase na persecução criminal;

b) Ela Wiecko: diz-se que ela seria a PGR de Lula. Como houve vazamento à imprensa, sua indicação foi abortada e foi designado Cláudio Fonteles; igualmente perfil dos direitos humanos.

c) Sandra Cureau: hábil politicamente, esteve aliada com Geraldo Brindeiro, convolou para os atuais gestores. É indigesta para o governo eis que, na condição de Vice-Procuradora-Geral Eleitoral, teve forte atuação nas eleições, encetando medidas contra os abusos da campanha governista à presidência.

Comentários

  1. O Cargo de Procurador-Geral da República deve ser ocupado por alguém que na chefia do Ministério Público, atue com integridade pessoal e independência funcional.

  2. Fora do que é midiático, ninguém sabe se trabalham ou não. Todos. As três e o “comentarista”. Até pode ser que trabalhem, mas só se quiserem, porque ninguém cobra nada do MP, sobretudo do MPF, que oficia no mínimo (área federal) do mínimo (internvenção obrigatória do MP).

  3. Com certeza eles vão escolher uma pessoa mais ligada a eles por ideologia.
    É uma maneira de evitar investigações que possam causar algum constrangimento no futuro

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