CNMP investigará ex-procurador-geral do Rio

Frederico Vasconcelos

A Corregedoria Nacional do Ministério Público instaurou nesta terça-feira (2/4), reclamação disciplinar para apurar a conduta do ex-procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro Cláudio Lopes.

De acordo com o reportagem veiculada pela “Veja” na última sexta-feira (29/3), o procurador teria avisado ao deputado federal Eduardo Cunha sobre interceptação telefônica realizada em inquérito instaurado pela polícia civil do Rio de Janeiro para investigar esquema de sonegação fiscal.

Segundo informa a assessoria de imprensa do Conselho Nacional do Ministério Público, de acordo com o despacho do corregedor nacional, Jeferson Coelho, “a conduta, como narrada, se verdadeira, pode configurar, em tese, violações aos deveres funcionais previstos na Lei Complementar nº 106/2003, cabendo ao Conselho Nacional, nos termos previstos no artigo 130-A, § 2º, inciso III, e § 3º, inciso I, da Constituição Federal, atuar no controle disciplinar dos membros do Ministério Público”.

No documento, o corregedor determina ainda que Cláudio Lopes apresente, no prazo de dez dias, informações sobre os fatos narrados pela reportagem.

Comentários

  1. Caso isso seja verdadeiro. Tomemos como norte, que isso é coisa de bandido, bandido da pior espécie. Haja vista trair a sociedade, que o paga, que o veste, que o alimenta.

  2. Nada de novo no Front Ocidental. As instituições do Direito no país com destaque ao Ministério Público e Poder Judiciário, estão insanavelmente corrompidas. São instituições cujos membros fazem parte de uma Nomemklatura burocrática com o único propósito de perpetuar as suas benesses. É a pior face do Estado anacrônico, cartorial e retrógrado que acorrenta o Brasil ao seu passado colonial. Esse caldo de cultura é o humus que faz florescer a corrupção. Não que Legislativo e Executivos sejam melhores, mas para estes pelo menos existe um remédio de curto prazo chamado processo eleitoral.

    1. Mas alguns não sustentam que os altos vencimentos pagos a essa classe de servidores (juízes e promotores) serve exatamente para “livrá-los da tentação” tão comum aos barnabés de categorias inferiores? Basta que todos fiquem atentos ao trem-de-vida dos colegas, às exibições repentinas de confortos e amizades VIPs, para saber-se onde está o perigo. Nessas corporações “fechadas” todos sabem a origem de cada colega, quem herdou, quem casou com mulher rica, quem tem cursinhos preparatórios e escolas, etc. Surpresa, não!

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