Barbosa avaliará jornalismo investigativo

Frederico Vasconcelos

Depois de participar de evento sobre liberdade de imprensa organizado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) na Costa Rica, no último dia 3/5, o ministro Joaquim Barbosa confirmou sua presença como um dos palestrantes do 8º Congresso de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), a realizar-se em outubro.

O encontro da Abraji será realizado no Rio de Janeiro, junto com outros dois eventos internacionais: a 8ª Conferência Global de Jornalismo Investigativo, realizada pela Global Investigative Journalism Network(GIJN), e a 5ª Conferencia Latinoamericana de Periodismo de Investigación (COLPIN), do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS).

Barbosa abordará questões sobre a relação do judiciário com a imprensa e o desafio da cobertura jornalística sobre o assunto.

Na Costa Rica, o presidente do STF criticou a falta de “pluralismo” e a “fraca diversidade política e ideológica” na imprensa brasileira:

“Eu não seria sincero se eu concluísse essa apresentação sem trazer para esse público desvantagens que vejo no meu país acerca da informação, da comunicação, da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa.”

“No Brasil, negros e mulatos representam de 50% a 51% do total da população, mas não brancos são bem raros nas redações, nas telas de TV, sem mencionar a quase abstenção deles nas posições de controle ou liderança na maioria dos veículos de comunicações. É quase como se eles não existissem no mercado de ideias.”

Comentários

  1. Meu caro Jornalista: sou um admirador da personalidade do Presidente do STF porque ele superou todos os preconceitos , inclusiv e o mais poderoso que é a pobreza. quando se sabe que ainda até meiados do seculo passado era extremamente dificil alcançar ou completar o ensino fundamental no interior do Brasil se fosse carente financeiramente. Eu conheço bem essa problematica porque a vivi na própria pele e por isso considero o Dr Barbosa uma personalidade atipica inclusive no que diz respeito aos valores que orgulhosamente acunula e por isso pode até se dar ao luxo da vaidade pela soma de atributos e um elenco de padrões éticos e morais tão escassos nos tempos hodiernos

  2. E o gabinete dele como anda, os processos, o acervo. Eu estou mais preocupado com isso no momento, do que com prosopopeia barata.

  3. Os negros e mulatos estão sendo impedidos de ocupar tais cargos? As pessoas tem de querer, tem que estudar e almejar seus sonhos. O problema é que ser jogador de futebol, “brother”, pagodeiro, sertanejo, etc. tem tido muito mais apelo. Trata-se de inversão de valores, não de racismo.

  4. O Ministro tem razão quando diz que, no Brasil, negros e mulatos não tem as mesmas oportunidades que brancos.
    Temos que mudar a cultura promovendo mais educação e respeito pela nossa história. Temos que lembrar que somos todos brasileiros. Que o Ministro contribua para uma mudança de paradigma. Todos nós almejamos um país melhor. Que os questionamentos conduzidos pelo Ministro sirvam para uma reflexão: O que podemos fazer para mudar o quadro de desigualdade? O que a imprensa pode fazer sobre isso e como o Poder Judiciário pode contribuir para o debate? Eis o verdadeiro debate por trás das palavras. Vamos refletir sobre os temas.

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