Engenho e arte na lavagem de dinheiro
O jornal “The New York Times” publica na edição de domingo (12/5) reportagem de Patricia Cohen sobre a lavagem de dinheiro por meio de obras de arte.
O texto destaca o trabalho dos investigadores federais para que retorne ao Brasil o quadro “Hannibal”, do artista norte-americano Jean-Michel Basquiat. Procedente de Londres, a tela é uma das 12 mil peças da coleção do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira. É apontada como um dos exemplos do uso de obras de arte para ocultar lucros ilícitos e transferências ilegais ao exterior.
O artigo menciona o livro “Money Laundering Through Art: A Criminal Justice Perspective“, lançado pelo juiz Fausto Martin De Sanctis, que julgou o caso do ex-dirigente do Banco Santos.
Na apresentação da obra lançada em março, os editores (Springer) anotam que, infelizemente, os investigadores, promotores, juízes e agências reguladoras na maioria dos países não estão preparados para detectar, investigar e julgar esse tipo de atividade criminosa. Além disso, a legislação internacional e os tratados envolvendo o mundo das artes contém muitas brechas que permitem a lavagem de volumosas somas de dinheiro.
Uma pena que este juiz, hoje Juiz Federal de 2º grau (que alguns insistem em chamar de Desembargador Federal) está hoje cuidando de recursos em matéria previdenciária, e não de processos criminais.