Bônus ou ônus das escolhas para o Supremo
Do advogado Luís Roberto Barroso, que deverá ser sabatinado nesta quarta-feira (5/6) no Senado, sobre as indicações para ministros do Supremo Tribunal Federal, em artigo publicado no site “Consultor Jurídico“, em janeiro deste ano:
Toda a comunidade jurídica sabe que José Sarney nomeou Celso de Mello, Fernando Henrique nomeou Gilmar Mendes e Lula nomeou Joaquim Barbosa. E é bom que seja assim. O presidente carrega, pessoalmente, o bônus ou o ônus da sua escolha, circunstância que gera maior preocupação com os critérios adotados e sua justificação pública. Uma avaliação isenta do histórico de nomeações permite concluir que o sistema tem produzido bons resultados, com competência técnica e perfis ideológicos variados.
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Obs. Texto com imformação adicional às 13h43
Luís Roberto Barroso sobre a tensão entre os poderes: “Há um déficit de legitimidade do processo político majoritário para atender algumas das grandes demandas da sociedade e, portanto, o Judiciário está suprindo este déficit”.
Ele é um grande mestre. Todos esperam que ele seja um grande Juiz. E que ele não se esqueça disso.
Entendi: precisamos “consertar” o tal “déficit de legitimidade do processo político majoritário”. Leiam: salve-se quem puder (literalmente).
O mais novo indicado para vaga do STF não pode se dar ao luxo de elogiar o sistema, na medida em que agora faz parte dele.
Cara Ana Lúcia, não registrei, mas o comentário do advogado foi feito em artigo publicado em janeiro, antes da indicação. Farei adendo no post. Abs. Fred
[…] “o sistema tem produzido bons resultados, com competência técnica e perfis ideológicos variados”. Deixemos por um momento “bons resultados” e “competência técnica”. É que, pelo “perfis ideológicos variados”, já se verifica que pelo menos teremos agora o melhor humorista do STF.