Oposição lança chapa à sucessão na AMB
Movimento é liderado pelo juiz João Ricardo Costa, ex-presidente da Ajuris.
O lançamento oficial da chapa de oposição à AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) foi realizado nesta segunda-feira (5/8) no Rio de Janeiro. A chapa “Unidade e Valorização” é liderada pelo Juiz de Direito João Ricardo Costa, titular do 1º Juizado da 16ª Vara Cível de Porto Alegre.
João Ricardo Costa é ex-presidente da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS).
Segundo os organizadores, a chapa da oposição tem a adesão de 27 associações regionais.
Os apoiadores da chapa da oposição criticam a atual gestão da AMB, alegando falta de articulação em defesa dos interesses da magistratura e a baixa representatividade da categoria.
“A magistratura não se sente respeitada. Vemos a inação de nossa entidade de classe e a não ocupação do espaço público pelos juízes”, diz João Ricardo. Para ele, é necessário discutir o modelo tributário e o pacto federativo, além da luta incessante pelas prerrogativas da magistratura.
A eleição direta para os tribunais de Justiça é uma das principais bandeiras da oposição. O desembargador Cláudio Baldino Maciel, ex-presidente da AMB, e que participa do movimento “Unidade e Valorização”, também defende a eleição direta nos tribunais, “uma questão tão obvia que já deveria estar superada”.
A oposição defende “a mudança completa dos rumos da AMB com o resgate da credibilidade da entidade e da representação nacional da magistratura”.
A chapa da situação, apoiada pelo atual presidente da AMB, Nelson Calandra, é liderada pelo juiz paranaense Roberto Portugal Bacellar.
Bacellar é diretor-presidente da Escola Nacional da Magistratura (ENM) e dirigiu a Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) durante o biênio 2002/2003.
Em entrevista ao Blog, em abril, o candidato da situação definiu como sua prioridade “as garantias de independência para que todos os magistrados (estaduais, federais, militares e do trabalho) possam decidir de forma a atender os interesses da cidadania”.
Independência significa que o Juiz deve decidir sem sofrer interferência política, por isso as garantias constitucionais estão na Constituição.
O conceito independência não é indeterminado, sr. Rafael.
Em relação aos magistrados que não trabalham, por favor, informe às Corregedorias sobre a conduta dos juízes faltosos.
E por último, boa parte dos juízes levam trabalho para casa. E sobre o teto Constitucional, ele deve valer para todos e não apenas para alguns, neste ponto o senhor está correto.
att.
com todo respeito, se a senhora for a tantos TJs, TRFs e TRTs na sexta feira (e provavelmente nas segundas feiras) não encontrará nenhum juiz trabalhando, e menos de 10% terá feito carga de processos.
os assessores estarão fazendo as sentenças e votos.
Todo mundo sabe disto, inclusive os membros da corregedoria.
se eu fizer uma denúncia a única pessoa que sairá perdendo serei eu.
a independência só é levantada como argumento para questões salariais.
são raríssimos os casos de juízes que sofrem perseguições polícas; pelo contrário, há muitos casos de juízes que trabalham com interesses outros em relação a agentes políticos.
se em são paulo a realidade é outra, entendo que a melhor forma da magistratura conseguir se valorizar é instar os magistrados de outros Estados, nos quais se faz o que quer; trabalha-se quando quer e não há corregedorias a
melhorar a imagem da instituição.
Ai sim, haverá legitimidade para pleitos.
respeito todas as opiniões contrárias, inclusive a da senhora, que se manifestou com respeito e polidez, mas creio que o panorama acima é predominante no Judiciário.
São raros os juízes que dão bons exemplos hoje.
a aprovação no concurso da magistratura significa, para boa parte dos aprovados, o início de uma grande mamata e de uma vida de privilégios desarrazoados.
infelizmente, a magistratura é, hoje, um ganha pão fixo/hobby para muitos; um trabalho árduo e vocacionado para poucos.
já passou da hora de ficar somente quem quer trabalhar. estes sim, merecem todas as prerrogativas constitucionais para contribuirem para um Brasil melhor.
qual o significado do conceito juridico indeterminado “independência”?
significa ganhar salários ainda maiores para não se corromper?
policiais militares ganham 2 mil reais. eles precisam de ter mais independência também?
o que os juízes precisam é cumprir a carga horária de trabalho e ir ao fórum todos os dias da semana.
a “independência” é usada como desculpa para muitos magistrados irem ao trabalho somente dois ou três dias da semana e deixar todo os serviços para os seus assessores.
vamos trabalhar Brasil. quem ganha 40 salários mínimos precisa de trabalhar mais e não de ter aumento de salários.
quem precisa de aumento de salário são professores, policiais, fiscais, etc.
juiz já está no topo do Poder e é curioso que num país em que tantos lutam para ter um teto, os magistrados lutam para não se submeter ao “teto” constitucional.
saudações. boa semana.