Servidores do TJ-SP farão ato na Assembleia
Em ano de eleições, Sartori homenageia Alckmin e o PT breca projetos do tribunal.
O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu ao governador Geraldo Alckmin, no dia 5/8, o Colar do Mérito Judiciário, “por seus méritos e relevantes serviços prestados à cultura jurídica”.
Segundo informa o órgão, é a primeira vez que um chefe do Executivo estadual é agraciado com a honraria.
O presidente Ivan Sartori ressaltou “a atenção dada pelo governador ao Poder Judiciário paulista e as parcerias bastante positivas firmadas entre o Executivo e Judiciário, que possibilitaram realizações importantes para o jurisdicionado e os funcionários da Corte”.
O presidente apontou a existência de sinergia e coesão entre os Poderes, o que facilitou a administração do Tribunal.
“Sou muito grato pela força e confiança. Sinto-me abençoado por presidir uma cerimônia com tanta envergadura e fazer algo pelo Tribunal. Um novo Judiciário que leva a novos tempos.”
Na última quinta-feira (22/8), Sartori recebeu o presidente e o vice-presidente da Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Assojuris), respectivamente, Carlos Alberto Marcos (Alemão) e Adolfo Benedetti Neto (Pardal) e a diretora Rejane Cattarin Marcos.
Os dirigentes da Assojuris foram pedir a concessão de bolsas de estudo para curso superior de Direito aos servidores de baixa renda e que agentes administrativos sejam providos em cargos em comissão (interior).
A Assojuris informou que há notícia de que o andamento dos projetos de interesse dos servidores têm sido, reiteradamente, obstados pelo deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino, na condição de líder do Partido dos Trabalhadores.
“O presidente Sartori confirmou a existência do problema e aconselhou os dirigentes da Assojuris a fazerem gestão junto ao presidente da Assembleia Legislativa e ao Colégio de Líderes para que obstruções não prejudiquem os servidores do Judiciário paulista.”
Ainda segundo o site do TJ-SP, “a direção da Assojuris informou ao presidente que os servidores se preparam para a realização de um ato público em frente à Assembleia Legislativa, em data a ser definida, em apoio aos projetos do TJ-SP que tramitam naquela Casa, uma vez que o PT, com essa atitude, prejudica a classe trabalhadora do Tribunal de Justiça”.
É o mais do mesmo (de sempre). Esses presidentes de tribunais continuam subservientes aos chefes dos executivos estaduais. Esse filme é velho, como a falta de independência do judiciário no Brasil. São produto dessa cultura brasileira patrimonialista e antirrepublicana. O lixo do lixo ( 0 créme-de-la-créme às avessas).
Depois dessa, perdi a admiração que tinha pelo Desembargador Sartori. Deslumbrou-se pelo poder e transformou-se na famigerada farinha do mesmo gênero e espécie, ou seja, farinha do mesmo saco. Qdo a justiça mistura-se com políticos, podem acreditar, é a pior coisa que o jurisdicionado pode presenciar. Certo nojo.
Um absurdo o Poder Judiciário conferindo medalha ao governador do estado. Tudo isso para agradar quem tem acesso ao dinheiro público. Lamentável!!!
O governo não honra com os precatórios, é o maior cliente da justiça.
Essa sinergia alegada pelo presidente do TJSP é o que tem de pior para o jurisdicionado e para os advogados.
Tudo isso para agradar o poder executivo.
Infelizmente ainda veremos os juízes se curvando ao governador. Aguardem!!!
A questão dos precatórios já foi decidida pelo E. STF.
Em relação às medalhas e prêmios, eles existem em todo o mundo, e em todos os segmentos das empresas públicas e privadas. As empresas premiam os melhores empregados e os advogados têm os seus prêmios. Outrossim, um grupo ligado ao governo criou o prêmio INOVARE. Enfim, qual é a diferença?
aos prêmios
Olha, Frederico, se há “sinergia e coesão entre os poderes”, então fica bem explicado, por exemplo, os tacos soltos e as gambiarras com durex e fitas adesivas, reinantes nos cartórios do Fórum João Mendes, os quais não se moveram em um milímetro, apesar da aparente reforma. Fórum, diga-se de passagem, da maior cidade da América Latina. Sem contar com a VISÍVEL falta de funcionários nesses mesmos cartórios, e, só virando muito o rosto, (talvez para o chão, em sinal de vergonha) fique mais fácil deixar de notar os sinais de cansaço, desalento e problemas de saúde visíveis em olheiras profundas estampadas nos semblantes de GRANDE parte dos funcionários das serventias.
Parece-me que o governo estadual e o presidente do TJSP, criaram um mundo absolutamente particular, alguma espécie de paraíso artificial , dourando uma realidade que não aceita mais nenhuma espécie de homenagem para dar nome delicado aos desaforos que a realidade dá conta de mostrar num cotidiano para lá de esticado. O Poder Judiciário Paulistano vive na base do tapa e da FALSA IMPRESSÃO, que só convence aos que optam pelo cinismo. Seria interessante que se trocasse a velha e boa cerimônia do “beija-mão” e esse punhado inútil de rapapés, por um tratamento mais digno aos jurisdicionados e funcionários, incluindo evidentemente aos Magistrados, que estão sendo moídos por tanto trabalho, em nome da celeridade fictícia que levou o nome de processo eletrônico, os quais, somados aos de papel, alimentam as estatísticas enquanto os juízes concorrem para uma vida de zumbis com pressão por todos os lados.
E segue a valsa: as autoridades dando um trato às pessoas, mediante toda uma papagaiada, como se fôssemos todos o bando de idiotas que eles acham que somos. Dá vontade de soltar um palavrão.