Formação do colegiado começou em fevereiro

Frederico Vasconcelos

Ministro Joaquim Barbosa ouviu sugestões de Francisco Falcão e Eliana Calmon.

A renovação do Conselho Nacional de Justiça começou a ser decidida em fevereiro por Joaquim Barbosa, com sugestões dos ministros Francisco Falcão e Eliana Calmon. Houve então a indicação de Guilherme Calmon para substituir Fernando Tourinho Neto, que fazia oposição a Eliana. Foi antecipado, na ocasião, o nome de Saulo José Casali Bahia para a vaga de Sílvio Rocha, que só deixaria o colegiado em agosto.

Duas novas conselheiras foram escolha do presidente do CNJ: Ana Maria Duarte Amarante Brito e Deborah Ciocci. Barbosa definiu a inclusão de quatro mulheres no colegiado como “mais um passo” contra as “históricas barreiras invisíveis”: há muitas juízas na primeira instância, mas poucas mulheres chegam à cúpula do Judiciário.

Para reunir conselheiros experientes, Barbosa fez gestões junto ao presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Carlos Alberto Reis de Paula, ex-membro do CNJ. Falcão fez o mesmo junto ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Coelho.

Maria Cristina Peduzzi, que substitui Reis de Paula, é considerada uma magistrada independente. Não acompanhou Barbosa, por exemplo, na questão do casamento civil de pessoas do mesmo sexo. Também são da Justiça do Trabalho Rubens Curado e Flávio Sirângelo. Curado foi secretário-geral do CNJ na gestão Gilmar Mendes. O ex-corregedor Gilson Dipp o considera “o mais completo conhecedor da parte administrativa do conselho”, aval que estende a Sirângelo, ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho gaúcho.

O advogado Jorge Hélio Chaves diz que Paulo Teixeira (que assume sua vaga no CNJ) e Gisela Gondim (que substitui Jefferson Kravchychyn) “são bons colegas, preparados”.

“De um modo geral, os novos conselheiros seguem uma linha ‘joaquinista'”, diz Chaves.

Para ele, o ex-presidente do CNJ Cezar Peluso foi “um magistrado sereno, com postura extremamente conservadora, tradicional”. Segundo o advogado, a principal marca de Peluso foi a defesa intransigente da magistratura, o que foi considerado uma atuação corporativa em defesa do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Comentários

  1. Devemos nos preocupar com a forma de escolha dos membros do CNJ. Como é que são escolhidos? Por que não há eleição em cada categoria dos seus membros?

    Quanto ao Magistrado Peluzo, tenho que sempre agiu de acordo com o direito, desde quando Juiz em São Paulo, onde fui advogado por oito anos. Aliás, ele é o herói do livro “O Código da Vida” do falecido Saulo Ramos.

    Com relação à nova composição do CNJ, prefiro aguardar para ver como irá decidir.

  2. Olá! Caros Comentaristas! E, FRED! O Ministro PELUSO – além de honrar a TOGA, representou muito BEM seu papel. E, pelo que consta era e foi contra decisões ILEGAIS e INCONSTITUCIONAIS. Como a fatídica resolução do cnj. Se lutar pela legalidade e constitucionalidade é ser corporativo então: PARABÉNS Min. Peluso. Lamento o atual, que prima por DUBIEDADES quanto à legalidade, constitucionalidade e falseia a ideia conceito de DEMOCRACIA e LIBERDADE, optando por POPULISMO MIDIÁTICO e reações TRUCULENTAS. OPINIÃO!

  3. É um bálsamo espiritual conhecer pessoas como o Ministro Cézar Peluso, Joaquim Barbosa e a Ministra Eliana Calmon, e tantos outros doutos e nobres Juízes do Poder Judiciário, que dignificam a judicatura. A atuação do CNJ tem sido fundamental para a dignificação da Justiça no Brasil.

  4. Pelas notícias do blog, os mensaleiros serão condenados e o Poder Judiciário será desmoralizado. Espero que o Ministro Joaquim Barbosa saiba o que está fazendo. Todos precisam de um judiciário forte. O Judiciário no Brasil salvou o país de um destino muito semelhante ao da Venezuela. Temos que valorizar o Poder e respeitarmos uns aos outros, mas sem hipocrisia.
    Vamos acabar com essa mania de aplicar a lei para si mesmo e esquecer que estamos numa democracia. Igualdade e respeito às regras Constitucionais a todos os membros do Poder Judiciário.
    Disso depende a democracia brasileira, pois o exemplo vem de cima. Vejam a advocacia pública e o MP. Eles não são perfeitos, mas o marketing deles é sensacional.
    A desconstrução do Poder Judiciário, o ápice do Poder Judicial, alegra o coração dos bandidos no Brasil, faz com que o povo perca as esperanças. Ninguém ganha com isso. Mas, muita gente ganha com a desconstrução do Poder

  5. O Ministro Cezar Peluso honrou a toga e Poder Judiciário brasileiro. É um homem discreto, culto e ótimo pai de família. Dois de seus filhos são magistrados, sempre foi dedicado à magistratura e à família. Um exemplo a ser seguido, pois a maioria das pessoas hj em dia tem dificuldade de harmonizar a vida familiar, o trabalho e a sabedoria de falar no momento apropriado.

  6. Em relação á nova fase do Conselho Nacional de Justiça, todos anseiam que o novo colegiado valorize a atividade jurisdicional de fato, pois há servidores ganhando mais que juízes titulares e procuradores da república, estes absurdos devem ser corrigidos, pois em todos os países democráticos o cargo de magistrado é o ápice da carreira judicial.
    No Brasil, estamos observando uma valorização da advocacia pública, que não existe em lugar do mundo, em detrimento da função judicial.

  7. O Ministro Cezar Peluso honrou a toga e Poder Judiciário brasileiro. É um homem discreto, culto e ótimo pai de família. Dois de seus filhos são magistrados e ele é discreto, sempre foi dedicado à magistratura e à família. Um exemplo a ser seguido, pois a maioria das pessoas hj em dia tem dificuldade de harmonizar a vida familiar e o trabalho.

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