Ruídos na comunicação da Polícia Federal
Sob o título “Polícia Federal gastou milhões em rede inoperante”, o artigo a seguir é de autoria de Josias Fernandes Alves, agente de Polícia Federal, membro do Conselho Jurídico da Federação Nacional dos Policiais Federais. O texto foi publicado originalmente no site “Observatório da Imprensa“. (*)
Uma rede de radiocomunicação digital, de alta tecnologia e uso exclusivo, interligando policiais e unidades da Polícia Federal em pontos extremos do Brasil, cujos gastos ultrapassam US$ 100 milhões e que deveria estar operante há quase dois anos, corre riscos de não funcionar como foi projetada. Com sofisticado mecanismo de criptografia para comunicação de voz e dados, que evita a interceptação de sinais, o projeto prevê acesso a bases de dados criminais, identificação através de impressões digitais, localização de veículos e pessoas através de GPS e pronta comunicação através de celular ou rádio, em viaturas em movimento, por exemplo.
A partir da migração para a plataforma IP, o mesmo usado pela internet, o sistema conhecido como Tetrapol permitiria acesso a e-mail e redes coorporativas da PF, telefonia Voip e outras funcionalidades e facilidades da internet. Na sua versão completa, nove centros de controle estariam instalados em pontos estratégicos do território nacional, com comando central em Brasília. Pelo cronograma, até novembro de 2011 estariam ativas mais de 100 estações rádio base fixas, 220 repetidores digitais independentes, 27 sites de gestão tática e 9 mil terminais móveis. Também foi prevista uma plataforma de treinamento para capacitação de técnicos.
Viabilizar a comunicação em serviços de rotina, operações especiais e o apoio da PF na segurança dos grandes eventos foram algumas das justificativas para os investimentos. Às vésperas da Copa das Confederações, realizada este ano, a PF recebeu novos equipamentos, como veículos, robôs e roupas antibombas, mas os policiais continuaram sem comunicação.
Um desalento
Além de não funcionar durante os eventos já ocorridos, é bem provável que a rede de radiocomunicação não esteja operante para os próximos. Nem para os Jogos Olímpicos, em 2016, muito menos para a Copa do Mundo, em junho do próximo ano. O Tetrapol é um item do projeto da rede nacional de comunicação conhecida como “Integrapol”, prevista no programa denominado “Pró-Amazônia/Promotec”, um acordo de cooperação bilateral, assinado em 1997 pelos governos do Brasil e da França, com o objetivo de reaparelhar vários setores da PF.
A primeira fase de implantação da rede de radiocomunicação digital foi iniciada em 2005, no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Posteriormente, algumas superintendências instalaram estações de rádio base, cujo alcance é local. Os idealizadores do projeto talvez tenham dimensionado mal os custos e as dificuldades para implantação de uma rede nacional de radiocomunicação, num país com dimensões continentais. Escassez de recursos e de mão de obra especializada para implantação da nova tecnologia, assim como desconfiança e falta de conhecimentos técnicos por parte dos sucessivos gestores do projeto e ocupantes de cargos de direção da PF (na maioria, bacharéis em Direito), dentre outros fatores, comprometeram o cronograma de implantação da rede.
Em 2010, um dos diretores do órgão sugeriu a extinção de vários cargos da carreira de apoio, entre eles o de agente de Telecomunicações e Eletricidade, fundamental na implantação da rede. À época, a PF pleiteava junto ao Ministério do Planejamento a abertura de novas vagas para servidores desta área, justamente para fazer funcionar a Rede Tetrapol. Foi um desalento para os técnicos que apostavam na viabilidade e se esforçavam para implantar o projeto. Muitos deles foram remanejados para outras áreas.
Rede não funciona
Outras dificuldades emperraram a expansão da rede, como entraves burocráticos nas negociações com proprietários dos locais escolhidos para instalação de antenas e estações de rádio base; limitação de recursos para obras de engenharia; falta de interesse das operadoras para compartilhamento de antenas e incompatibilidades técnicas para instalação de links, na ligação de estações base com os centros de comando, de acordo com os protocolos de comunicação dos equipamentos. A falta de sintonia com outros entes da administração pública federal, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi empecilho adicional para a concretização do projeto.
Na prática, o que deveria se tornar uma moderna rede nacional de radiocomunicação, até hoje não passou de sistemas locais e isolados, através dos quais os policiais conseguem contato, na melhor das hipóteses, num raio de poucos quilômetros. Centenas de novas viaturas da PF nem foram equipadas com rádio, já que a rede de comunicação não funciona.
Através do Sistema de Informação ao Cidadão, a Divisão de Telecomunicações (Ditel) da PF, em Brasília, confirmou que foram adquiridos e entregues às 132 unidades do órgão, nas capitais e no interior,8.788 equipamentos novos. Quanto ao número de aparelhos em uso e das unidades da PF que estariam interligadas pela rede, o delegado-chefe da divisão sugeriu que fossem consultadas as 27 superintendências regionais do órgão. O chefe da Ditel talvez tenha ficado constrangido em admitir o que a maioria dos policiais federais já sabe, há anos: os terminais móveis não estão sendo usados porque a rede não funciona, nem nunca operou de forma permanente. É improvável que o dirigente desconheça que as unidades da PF, instaladas em regiões diferentes, não tenham condições de se comunicar através da rede de radiocomunicação.
Custos adicionais
Quando são usados de forma esporádica, como simples rádios HT (hand talk), durante operações policiais, após a instalação temporária de repetidoras e antenas, na maioria das vezes, os terminais não funcionam de forma confiável, devido a limitações de cobertura, tanto em área urbana quanto rural, principalmente em áreas de relevo irregular. A maior parte dos rádios, importados da Alemanha, está engavetada há oito anos. Muitos nunca foram usados. E talvez nunca sejam. A vida útil prevista dos equipamentos adquiridos pela PF é de 20 anos.
De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo (9/6/2012), a decisão tomada pela Anatel de alterar a frequência exclusiva dos órgãos de segurança pública, que foi destinada à internet de alta velocidade e telefonia no campo, exigirá gastos adicionais de até 30% dos investimentos já realizados, com a troca de equipamentos, que deveria ser feita até 2015. A migração da faixa não era novidade. Esta proposta foi submetida à Consulta Pública nº 682, pela Anatel, em 2006. Naquele ano, Cristiano Torres do Amaral, especialista em Comunicações Críticas da PM de Minas Gerais, já alertara sobre o problema que estaria se criando para a radiocomunicação da segurança pública.
O aviso parece ter sido ignorado por gestores do projeto da PF e da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, patrocinadora do projeto de radiocomunicação digital, para a polícia do Rio de Janeiro, apontado como um dos legados dos Jogos Panamericanos, de 2007.Na estimativa da própria PF, feita há quase três anos, divulgada pelo Valor Econômico (10/1/2011), a mudança de faixa e substituição de equipamentos, inclusive dos quase 9 mil terminais móveis, implicaria custos adicionais de R$ 70 milhões (cerca de US$ 42 milhões, à época, correspondente a R$ 92 milhões, em valores atualizados).
Maior segurança e comunicação mais rápida
Depois de anos praticamente sem uso, os equipamentos de rádio adquiridos pela PF deveriam ser substituídos em dois anos, de acordo com as regras da Anatel, o que elevaria o custo do projeto para cerca de R$ 300 milhões. Ainda assim, não estaria garantido que os rádios passariam a funcionar, já que a rede de abrangência nacional não foi concluída. Só para ilustrar, o valor total dos gastos seria suficiente para contratar, pelo período superior a 50 anos (!), um plano corporativo de telefonia móvel, oferecido por operadora com cobertura nacional, para 9 mil linhas, em pacote que inclui ligações e mensagens ilimitadas para celulares da mesma operadora, franquia limitada de ligações para outras operadoras, em qualquer parte do país, além de acesso à internet. Sem contar a economia significativa dos gastos atuais com telefonia fixa, caso a rede de radiocomunicação funcionasse como deveria.
Os gestores da moderna rede de radiocomunicação digital e criptografada (mas inoperante) da PF talvez aleguem, com razão, que os serviços de telefonia celular oferecidos por empresas privadas não têm a mesma segurança e eficácia de uma rede exclusiva própria. Na definição do coronel W. Steven Flaherty, experiente chefe de polícia do estado da Virgínia (EUA), o rádio é o “salva-vidas” do policial. “Quando segundos contam, a comunicação clara e eficiente é que faz a diferença para um motorista ferido, para a vítima de um crime ou um policial ferido.”
Contudo, um sistema de telefonia celular vulnerável, sujeito a falhas e sobrecarga, ainda é melhor que uma rede de radiocomunicação exclusiva, mas inoperante. Não apenas para policiais, como em outras atividades de risco e serviços de emergência, comunicação é elementar e imprescindível. Por razões óbvias, para policiais, bombeiros, equipes de resgate e outros profissionais de serviços essenciais, a conhecida advertência do Velho Guerreiro Chacrinha é uma realidade constante: “Quem não comunica, se trumbica”. De acordo com especialistas da área de telecomunicações, de fato, a radiocomunicação é mais eficiente do que a telefonia celular convencional porque garante maior segurança às operações e permite a comunicação mais rápida, direta, segura, independente de sinal de cobertura de operadoras.
“Casa de ferreiro, espeto de pau”
Esta é uma das justificativas que constam da Portaria 30.491, editada pela Coordenação-Geral de Segurança Privada, da própria PF, publicada no Diário Oficial da União, em 30/01/2013, para regulamentar a forma de emprego dos meios de comunicação entre as empresas de segurança privada e seus veículos, bem como entre os vigilantes que atuam na atividade de transporte de valores. A nova norma prevê que “o sistema de telefonia pode ser admitido em situações excepcionais, como forma de viabilizar a comunicação ininterrupta quando não há possibilidade de utilização plena do sistema de radiocomunicação”.
Outra justificativa é que a alternativa do uso da telefonia propicia mais proteção à integridade física e à vida de vigilantes, que poderão manter comunicação permanente com as bases operacionais, durante toda a operação, onde quer que estejam. A portaria passou a exigir que os veículos de transporte de valores sejam equipados com sistema de radiocomunicação que envolva Serviço Limitado Móvel Especializado (SLME) ou Serviço Limitado Móvel Privado (SLMP), com funcionamento em toda região metropolitana das cidades onde as empresas de segurança mantêm unidades.
De acordo com a norma, “não é aceitável que os vigilantes saiam do veículo utilizando apenas aparelhos que dependam de cobertura de operadoras de telefonia celular ou radiocomunicação, pois esse tipo de operação de alto risco requer comunicação rápida, direta, compartilhada entre os vigilantes e que funcione mesmo sem qualquer tipo de sinal ou cobertura de operadoras ou de sistemas SLME ou SLMP”. O rigor da PF nas exigências às empresas de segurança privada faz lembrar o velho ditado “casa de ferreiro, espeto de pau”. Por ironia, a mesma PF não disponibiliza aos policiais nem radiocomunicadores, nem telefones celulares. Como se a execução de serviços de segurança privada fosse de menor risco que a atividade policial. Atualmente, na PF, apenas chefes de unidades (que raramente vão às ruas) contam com telefones celulares funcionais.
Caso de polícia?
Enquanto isso, cerca de 2 mil carteiros, em todo o país, já estão usando smartphones,para atualizar em tempo real as informações sobre a entrega de encomendas. A previsão é que a ferramenta seja utilizada em breve para os todos os serviços de entrega registrada, de acordo com recente notícia, divulgada pelos Correios. A maioria dos policiais federais, durante as midiáticas operações ou no trabalho rotineiro de investigações, se vê obrigada a usar telefones pessoais em serviço, no contato com integrantes de equipes em missão, com outros servidores públicos, testemunhas, informantes, pessoas e empresas investigadas ou fiscalizadas pela PF e até com as próprias unidades onde são lotados. Consultas remotas às bases de dados criminais, essenciais em qualquer trabalho de campo, atualmente só são possíveis através de aparelhos particulares de comunicação.
Numa tentativa de suprir, na marra, a falta de meios de comunicação, no início do ano, o superintendente da PF no Paraná ameaçou instaurar processos disciplinares contra os policiais que se recusassem a usar o telefone particular em serviço. Em Varginha, o chefe da unidade cogitou pedir a PM, para acionar aqueles que se recusassem a usar seus telefones particulares em serviço. Como se o policial fosse obrigado a manter telefone celular pessoal. Em julho, após divulgação sobre equipamentos de raio X e detectores de metais, no valor de R$ 1 milhão, comprados para uso nos Jogos Pan-Americano de 2007, que estavam “esquecidos”, sem destinação definida, num depósito da Superintendência da PF no Rio, o Grupo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento, para cobrar providências dos gestores da PF, para que os bens fossem colocados em efetiva operação.
No ano passado, um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) concluiu que a PF não tem sistema adequado de controle de riscos de seus sistemas eletrônicos e, há três anos, não cumpre o cronograma para melhorá-lo. A notícia foi divulgada após panes no sistema central de computadores do órgão, que comprometeram a emissão de passaportes e outros serviços. De acordo com a auditoria da CGU, não foi cumprida nem a metade das ações previstas para melhorar a segurança da informação. Para quem se preocupa com a aplicação de recursos públicos sempre escassos, tornam-se inevitáveis alguns questionamentos, sem entrar no mérito das opções e critérios técnicos que orientaram a aquisição dos equipamentos de radiocomunicação. Nem nos interesses e lobbies comerciais de empresas e tecnologias concorrentes, que disputam o milionário mercado.
O que o MPF, o CGU e o Tribunal de Contas da União (TCU) teriam a dizer sobre o cronograma de implantação da rede de comunicação da PF, que deveria ter sido concluída há dois anos e até hoje não funciona? E quanto à situação atual de equipamentos que nunca foram usados, cujos investimentos foram muito mais vultosos? E sobre os prejuízos aos cofres públicos causados pela decisão da Anatel?
Seria apenas um problema de gestão ou, sem trocadilho, mais um caso de polícia?
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(*) O autor é formado em Jornalismo e Direito.
Excelente matéria que dá o recorte de um real quadro de descaso do governo com eficiência da atividade policial no país. Parabéns!
E tem gente que pensa que a policia federal é referencia em gestão e organização. É uma multinacional dirigida por gerentes de boteco. Lamentável.
Ainda bem que existem repórteres como o sr Frederico Vasconcelos, que além de ler publicou essa reportagem, que mostra a falta de vergonha, de gerencia…e acima de tudo a incompetência do Ministro da Justiça e do Diretor Geral da Policia Federal, iso mostra porque a PF ta indo a falência, contando ainda com o apoio do desgoverno do PT….os corruptos, ladrões estão rindo a toa…policia falida, ainda mais a PF, bandidos satisfeitos…
É vergonhoso o que estão fazendo com a Polícia Federal, tudo nas barbas do Ministro da Justiça e do Palácio do Planalto, foi implantada uma gestão medíocre, incompetente e aparelhada. Tornaram a PF um feudo, chefiado por Bacharéis em Direito, que muito mal dominam sua área de atuação que é o direito, mas estão a frente de gestão de recursos financeiros, de pessoal de tecnologia, de imigração, etc…o resultado, esta catástrofe noticiada fartamente pela imprensa, um fiasco atrás do outro…agora preparem-se porque ano que vem muitas máscaras cairão, principalmente daqueles que, em ano eleitoral, apoiam-se nos feitos da PF para sustentar que tem compromisso com a segurança pública
o dia q valorizarem nas polícias o que cada pessoa sabe….adm…matemático, engenheiro,físico,etc..etc..etc… e não apenas o bacharel em direito….aí sim vai funcionar…basta saber direito, q milagrosamente sabe -se tudo de qualquer área…… nunca vai funcionar…. me desculpem..por favor copiem as polícias do resto do mundo…. PEC51 já….
Sr. Frederico Vasconcelos: Parabéns por publicar o artigo do policial. O mesmo mostra as visceras de umas das poucas instituições em que a população ainda acredita. O problema é que existem duas policías federais. A das grandes operações midiáticas usada pelo governo Lula para limpar a sua barra quando de sua exposição no caso do mensalão e a outra polícia jogada as traças nas fronteiras e interior do Brasil. A Polícia Federal tem excelente material humano para a sua atividade fim mas não conta com os mesmos talentos para administrá-la. Por consequência, o que ocorre com a política de rádio-comunicação, conforme matéria em tela, é apenas um dos problemas da falta de gestão do órgão. A inúmeros outros como o projeto Vant, maior propaganda do governo Dilma sobre o tema Segurança Pública e que nunca levantou vôo. Sem contar a interminável crise interna entre os cargos devido a falta de vontade política em se criar uma carreira aos moldes das melhores forças policiais do mundo. Um abraço e que Deus continue dando força ao teu trabalho.
Infelizmente, como Agente de Polícia Federal, atesto que este é um dos menores problemas ligados à gestão do DPF. O órgão se afunda num mar de ingerências e vaidades que se originam do bacharelismo em Direito.
Gostaria de saber a resposta ao que o nobre articulista propõe: o que o MPF, a CGU e o Tribunal de Contas da União (TCU) teriam a dizer sobre o cronograma de implantação da rede de comunicação da PF, que deveria ter sido concluída há dois anos e até hoje não funciona? Os brasileiros exigem a resposta e a responsabilização dos responsáveis!
Vamos colocar da seguinte forma, coloque o bacharel ciências jurídicas para comandar outros bacharéis nas diversas ciências aplicadas nos bancos de universidades e faculdades, some-se a isso a ineficaz e a incapacidade de administrar recursos humanos, multiplique pela incompetência de não possuir larga experiência na ciência policial, pois essa especialidade só a experiência diploma!! Resultado dessa equação??? Essa brilhante reportagem investigativa feita de maneira isenta por um profissional bacharel em comunicação, especializado em jornalismo e doutorado na experiência de longos anos na atividade que se dedicou-se por vocação e não por trampolim para outro cargo!!
Esse é o reflexo da burocratização burra da investigação no Brasil, a PF (assim como as civis), são “comandadas” por bacharéis em direito, que cada vez mais desejam aumentar a quantidade de papel para virarem juristas, se afastando cada vez mais da atividade policial. Os cargos de direção são destinados aos “juristas”, os quais são escolhidos sem nenhum critério objetivo e sequer necessitam de formação complementar para gerir o órgão. Resultado, fortunas jogadas no lixo, como rádios que não falam, aviões e vants que não voam e barcos que não navegam.
Nas policias militares e tudo igual. Num modo geral nao houve evolução democratica nas policias. Nao existe carreira e nem meritocracia.
Primeiro queria agradecer ao repórter Frederico Vasconcelos por reproduzir um texto sobre desperdício de dinheiro público. Como já comentado acima, infelizmente estamos nivelando nosso País por baixo. Onde tudo é admitido e ninguém é responsabilizado. Essa matéria é só a ponta do iceberg. A Polícia Federal que aparece na TV não tem nada a ver com o cotidiano do “POLICIAL FEDERAL”. Acorda ” Brasil ” bacharéis em direito não podem/devem comandar nenhuma instituição Policial. Os bacharéis querem carreira jurídica e não se importam com o resto. Dessa maneira colhemos resultados pífios no combate à criminalidade. Em nenhum lugar do mundo civilizado/desenvolvido existe a figura do “Delegado de Polícia”, o intermediário entre o investigador Policial e o titular da ação pública, ou seja, o Ministério Público.
Temos que reformar o nosso sistema de segurança pública urgente. Temos no Congresso Nacional a PEC 51 que já é um bom começo.
Gestão incompetente!
A Polícia Federal está se tornando uma vergonha nacional graças a incompetência do Ministério da Justiça, que não tem pulso para tomar as medidas necessárias, haja vista que é sabedor das mazelas internas e da direção geral do Departamento, pelo mesmo motivo. Ao final de tudo, a sociedade será a grande prejudicada.
Numa instituição onde a produtividade é medida pela quantidade de inquéritos relatados é isso o que acontece! Tudo o que importa é o inquérito! O resto é o resto…ainda mais comunicações, isto não importa! Porque se preocupar com aqueles que vão ás ruas para fazer diligências, investigar? Que usem seus aparelhos particulares! Afinal, são meros aspones de nível médio mesmo!… PEC 51 JÁ!
O Grande problema na Polícia Federal é que os Delegados bacharéis em Direito acham que dominam todas as áreas do conhecimento, uma espécie de “tudólogo” que se definiria aquele que estudou tudo e sabe de tudo! Só que esse monopólio está destruindo uma instituição exemplar, pois o medo de compartilhar o comando da Polícia com outros profissionais, assusta essa classe dominante. Isso devido a existência nos quadros policiais de agentes, escrivães e papiloscopistas com formação multidisciplinar, sendo que vários com mestrado e doutorado, como em qualquer polícia moderna do planeta. Aqui ao contrário se faz uma polícia bacharelesca, judicializada e ineficiente,onde o bacharel em direito é o supremo ditador e o resto meros coadjuvantes de uma máquina enferrujada.Polícia moderna só com atitudes modernas, nossa polícia está formatada no Século XIX onde se defendia por delegação os interesses do Império, temos que saltar a para século XXI e defender os interesses da sociedade, portanto uma polícia republicana.
Gestores inexperientes/incompetentes + Presunção que formação em Direito habilita qq um sobre qq assunto + Alienação às necessidades operacionais = Gestão PF
Não entendi uma coisa: o chefe da DITEL (Divisão de Telecomunicações) é um delegado de polícia, formado em Direito? Tá explicado…
Onde estão os Órgãos de Controle Externo da Polícia Federal, sobretudo o Ministério Público? É um absurdo que se continue permitindo isso. O caso revela uma incoerência preocupante. Enquanto delegados vaidosos aparecem, hoje menos que antes, dando entrevistas em operações espetaculosas, que muitas vezes investigam o mal uso de verbas públicas, o quintal de suas casas é tratado dessa forma, como exemplo de um verdadeiro caso de polícia, pelo mal emprego do dinheiro público e ineficiência administrativa. Ainda, o que um indivíduo formado em direito entende de Telecomunicações para chefiar esse setor? Talvez seja um dos motivos da situação vergonhosa exposta no texto. Acredito que outros casos do tipo devem acontecer dentro da Polícia Federal. Alguém acuda! Até na Polícia Federal? Quem te viu, quem te ver!
Gestão incompetente diminuindo a eficácia das ações policiais e colocando a vida dos policiais em risco desnecessário.
Olá! Caros Comentaristas! E, FRED! Olá! Maurício, como vai., BEM colocado por você. Fragilizam a “””segurança””” dos policiais que estão no FRONT. É uma maneira ADMINISTRATIVA de promover a CORRUPÇÃO e a IMPUNIDADE. A responsabilidade é da administração e do Ministério da JUSTIÇA, ou melhor, existe ministério da justiça? OU é só decorativo!. OPINIÃO!
Mas é muito facil resolver isso… basta “determinar” que as pessoas que trabalham nos setores responsaveis pelas counicações que coloquem tudo pra funcionar imediatamente… sob pena de puniçao…
Caso algum desses funcionarios alegar que nao existem condições por falta de equipamento, verba, etc, a culpa recai sobre o funcionario que não faz o serviço por “falta de boa vontade”….
Muito facil tentar resolver todo tipo de problema na base do “EU TO MANDANDO… SE VIRA E FAZ”….
Isso pra mim é gestão por incompetência!!!
Além do Tetrapol temos também o VANT e outros projetos que já deveriam estar em funcionamento e são realmente casos de polícia.
Policia no Brasil é só pra prender pobre, e nem importa se é culpado ou inocente, desde que a opiniao publica ache que o problema foi resolvido… a policia federal hj esta tao desvalorizada quanto as civis e a cada dia mais policiais partem pra outros empregos em que a remuneracao seja compativel com as exigencias. talvez seja pq insistiram em prender politicos corruptos, ao inves de perseguir pobres…
É tudo mentira o rádio tetrapol funciona sim. Ele é um ótimo peso de papel na minha mesa…nuncs vi papel voar depois que a PF adquiriu os rádio…é muita incompetencia, aviao sem licença, helicoptero sem pilot, radio que nao funciona e até funcionário fantasma na SSP-DF…
Olá! Caros Comentaristas! E, FRED! Olá! BRUNO, como vai., e o mais interessante, em passado mediamente recente, ao e no R.G. do Norte, nossos MOINHOS de vento, não possuem nem linhas de transmissão e nem baterias para guardar carga. A torre da energia eólica, essa, tá pregada ao chão. Ainda bem, ou ” ou vento levava”! No Pernambuco área de conservação, porém, SEM qualquer conservação. Coisa de 10 (dez) anos. E assim caminhamos…Pra frente, porém, PARADOS. ESTAGNADOS. Bom comentário o seu! Opinião!
de todas as policias do pais, somente algumas preferiram o tetrapol. As demais escolheram a Apco-25.
A gestão da PF não respeita o mérito e a experiência. É uma administração baseada na implementação de um política administrativa de manutenção de poder de uma casta de servidores(Delegados), e que para a perpetuação desse poder em todos os setores do orgão DPF, desrespeitam todos os princípios relacionados a eficiência e produtividade. Tudo isso sem sustentação legal, pois não há um só dispositivo legal que afirme que “todas” as chefias do orgãos sejam exercidas por esse cargo bacharelesco, que só possui uma especialidade, que a jurídica, e mesmo assim usurpam todas a funções de chefias numa clara e inconstitucional manutenção de um costume que privilegia o desperdício de verbas públicas.
Olá! Caros Comentaristas! E, Fred! Pelo relatado demonstra inequívoca IGNORÂNCIA. Também, falta de planejamento técnico e estratégico. O Brasil em geral está funcionando assim: a) Falta de INTELIGÊNCIA em geral. b) IGNORÂNCIA PROFUNDA. c) Evidente má fé dos gestores. d) Descompromisso com a PÁTRIA. e) Há nisso, nesse descaso, sinais de apoio à CORRUPÇÃO e à FRAUDE para com a coisa do POVO BRASILEIRO, coisa pública. f) Confirma não só a impressão de DESMAZELO como a INTENÇÃO na prática. g) Caso de corregedoria sim, porém, que corregedoria? Existe? f) Considero caso de polícia e alguns deveriam ir para a cadeia por TRAIÇÃO aos anseios contidos no sentido de PÁTRIA. h) Não há novidade: Faz parte da BAGUNÇA, essa completa desorientação, que na minha visão é INTENCIONAL. E, por fim; a exigência de utilizar celular, pessoais para comunicação como descrito pelo autor, nos casos, PARANÁ e VARGINHA, presumo Minas Gerais, se confirmada à informação de exigência, perseguição e punição, por parte das chefias, deveriam todos os responsáveis por essa descabida exigência, serem DEMITIDOS a BEM do serviço que deve ser prestado ao POVO. Refiro-me aos Chefes. Repete-se na Saúde Pública, e no mais; o DESCASO. Infelizmente. Quando analisado mais a fundo as ações que deixam de ser praticadas no BRASIL nas diversas áreas setores, especialmente, os públicos ficam patentes que o governo e os políticos SÃO efetivamente, a DESGRAÇA DO BRASIL e os únicos responsáveis por nosso ATRASO. Triste constatação. Esses descasos se houver um descompasso na economia e finanças, NÃO vão acabar BEM. Nota-se que TUDO não passa de mero discurso e que em verdade estamos caminhando para uma ENORME estagnação. Só governos DOENTES e é nosso caso e, políticos débeis e CORRUPTOS promovem tamanho DESASTRE. E a dilma quer investimentos! Ou como direi: recursos para coisas estranhas com finalidades estranhas? E sempre, MAL EXPLICADAS. Só RINDO!!! OPINIÃO!
Isso e’ um filme de terror. Verdadeiro pesadelo administrativo. Como pode nossa “melhor” policia ser tao incompetente na esfera administrativa?
Simples. Pessoas nao qualificadas sao alcadas a postos de mando e gerencia. E’ o mesmo que se ve em Hospitais, escolas e, ate’ memsmo, tribunais.
Gerenciamento de projeto, controle de custos, planejamento nao se aprende na Academia de Policia ou na Faculdade de Medicina ou Direito.
Nossos administradores publicos sao frequentemente tecnicos da area, bons no que fazem mas sem pendor gerencial.
Nem sempre e’ culpa deles mas de quem os coloca la’…
É desmando com o dinheiro público.Quem manda votar no PT?
O sistema de comunicação das policias e entre as diversas instituições e nulo.
O governo federal comprou equipamentos para o pan no rio, onde ficariam para a PF e posteriormente para as policias estaduais.
Entretanto o sistema e caro depende de manutenção e aih vem a pergunta quem vai pagar?
Relativo a frequencia os equipamentos foram comprado em 400 mhz e posteriormente a Anatel, transferiu esta faixa de frequência para a internet rural.
E os equipamentos? Joga fora e compra novos na faixa de frequencia autorizada.
Como o estado não pode decretar falência e seus gestores nao tiram o dinheiro do bolso.
Como e de costume Brasilia, não esta antenada com o resto do Brasil, e de costume somente eles são “inteligentes” e o resto do pais devem seguir os seus ditame.
Nenhuma policia consegue falar no radio com outra. Nem para pedir socorro.
Por estas e outras e necessário unificar as policias a 03 niveis – Federal-Estadual e municipal.
Racionaliza o sistema e economiza o orçamento para a atividade fim, que e a segurança da população.
Aproveitando, o CNJ. bem que poderia criar um sistema de comunicação digital, entre as Policias e o Poder Judiciário, porque até hoje o que vale e o papel, que passeia de carro até chegar ao seu destino.
Caso de corregedoria