Ruídos na comunicação da Polícia Federal
Sob o título “Polícia Federal gastou milhões em rede inoperante”, o artigo a seguir é de autoria de Josias Fernandes Alves, agente de Polícia Federal, membro do Conselho Jurídico da Federação Nacional dos Policiais Federais. O texto foi publicado originalmente no site “Observatório da Imprensa“. (*)
Uma rede de radiocomunicação digital, de alta tecnologia e uso exclusivo, interligando policiais e unidades da Polícia Federal em pontos extremos do Brasil, cujos gastos ultrapassam US$ 100 milhões e que deveria estar operante há quase dois anos, corre riscos de não funcionar como foi projetada. Com sofisticado mecanismo de criptografia para comunicação de voz e dados, que evita a interceptação de sinais, o projeto prevê acesso a bases de dados criminais, identificação através de impressões digitais, localização de veículos e pessoas através de GPS e pronta comunicação através de celular ou rádio, em viaturas em movimento, por exemplo.
A partir da migração para a plataforma IP, o mesmo usado pela internet, o sistema conhecido como Tetrapol permitiria acesso a e-mail e redes coorporativas da PF, telefonia Voip e outras funcionalidades e facilidades da internet. Na sua versão completa, nove centros de controle estariam instalados em pontos estratégicos do território nacional, com comando central em Brasília. Pelo cronograma, até novembro de 2011 estariam ativas mais de 100 estações rádio base fixas, 220 repetidores digitais independentes, 27 sites de gestão tática e 9 mil terminais móveis. Também foi prevista uma plataforma de treinamento para capacitação de técnicos.
Viabilizar a comunicação em serviços de rotina, operações especiais e o apoio da PF na segurança dos grandes eventos foram algumas das justificativas para os investimentos. Às vésperas da Copa das Confederações, realizada este ano, a PF recebeu novos equipamentos, como veículos, robôs e roupas antibombas, mas os policiais continuaram sem comunicação.
Um desalento
Além de não funcionar durante os eventos já ocorridos, é bem provável que a rede de radiocomunicação não esteja operante para os próximos. Nem para os Jogos Olímpicos, em 2016, muito menos para a Copa do Mundo, em junho do próximo ano. O Tetrapol é um item do projeto da rede nacional de comunicação conhecida como “Integrapol”, prevista no programa denominado “Pró-Amazônia/Promotec”, um acordo de cooperação bilateral, assinado em 1997 pelos governos do Brasil e da França, com o objetivo de reaparelhar vários setores da PF.
A primeira fase de implantação da rede de radiocomunicação digital foi iniciada em 2005, no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Posteriormente, algumas superintendências instalaram estações de rádio base, cujo alcance é local. Os idealizadores do projeto talvez tenham dimensionado mal os custos e as dificuldades para implantação de uma rede nacional de radiocomunicação, num país com dimensões continentais. Escassez de recursos e de mão de obra especializada para implantação da nova tecnologia, assim como desconfiança e falta de conhecimentos técnicos por parte dos sucessivos gestores do projeto e ocupantes de cargos de direção da PF (na maioria, bacharéis em Direito), dentre outros fatores, comprometeram o cronograma de implantação da rede.
Em 2010, um dos diretores do órgão sugeriu a extinção de vários cargos da carreira de apoio, entre eles o de agente de Telecomunicações e Eletricidade, fundamental na implantação da rede. À época, a PF pleiteava junto ao Ministério do Planejamento a abertura de novas vagas para servidores desta área, justamente para fazer funcionar a Rede Tetrapol. Foi um desalento para os técnicos que apostavam na viabilidade e se esforçavam para implantar o projeto. Muitos deles foram remanejados para outras áreas.
Rede não funciona
Outras dificuldades emperraram a expansão da rede, como entraves burocráticos nas negociações com proprietários dos locais escolhidos para instalação de antenas e estações de rádio base; limitação de recursos para obras de engenharia; falta de interesse das operadoras para compartilhamento de antenas e incompatibilidades técnicas para instalação de links, na ligação de estações base com os centros de comando, de acordo com os protocolos de comunicação dos equipamentos. A falta de sintonia com outros entes da administração pública federal, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi empecilho adicional para a concretização do projeto.
Na prática, o que deveria se tornar uma moderna rede nacional de radiocomunicação, até hoje não passou de sistemas locais e isolados, através dos quais os policiais conseguem contato, na melhor das hipóteses, num raio de poucos quilômetros. Centenas de novas viaturas da PF nem foram equipadas com rádio, já que a rede de comunicação não funciona.
Através do Sistema de Informação ao Cidadão, a Divisão de Telecomunicações (Ditel) da PF, em Brasília, confirmou que foram adquiridos e entregues às 132 unidades do órgão, nas capitais e no interior,8.788 equipamentos novos. Quanto ao número de aparelhos em uso e das unidades da PF que estariam interligadas pela rede, o delegado-chefe da divisão sugeriu que fossem consultadas as 27 superintendências regionais do órgão. O chefe da Ditel talvez tenha ficado constrangido em admitir o que a maioria dos policiais federais já sabe, há anos: os terminais móveis não estão sendo usados porque a rede não funciona, nem nunca operou de forma permanente. É improvável que o dirigente desconheça que as unidades da PF, instaladas em regiões diferentes, não tenham condições de se comunicar através da rede de radiocomunicação.
Custos adicionais
Quando são usados de forma esporádica, como simples rádios HT (hand talk), durante operações policiais, após a instalação temporária de repetidoras e antenas, na maioria das vezes, os terminais não funcionam de forma confiável, devido a limitações de cobertura, tanto em área urbana quanto rural, principalmente em áreas de relevo irregular. A maior parte dos rádios, importados da Alemanha, está engavetada há oito anos. Muitos nunca foram usados. E talvez nunca sejam. A vida útil prevista dos equipamentos adquiridos pela PF é de 20 anos.
De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo (9/6/2012), a decisão tomada pela Anatel de alterar a frequência exclusiva dos órgãos de segurança pública, que foi destinada à internet de alta velocidade e telefonia no campo, exigirá gastos adicionais de até 30% dos investimentos já realizados, com a troca de equipamentos, que deveria ser feita até 2015. A migração da faixa não era novidade. Esta proposta foi submetida à Consulta Pública nº 682, pela Anatel, em 2006. Naquele ano, Cristiano Torres do Amaral, especialista em Comunicações Críticas da PM de Minas Gerais, já alertara sobre o problema que estaria se criando para a radiocomunicação da segurança pública.
O aviso parece ter sido ignorado por gestores do projeto da PF e da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, patrocinadora do projeto de radiocomunicação digital, para a polícia do Rio de Janeiro, apontado como um dos legados dos Jogos Panamericanos, de 2007.Na estimativa da própria PF, feita há quase três anos, divulgada pelo Valor Econômico (10/1/2011), a mudança de faixa e substituição de equipamentos, inclusive dos quase 9 mil terminais móveis, implicaria custos adicionais de R$ 70 milhões (cerca de US$ 42 milhões, à época, correspondente a R$ 92 milhões, em valores atualizados).
Maior segurança e comunicação mais rápida
Depois de anos praticamente sem uso, os equipamentos de rádio adquiridos pela PF deveriam ser substituídos em dois anos, de acordo com as regras da Anatel, o que elevaria o custo do projeto para cerca de R$ 300 milhões. Ainda assim, não estaria garantido que os rádios passariam a funcionar, já que a rede de abrangência nacional não foi concluída. Só para ilustrar, o valor total dos gastos seria suficiente para contratar, pelo período superior a 50 anos (!), um plano corporativo de telefonia móvel, oferecido por operadora com cobertura nacional, para 9 mil linhas, em pacote que inclui ligações e mensagens ilimitadas para celulares da mesma operadora, franquia limitada de ligações para outras operadoras, em qualquer parte do país, além de acesso à internet. Sem contar a economia significativa dos gastos atuais com telefonia fixa, caso a rede de radiocomunicação funcionasse como deveria.
Os gestores da moderna rede de radiocomunicação digital e criptografada (mas inoperante) da PF talvez aleguem, com razão, que os serviços de telefonia celular oferecidos por empresas privadas não têm a mesma segurança e eficácia de uma rede exclusiva própria. Na definição do coronel W. Steven Flaherty, experiente chefe de polícia do estado da Virgínia (EUA), o rádio é o “salva-vidas” do policial. “Quando segundos contam, a comunicação clara e eficiente é que faz a diferença para um motorista ferido, para a vítima de um crime ou um policial ferido.”
Contudo, um sistema de telefonia celular vulnerável, sujeito a falhas e sobrecarga, ainda é melhor que uma rede de radiocomunicação exclusiva, mas inoperante. Não apenas para policiais, como em outras atividades de risco e serviços de emergência, comunicação é elementar e imprescindível. Por razões óbvias, para policiais, bombeiros, equipes de resgate e outros profissionais de serviços essenciais, a conhecida advertência do Velho Guerreiro Chacrinha é uma realidade constante: “Quem não comunica, se trumbica”. De acordo com especialistas da área de telecomunicações, de fato, a radiocomunicação é mais eficiente do que a telefonia celular convencional porque garante maior segurança às operações e permite a comunicação mais rápida, direta, segura, independente de sinal de cobertura de operadoras.
“Casa de ferreiro, espeto de pau”
Esta é uma das justificativas que constam da Portaria 30.491, editada pela Coordenação-Geral de Segurança Privada, da própria PF, publicada no Diário Oficial da União, em 30/01/2013, para regulamentar a forma de emprego dos meios de comunicação entre as empresas de segurança privada e seus veículos, bem como entre os vigilantes que atuam na atividade de transporte de valores. A nova norma prevê que “o sistema de telefonia pode ser admitido em situações excepcionais, como forma de viabilizar a comunicação ininterrupta quando não há possibilidade de utilização plena do sistema de radiocomunicação”.
Outra justificativa é que a alternativa do uso da telefonia propicia mais proteção à integridade física e à vida de vigilantes, que poderão manter comunicação permanente com as bases operacionais, durante toda a operação, onde quer que estejam. A portaria passou a exigir que os veículos de transporte de valores sejam equipados com sistema de radiocomunicação que envolva Serviço Limitado Móvel Especializado (SLME) ou Serviço Limitado Móvel Privado (SLMP), com funcionamento em toda região metropolitana das cidades onde as empresas de segurança mantêm unidades.
De acordo com a norma, “não é aceitável que os vigilantes saiam do veículo utilizando apenas aparelhos que dependam de cobertura de operadoras de telefonia celular ou radiocomunicação, pois esse tipo de operação de alto risco requer comunicação rápida, direta, compartilhada entre os vigilantes e que funcione mesmo sem qualquer tipo de sinal ou cobertura de operadoras ou de sistemas SLME ou SLMP”. O rigor da PF nas exigências às empresas de segurança privada faz lembrar o velho ditado “casa de ferreiro, espeto de pau”. Por ironia, a mesma PF não disponibiliza aos policiais nem radiocomunicadores, nem telefones celulares. Como se a execução de serviços de segurança privada fosse de menor risco que a atividade policial. Atualmente, na PF, apenas chefes de unidades (que raramente vão às ruas) contam com telefones celulares funcionais.
Caso de polícia?
Enquanto isso, cerca de 2 mil carteiros, em todo o país, já estão usando smartphones,para atualizar em tempo real as informações sobre a entrega de encomendas. A previsão é que a ferramenta seja utilizada em breve para os todos os serviços de entrega registrada, de acordo com recente notícia, divulgada pelos Correios. A maioria dos policiais federais, durante as midiáticas operações ou no trabalho rotineiro de investigações, se vê obrigada a usar telefones pessoais em serviço, no contato com integrantes de equipes em missão, com outros servidores públicos, testemunhas, informantes, pessoas e empresas investigadas ou fiscalizadas pela PF e até com as próprias unidades onde são lotados. Consultas remotas às bases de dados criminais, essenciais em qualquer trabalho de campo, atualmente só são possíveis através de aparelhos particulares de comunicação.
Numa tentativa de suprir, na marra, a falta de meios de comunicação, no início do ano, o superintendente da PF no Paraná ameaçou instaurar processos disciplinares contra os policiais que se recusassem a usar o telefone particular em serviço. Em Varginha, o chefe da unidade cogitou pedir a PM, para acionar aqueles que se recusassem a usar seus telefones particulares em serviço. Como se o policial fosse obrigado a manter telefone celular pessoal. Em julho, após divulgação sobre equipamentos de raio X e detectores de metais, no valor de R$ 1 milhão, comprados para uso nos Jogos Pan-Americano de 2007, que estavam “esquecidos”, sem destinação definida, num depósito da Superintendência da PF no Rio, o Grupo de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento, para cobrar providências dos gestores da PF, para que os bens fossem colocados em efetiva operação.
No ano passado, um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) concluiu que a PF não tem sistema adequado de controle de riscos de seus sistemas eletrônicos e, há três anos, não cumpre o cronograma para melhorá-lo. A notícia foi divulgada após panes no sistema central de computadores do órgão, que comprometeram a emissão de passaportes e outros serviços. De acordo com a auditoria da CGU, não foi cumprida nem a metade das ações previstas para melhorar a segurança da informação. Para quem se preocupa com a aplicação de recursos públicos sempre escassos, tornam-se inevitáveis alguns questionamentos, sem entrar no mérito das opções e critérios técnicos que orientaram a aquisição dos equipamentos de radiocomunicação. Nem nos interesses e lobbies comerciais de empresas e tecnologias concorrentes, que disputam o milionário mercado.
O que o MPF, o CGU e o Tribunal de Contas da União (TCU) teriam a dizer sobre o cronograma de implantação da rede de comunicação da PF, que deveria ter sido concluída há dois anos e até hoje não funciona? E quanto à situação atual de equipamentos que nunca foram usados, cujos investimentos foram muito mais vultosos? E sobre os prejuízos aos cofres públicos causados pela decisão da Anatel?
Seria apenas um problema de gestão ou, sem trocadilho, mais um caso de polícia?
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(*) O autor é formado em Jornalismo e Direito.
O policial que escreveu o artigo foi bastante direto em apontar os problemas e as razões deles existirem. Imaginem que por mágica, todos os gestores, das mais variadas empresas e setores tivessem que possuir, OBRIGATORIAMENTE, formação em direito… Teríamos bacharéis administrando a Bolsa de Valores, os hospitais, os colégios, as igrejas, as fábricas, etc.
E é tão absurdo quanto se aceitar que bacharéis em direito administrem as polícias, onde a necessidade de conhecimentos depende do que se está a gerir. Desde gestão estrito senso da máquina policial, até gerir/ comandar investigações em áreas diversas : Financeiras, Sociais, dentre inúmeras outras. Para não me alongar: A atual gestora máxima da INTERPOL, a polícia mundial, tem sua formação em ARTES.
A questão repousa no fato segundo o qual, em lugar de especialistas para ocuparem cargos técnicos, colocam delegados que só conhecem assuntos ligados ao direito. Resultado: decisões erradas com fortes danos à produtividade e grande perda de recursos financeiros.
Um órgão que destina 8 Agentes Federais para fazer a segurança da filha do Ministro da Justiça e esquece dos aeroportos do país, como exemplo cito o Aeroporto Internacional de Porto Velho que não conta com um único Agente de Polícia Federal. .. pra lembrar que há vôos desta cidade para as principais cidades do país. ..
Dados objetivos contra a interpretação subjetiva
Delegados são vocacionados no Direito; não são vocacionados a gerir.
Em nenhuma empresa o diploma de bacharel em Direito vocaciona especificamente e explicitamente para gerir.
Nas maiores e mais bem geridas empresas, o bacharel em Direito via de regra atua no setor jurídico, bastante específico.
As grandes e bem sucedidas empresas possuem os mais experientes administradores ou gestores.
Não é diferente no DPF, que também é uma grande empresa: possui muitos funcionários e abrangência nacional, com orçamento enorme.
O DPF, como grande empresa, precisa administrar:
– enormes orçamentos;
– grande quantitativo de equipamentos;
– grande complexidade de equipamentos sofisticados e caros;
– grandes contratos;
– enorme contingente de servidores;
– planejamentos estratégicos desde a revisão das metas até como atingi-las com maior eficiência (menor gasto);
– preparação e execução de grandes eventos não jurídicos;
– todas as tarefas e desafios que uma grande empresa naturalmente possui.
Mas o DPF não é gerido por gestores especialistas e experientes.
Diferentemente de qualquer outra grande empresa, o DPF é gerido pelos integrantes do departamento jurídico, pelos mesmos que deveriam atuar em inquéritos, dentro da área jurídica.
Devido a este erro basal, a semelhança do DPF com as grandes empresas se restringe apenas ao tamanho e volume dos negócios, mas não se equipara na hora de medir a eficiência da gestão.
Os exemplos atuais são:
– aeronave VANT (veículo aéreo não tripulado) foi comprado e pago há muito tempo. Jamais voou. Houve grande perda de capital nesta tarefa. Foi gerida por um delegado com menos experiência do que outros servidores relacionados à área, que por algum motivo se afastou dos inquéritos e de seu setor jurídico específico para errar na compra da aeronave não tripulada, desperdiçando grande parte do orçamento de uma só vez.
– Não para dizer menos do que isto: nada voa no DPF:
— Helicópteros não voam;
— Jatos sem manutenção ficam parados;
— Se não voam helicópteros e jatos, nem veículos não tripulados, nada voa.
Estes setores não jurídicos – e a própria chefia geral do DPF – foram geridas por delegados com menos experiência do que outros servidores relacionados à área, que além de gerir mal o setor não jurídico, ainda se afastaram dos inquéritos e da produção habitual de seu setor jurídico específico.
– Todas as várias centenas de caminhonetes ostensivas compradas para o DPF em todo o país vieram com tudo, menos o pneu correto – a única parte que faz tocar no chão toda a tecnologia da caminhonete -, que veio com metade da espessura, ou “pneus de bicicleta”, no jargão policial – totalmente fora da especificação do fabricante.
– Na semana que a caminhonete chegou, derrapou na estrada com delegado e agentes dentro.
– Todos os pneus foram trocados o mais rapidamente possível.
– Novo gasto desnecessário.
Esta gestão não afeita à área jurídica foi idealizada e gerida por um delegado fora de sua atuação-fim, os inquéritos, com menos experiência do que outros servidores relacionados à área que possuem mais experiência em automóveis ostensivos.
Por algum motivo, o delegado que geriu esta e todas as compras se afastou dos inquéritos e, novamente, se afastou da própria produção de seu setor jurídico específico em que se encontram seus inquéritos.
Sempre com a anuência da chefia geral da PF.
A chefia geral da PF, como em uma grande empresa, também precisa de um gestor experiente e profissional.
Mas se encontra sendo gerida por integrantes do setor jurídico da PF que,, além de deixar de produzir ao se afastar de seus inquéritos, concomitantemente impedem e inibem a ascenção do trabalhador mais experiente e mais afeito à gestão global de uma grande empresa.
– O DPF pagou caro por um rede própria e exclusiva para ter seu próprio rádio.
– Não tentou dividir os custos; não tentou usar redes existentes. apostou alto em um rede própria.
– A aposta foi caríssima e infeliz:
– Com efetivo pequeno de dez mil homens, os rádios não são utilizados no DPF como é nas demais polícias: é preciso antes posicionar as antenas nas regiões em que haverá atuação dos policiais e, evidententemente, as antenas móveis somente funcionam em metade das operações em média: todo policial leva seu celular caso precise pedir socorro ou se comunicar.
Como os policiais agora estão parando de ajudar com compensações no âmbito pessoal as má gestões generalizadas, oriundas daqueles não especialistas em gestão que deveriam estar cuidando de inquéritos, o DPF cada vez mais pára de se comunicar.
Em contrapartida, o policial parou de receber ao final do mês, em sua fatura, ligações que deveriam ser pagas pelo DPF, por terem sido ocasionadas por motivo de trabalho.
O problema é que literalmente o DPF parou de se comunicar com esta decisão, haja vista que a caríssima “operadora de rádio” particular que a PF quis montar não ganhou território e, pior, parou no meio do caminho – isto é, enormes quantias de dinheiro já foram gastas.
Esta ação não afeita à área jurídica foi idealizada e gerida por um especialista na área jurídica, um delegado fora de sua atuação-fim – os inquéritos -, com o agravante de ter menos experiência do que outros servidores relacionados à área – por exemplo, agentes de polícia federal engenheiros que possuem mais experiência de departamento e mais experiência em telecomunicações.
Em jargão americano, cortando a enrolação, mal traduzindo a direta expressão “cut the crap”, a gestão do DPF é basicamente do tipo “esquenta-banco”: o especialista em Direito, delegado que não deseja atuar com tantos inquéritos, esquenta a cadeira de cada uma das centenas de chefias existentes no DPF, grande empresa que é.
O problema é que uma grande empresa como também é o DPF precisa de decisões profissionais de gestão: parar de jogar dinheiro no ralo; acompanhar a mudança do combate ao crime; acompanhar a tendência contábil de se rastrear bens obtidos por lavagem de dinheiro; gerir as intermináveis novas tecnologias; sem perder-se de seu planejamento estratégico (sem comprar por comprar, fora de propósitos).
O Núcleo de Segurança de Dignitários de São Paulo possui policiais federais que fizeram a segurança de 80% de todos os chefes de Estado do mundo.
No Rio de Janeiro, que recebe tanto ou mais chefes de Estado do que em São Paulo, os policiais federais possuem a mesma larga experiência, que abrange conhecer os infindáveis e sempre aprendendo detalhes de:
– como gerenciar a escolta aérea efetuada por um ou mais helicópteros, de dentro ou fora da PF (de fora da PF desde que há muito tempo os helicópteros da PF, e nenhum tipo de aeronave na PF, voa, infelizmente): combinar horário e trajeto, comunicar mudanças de trajeto, efetuar agradecimento final pelo apoio prestado, sutileza que pode facilitar os próximos acompanhamentos; além é claro, do gerenciamento efetivo das reais situações de ataque aos chefes de Estado e Ministros, desde o pequeno roubo, relativamente comum, ao raro mas sempre presente possível ataque político ou terrorista; via planejamento prévio e comunicação constante; ao mesmo tempo que:
– gerencia, da mesma maneira acima citada, a escolta por várias motos, de qualquer órgão, também necessitando cumprir vários protocolos, para quando aparecer a ameaça desde o pequeno roubo ao ataque direcionado; passando pela gentileza e estímulo para futuros trabalhos;
– é preciso dizer que há vários etceteras, sendo a segurança de Chefes de Estado dos variados países um setor em que cada experiência conta: saber em que posição ficar a pé, perto do chefe de estado, para melhor protegê-lo das pessoas no entorno; o que fazer nas milhares de situações inusitadas, nas exceções, que vão preencher a memória de cada experiente policial federal em atuação: porta emperrou; tipos de estacionamentos, os dois Papas que já vieram – diferenças no comportamento; grandes eventos em uma mesma cidade; gerenciamento de relacionamento com demais policiais federais em campo com outros chefes de estado; relacionamento com GSI; falta de comunicação e plano B; fuga; prevenção de assalto, ligar ou não giroflex, em favela proceder diferente em qual aspecto: não é possível citar milhares de experiências que em cada nova operação acumulam na memória e experiência do policial federal em campo.
No setor que protege em campo os Chefes de Estado também se encontra na cadeira de chefe o especialista em Direito, delegado, fora de seus inquéritos, dentro de setor não jurídico.
O especialista em Direito, delegado, esquenta o banco pois não possui memória com milhares de soluções práticas e imediatas de problemas típicos de campo, adquirido durante décadas de trabalho.
Para o gestor especialista em Direito, delegado, os problemas aparecem, e a memória… não aparece.
Como diriam os americanos ou ingleses, que não gostam de enrolação, principalmente nos negócios: não adianta mostrar apenas “cursos” teóricos operacionais ou papelada que não exprime a real experiência de décadas de atuação em campo.
O indivíduo tem experiência? Não tem?
Então libera a chefia para quem realmente pode solucionar problemas utilizando seu efetivo. e prático extenso conhecimento, que já vem junto com a própria admiração dos demais colegas, dando ainda mais uma camada de gestão: a facilidade da aceitação imediata das ordens do colega realmente e efetivamente mais experiente.
Situação que o especialista em Direito, delegado, não consegue substituir – além de abandonar um bom punhado de inquéritos emquanto ocupa a cadeira de um setor no qual não possui experiência, fora da área jurídica específica.
Rio de Janeiro e São Paulo possuem os maiores Núcleos de Segurança de Dignitários.
Tudo ocorre com a anuência da chefia geral da PF.
A chefia geral da PF, como em uma grande empresa, também precisa de um gestor experiente e profissional – mas se encontra sendo gerida invariavelmente por especialistas em Direito delegados, originariamente integrantes do setor jurídico da PF. Delegados que, aidiconalmente, automaticamente se afastam dos seus inquéritos, ao mesmo tempo que ocupam, impedem e inibem a ascenção dos trabalhadores tanto os mais experientes quanto os mais afeitos à gestão da grande empresa que também é o DPF.
O problema de colocar especialistas em Direito fora dos setores jurídicos para gerir toda uma grande empresa não se limita a estremecer a esfera da tecnologia ou do mau gasto de orçamento, como exemplificado com aeronaves em geral, rádios, viaturas.
Não é possível dizer de maneira menos surpreendente que:
As prisões efetuadas pelo DPF caíram 4 vezes desde 2010.
Como é divulgado pelos próprios policiais federais nas redes, as prisões caíram de 2700 para apenas 700 prisões desde 2010 (fonte: http://www.dpf.gov.br).
Os próprios policiais federais fizeram uma conta simples, que também pode aqui ser verificada:
Havendo 1400 delegados dentro da Polícia Federal; ao mesmo tempo que ocorreram somente 700 prisões em 2013, não dá para não criar o indicador de produtividade de que:
Cada delegado da Polícia Federal efetuou apenas meia prisão durante todo o ano.
Este, agora, é um indicador de produção, para quem não estava se contentando com as falhas com as tecnologias (nada voa no DPF; carros derrapavam; rádios não funcionam, segurança de ministros e gerenciamentos de grandes eventos operacionais não possuem chefes experientes com memória prática).
Aparece neste momento outro grande problema da gestão por especialistas em Direito, delegados: ao mesmo tempo que eles ocupam, impedem, inibem a ascenção de especialistas realmente experientes e capacitados em cada uma das centenas de chefias do DPF incluindo a chefia máxima, que precisa de gestão especializada e não jurídica; este especialistas em Direito, delegados, saindo de seus setores jurídicos, abandonam seus inquéritos, deixando vir à tona estatísticas como esta, em que todos os delegados da PF conseguiram apenas efetuar meia prisão cada em 2013.
O abandono dos inquéritos por parte das várias centenas de delegados que ocupam setores não jurídicos, incluindo todas as cadeiras de chefias, que impedem a gestão profissional pelo especialista correspondente na respectiva área não jurídica; é problema com dupla conseqüência no DPF: permite que os delegados consigam produzir apenas meia prisão cada; ao mesmo tempo que impede que os verdadeiros especialistas não jurídicos atuem nas centenas de chefias não jurídicas.
Pior ainda é o fenômeno da interpretação subjetiva invadindo as chefias não jurídicas. A gestão profissional precisa basear-se em dados objetivos e em números para tomar as melhores e mais objetivas decisões, comprometendo as variadas partes da grande empresa que é o DPF.
Ocorre que especialistas em Direito não são, via de regra, afeiçoados com números tanto quanto são afeiçoados com interpretação de textos.
Dentro de seus setores jurídicos, de seus inquéritos, esta capacidade de interpretação é útil – desde que busque a interpretação que o legislador quis dar, e não a interpretação que o especialista em Direito prefere que ocorra, mal utilizando os artifícios e habilidades da hermenêutica.
Na gestão de grandes empresas, diferentemente, é preciso ser objetivo e menos interpretativo. Não se deve forçar interpretações subjetivas baseando-se em poucos dados objetivos; ao contrário, os dados objetivos devem falar por si só, com pouca ou nenhuma interpretação, já bastando as incertezas sobre o futuro e a abrangência de atuação das grandes empresas para dificultar a tomada de decisões.
Não se deve somar a estas dificuldades a possibilidade de gestores especialistas em interpretação e hermenêutica deixarem de ver silogismos e falsos raciocínios em longos textos interpretativos de poucos dados objetivos. Uma empresa pode ir toda por água abaixo com uma decisão longa e interpretativa que não permite ver dentro de seu infindável conjunto de aparentes lógicas falsos raciocínios, levando a decisões aparentemente corretas, mas internamente erradas, com falsas premissas ou interpretações muito alongadas.
Em grandes decisões, como ocorre todo mês nas centenas de chefias das grandes empresas, como também é o DPF, os dados objetivos mais do que nunca devem falar por si só e pautar as maiores e principalmente as mais caras decisões.
Os desdobramentos das decisões e dos negócios realmente vão ocorrer, e uma interpretação equivocada, tendenciosa ou subjetiva pode até agradar ou apaziguar os ânimos momentaneamente, mas em algum momento a verdade aparecerá, sendo impossível esconder a verdade com artifícios e habilidades da hermenêutica mal utilizada, em longos textos ou frases de efeito midiáticas.
Naturalmente atual gestão do DPF, tomada por especialistas em Direito, os delegados, prefere não enxergar os números e fatos objetivos; optando por interpretações subjetivas e otimismo – não menos subjetivo.
Em exercício da hermenêutica, o gestor especialista em Direito coloca a culpa em todo mundo, menos no DPF ou na sua gestão, no que diz respeito à queda de quatro vezes o número total de prisões do DPF.
Ou para explicar porque cada delegado efetua meia prisão durante todo o ano, e ainda assim há várias centenas de delegados sem inquéritos ou com menos inquéritos do que poderiam.
Um subproduto da capacidade hermenêutica utilizada indevidamente na gestão de dados objetivos que deveriam permear as maiores e mais caras decisões no DPF, é o pequeno sistema de propaganda e marketing criado para privilegiar especificamente e exclusivamente o cargo de delegado no dia da entrevista e prestação de contas para a sociedade, logo após terminada as grandes operações que envolvem todos os cargos policiais federais durante vários meses – sistema de propaganda e marketing oculto sob diferente denominação, dizendo-se tratar-se de “hierarquia”.
Os policiais federais sempre aguentaram, sob o manto da propalada “hierarquia”, que uma operação elaborada por uma equipe completa de policiais por muito tempo, ao ser deflagrada em um único dia – prestando contas para a sociedade – retratasse na legenda da entrevista policial, ao invés do termo genérico “policial federal” – abrangente e respeitoso com todos os trabalhadores da equipe -, retratasse na verdade sempre o termo específico “delegado de polícia federal”.
Sob o manto da hierarquia esta ferramenta de marketing e publicidade fazia aparecer para a sociedade somente e sempre um cargo específico, “delegado de polícia federal”, privilegiando um cargo apenas, quando a população poderia estar lendo apenas “policial federal” durante a entrevista no único dia de prestação de contas para a sociedade, homenagenado toda a equipe de policiais federais de todos os cargos, como uma única família “policial federal”.
Esta ferramenta de marketing e propaganda traz status para o cargo de delegado e esconde os demais cargos que trabalharam todos os vários meses nas melhores operações.
Os policiais federais enxergaram a ferramenta de propaganda e marketing escondida sob o nome de “hierarquia”.
Com a descoberta os policiais federais naturalmente se cansaram de alimentar este sistema de focalização de status em um único cargo, sem homenagear todos os cargos participantes dos grupos de trabalho em torno das melhores operações.
Cada vez mais, os policiais atuam conforme suas formais e reais atribuições, e nada mais de maneira informal ou não prevista em lei e atribuições.
O policiais federais da nova – se esta existir – PF terão a obrigação de prestar contas para a sociedade como “policiais federais”, eliminando toda e qualquer disputa de cargos por mais espaço nas legendas das entrevistas para a sociedade: fazendo com que o incansável sistema de propaganda e marketing dê valor a todos os cargos policiais federais que trabalharam na operação, sem privilegiar quem assina os relatórios elaborados pelos agentes que, inclusive, agentes estes que são chamados com exclusividade para depor junto aos juízes, por conhecerem mais da operação do que o cargo que assina os relatórios pelo simples formalismo do código brasileiro.
“Policiais Federais”, “Policial Federal” é o termo familiar e representativo da união dentro do DPF, que deve aparecer em toda prestação de contas para a sociedade, sem privilegiar um cargo especifíco, sem ferramenta estratégica de marketing disfarçada de hierarquia.
É no único dia de prestação de contas para a sociedade que o contribuinte se alivia, dizendo: “estes caras – os policiais federais, e não somente o delegado de policia federal, como comumente aparece – merecem ser pagos pelos meus impostos” , único momento em que o cidadão valoriza o cargo público. Nos demais momentos, a operação é secreta e não pode aparecer.
Enquanto os delegados quiserem usar esta ferramenta ostensiva de direcionamento da prestação de contas para a sociedade focando somente no cargo de delegados, sem privilegiar o “policial federal” genericamente, como uma grande família unida, os especialistas em Direito estarão sendo, também, maus gestores de recursos humanos: não era de esperar muita sofisticação na gestão de RH sendo elaborada por cargo que deveria se ater aos seus inquéritos, sem possuir experiência ou especialização em RH.
A falta de gestão especializada e moderna de RH fez rapidamente transparecer a ferramenta de propaganda e marketing disfarçada de hierarquia. E os policiais componentes da estrutura de RH diexaram, então, de alimentar este ostensivo sistema de valorização de um único cargo nas entrevistas e nas prestações de contas da sociedade.
É consequência desta má gestão de recursos humanos o despencar de 4 vezes o número de prisões, de 2700 para 700 prisões, no DPF, desde 2010.
Como as prisões estão diretamente relacionadas à qualidade real e ao farto embasamento das provas obtidas durante toda a execução das operações, a queda de quatro vezes no número total de prisões reflete a tão grande quanto queda real da qualidade das operações do DPF.
O conceito é muito simples: um juiz somente se permite emitir um mandado de prisão quando tiver fartas provas oriundas de operações bem documentadas e bem realizadas.
Pode implorar, até mesmo o Papa pedir, que o juiz não vai emitir uma ordem de prisão sem contundentes provas que corroborem e justifiquem este pedido.
Por isto, o número total de prisões mostra a verdade sobre a qualidade real da tentativa de combate ao crime e à corrupção por parte do DPF.
O número total de operações pode incluir operações grandes e bem documentadas tanto quanto operações pequenas e pouco documentadas. As operações pouco documentadas, feitas às pressas, no entanto, não conseguirão convencer e embasar suficientemente um juiz para que ele emita o importante e cheio de requisitos mandado de prisão.
Por isto, atestar que o número de prisões vem caindo quatro vezes desde 2010 é indicador direto da perda contínua de qualidade das operações em curso no DPF.
Mais este fato é motivo adicional para que o DPF precise urgentemente deixar todos os delegados trabalhando em setores que possuem inquéritos, não somente para poder aumentar a estatística de meia prisão por delegado em 2013, mas também para deixar em cada área o melhor especialista gerir a grande empresa, com suas centenas de chefias, tecnologias, recursos humanos e relações de trabalho, que é o DPF.
Este texto procurou invariavelmente apresentar fatos e números objetivos:
– problemas reais e noticiados com as tecnologias;
–VANT (notícia: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1158211-sem-manutencao-aviao-antitrafico-nao-voa-desde-janeiro.shtml);
–Helicópteros “paralelepípedos” parados (notícia: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2013/09/12/interna_brasil,387748/pf-compra-helicoptero-de-r-29-milhoes-mas-nao-tem-quem-pilote.shtml
–)
–Demais problemas tecnológicos: rádio (notícia – no terceiro parágrafo: http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/283301_GURGEL+DENUNCIADO+DE+NOVO);
– curriculum dos verdadeiros especialistas tanto em segurança de dignitários quanto em organização e gerenciamento de grandes eventos não jurídicos, policiais federais não delegados tendo tido contato pessoal com 80% de todos os Chefes de Estado do mundo, em comparação com o curriculum – confiram, perguntem – não especializado dos chefes especialistas em Direito que ali ficam na sala de chefia ocupando a cadeira sem inquéritos;
– entrevistas da polícia federal – no Jornal Nacional, nas demais emissoras, jornais e revistas – privilegiam a legenda especificando o cargo “delegado de policia federal”, ao invés de apenas “policial federal”, como deveria ser, homenageando a todos os integrantes das grandes operações, como uma única família, dentro de sistema de propaganda e marketing alimentado pelo cargo de delegado, maior beneficiário e interessado.
– queda de 4 vezes o total de prisões desde 2010 (fonte: http://www.dpf.gov.br), de 2700 para 700;
Estes foram os dados e fatos objetivos trazido neste documento informativo.
A farta e variada amostra de fatos e dados diretos e objetivos possui a intenção primária de evitar depender do uso da hermenêutica ou interpretação subjetiva, evitando incorrer no risco desnecessário e erro de elaborar grandes tratados tirados de poucos dados objetivos, o que é útil nos setores jurídicos, mas na gestão de grandes e multi-milionárias empresas, como também é o DPF, frequentemente induzem e levam a se estabelecer e difundir conclusões previamente arquitetadas e propositalmente distanciadas da aceitação direta dos dados e fatos claros e objetivos.
É a realidade dos fatos e dados – e não a ficção de interpretações subjetivas – que vai nos confrontar amanhã e, já agora, nos confrontam hoje: com quatro vezes a queda das prisões e nada mais voando no DPF sendo uma realidade imediata; com um futuro de grandes eventos trazendo mais fatos como o ocorrido com o Papa, por falta de planejamento, envolvendo as centenas de chefias operacionais ocupadas sem experiência pelos delegados que simultaneamente deixam de dar prosseguimento a toda sua quota natural de inquéritos.
O DPF e suas centenas de chefias preicsam de chefia por experiência e aptidão, não por cargo como é hoje.
Obrigado pela atenção e, por favor, confirmem pessoalmente cada um dos dados aqui apresentados, para que cada um dos leitores verifique e ateste a veracidade das informações – sem a necessidade de interpretações ou malabarismos subjetivos como ocorrem nas gestões tomadas por especialistas em inquérito e em Direito ou em depoimentos de especialistas em hermenêutica, fora de seu setor jurídico de atuação.
Temos que modernizar a gestão da segurança pública no Brasil. Este modelo já está muito ultrapassado. Bacharéis em direito já provaram que não são gestores.
A ingerência dos recursos do Tetrapol é apenas um capítulo. Estamos no século XXI e nosso modelo de segurança publicada esta no século XIX. Na PF há muitos profissionais formados em diversos ramos do conhecimento, porém a gestão está com os bacharéis em direito.
Como pode uma instituição querer funcionar corretamente quando é gerida por juristas e não por administradores?