Mensalão: Ajuris teme quebra de princípio
O presidente da Ajuris (Associação de Juízes do Rio Grande do Sul), Pio Giovani Dresch, manifestou nesta segunda-feira (25/11) a preocupação da instituição com a eventual quebra do principio do juiz natural no caso da Ação Penal 470.
A entidade distribuiu notícia sobre o afastamento do juiz titular da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Ademar Silva de Vasconcelos, em cujo lugar assumiu o juiz substituto Bruno André Silva Ribeiro:
Segundo a imprensa nacional, o relator da Ação Penal, o ministro Joaquim Barbosa, estava insatisfeito com a atuação de Vasconcelos e impôs ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a sua exclusão dos processos. As informações não foram desmentidas nem pelo STF, nem pelo TJDFT
“Em se confirmando essa informação, trata-se de grave quebra de um princípio democrático fundamental. E é muito mais grave partindo do presidente do Supremo Tribunal Federal, que deveria ser o primeiro a zelar por esse princípio”, destaca Pio Dresch.
O presidente da Ajuris explica que o princípio do juiz natural tem por finalidade evitar, por influência externa, que os juízes sejam escolhidos a dedo.
Segundo Pio Dresch, é compreensível que o presidente do Supremo, que tanto se empenhou na condenação dos réus, tenha interesse em ver a pena cumprida conforme seu próprio entendimento, mas justamente por ser o guardião maior da Constituição, não cabia a ele escolher outro juiz para cumprir essa função, excluindo o titular da Vara das Execuções Penais.
Ainda segundo o presidente da Ajuris, muito mais do que manifestar a solidariedade da Associação ao juiz Ademar Vasconcelos, trata-se de defender os princípios democráticos que consagram a independência do Poder Judiciário contra o abuso do poder, ainda que este abuso parta do próprio Judiciário.
O processo da Ação Penal 470 está eivado de dúvidas.
O Fundo Visanet é dinheiro privado ou público?
Dirceu dava ordem por celular; porque não apareceu na quebra de sigilo?……………….
Não entendi muito bem. Já houve o julgamento pelo juiz natural que é o STF. Como esse juiz que foi substituído seria agora o juiz natural?
o cara tava enrolando tem que trocar mesmo
Qualquer pessoa com um cérebro operacional percebeu, no decorrer do julgamento do chamado “mensalão”, a grave propensão do Ministro Barbosa para o autoritarismo, esta mudança imposta por ele (também conhecida como “dedaço”) só veio comprovar isso.