Advogados avaliam a mídia no mensalão – 18
Marcelo Luiz Ávila de Bessa: O problema maior é não ter imprensa.
A seguir, trechos da entrevista com o advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, defensor do réu Valdemar da Costa Neto, publicada no livro “AP 470 – Análise da intervenção da mídia no julgamento do mensalão a partir de entrevistas com a defesa”.
Em primeiro lugar, não existe imprensa neutra, isso é uma questão óbvia. Toda entidade de imprensa tem uma posição ideológica, isso é óbvio. Então, no caso do mensalão, isso ficou muito claro, existiam os que não tinham identidade com o PT, esses fizeram muita pressão para que o julgamento pudesse ser mais cedo e celebravam quase que constantemente as condenações. Em contrapartida, outros que eram mais alinhados ao PT refugavam isso.
Mas isso é normal, é natural que a imprensa comece a participar mais dos julgamentos, principalmente os que causam clamor social. É preciso entender isso com certa naturalidade, cabe ao julgador não se deixar influenciar, sair dos autos para condenar ou absolver pelo clamor social.
O julgamento do STF foi televisionado, eu não tenho notícia de nenhum outro país do mundo que tenha o julgamento televisionado. è óbvio que isso afeta de certa maneira, expõe o STF a uma maior pressão de mídia. Se houve uma pressão no resultado [da ação penal do mensalão] por isso, eu espero que não. Aquele julgamento ocorreu de maneira normal, qualquer julgamento está exposto a erro.
O problema maior é não ter imprensa. A partir do momento que você aceita ter uma imprensa livre você não pode coibir a forma que esse pensamento seja manifestado. Não há como censurar a imprensa.
No mensalão, o erro não é a mídia. O erro maior é ter sido julgado pelo STF. Uma Suprema Corte de um país não pode se dedicar ao julgamento de uma ação penal originária. O absurdo está aí.
O que tem que acabar é o privilégio de foro, que na verdade não é privilégio nenhum, virou uma armadilha. (…) Não há nenhum motivo para um senador ser julgado pelo Supremo e um cidadão comum ser julgado em primeira instância, todos têm que ser julgados pela primeira instância.
Nós já passamos por algumas ditaduras e eu tenho verdadeiro horror por qualquer norma que vise restringir a liberdade de imprensa. Eu prefiro os malefícios dessa liberdade do que os supostos benefícios com uma censura prévia.
Senhor Mauricio, vc se recorda do que aconteceu com o Juiz Fausto de Sanctis e o Sergio Moro, só para citar os exemplos mais conhecidos?
Eles condenaram poderosos, o Fausto quase foi exonerado da Magistratura. Hoje está no Tribunal e não atua na competência criminal. Integra uma turma previdenciária. A vara em que ele trabalhava, na primeira instância, não é mais a mesma, os empresários condenados não aceitam mais participar das atividades assistenciais que a vara organizava. Ele era um juiz que todos admiravam e confiavam.
O Juiz Sergio Moro foi representado junto ao Conselho Nacional de Justiça, ele condenou os réus do caso BANESTADO. O Conselho Nacional de Justiça é usado pelos poderosos para intimidar os magistrados. A perda da vitaliciedade será mais um elemento de intimidação do magistrado. Outrossim, trata-se de cláusula pétrea que jamais poderia ser objeto de emenda constitucional. att;
corrigindo meu comentário: existe Mídia contra a Corrupção.
Não existe Midia do Mensalão. Existe Mídia da Corrupção. Só os PTistas não entendem.
Advogados choram a mídia no mensalão-18
OS LARÁPIOS DO MENSALÃO SÃO TODOS INOCENTES, A MÍDIA É A CULPADA. FAÇA ME RIR.
Por que no Brasil a mídia e o Poder Judiciário são tão atacados? (notícia veiculada na mídia)
Brasil cai no ranking da Transparência Internacional.
Huguette Labelle: “O índice demonstra que todos os países são ainda confrontados aos riscos de corrupção em todos os níveis”
A corrupção no setor público no Brasil é percebida como sendo maior do que em países como Lesoto, Botswana ou Brunei, mas menor do que em grandes parceiros emergentes como China, India e Rússia.
É a conclusão do Índice de Percepção de Corrupção 2013, que a ONG Transparência Internacional publica hoje. O Brasil aparece em 72ª posição entre 177 nações com nota 42 numa escala indo de 0 (país percebido como sendo extremamente corrupto) a 100 (percebido como muito pouco corrupto).
Em relação a 2012, quando ficou em 69º, o sentimento é de que o Brasil piora, mesmo quando alguns envolvidos no escândalo do mensalão não só foram condenados, como começam a cumprir penas de prisão.
Para Alejandro Salas, diretor para Américas da Transparência Internacional, a visão sobre o Brasil é a mesma em relação a muitos países que investem em legislação anticorrupção, mas que na prática nem sempre combatem o tráfico de influência, abuso de poder, comissões ocultas, transações secretas, para fornecer contratos do setor público.
O fluxo financeiro ilícito, incluindo corrupção, suborno, roubo e evasão de dividas em países em desenvolvimento é estimado em US$ 1,2 trilhão por ano, equivalente às economias da Suíça, África do Sul e Bélgica juntos, conforme o Banco Mundial.
Concordo plenamente! E também não esqueçamos que o deputado cliente do articulista também pertence ao grupo corporativista no congresso Nacional que legisla para os amigos. Daí surgirem essas monstruosidades legais.
O foro privilegiado acabará. Antes, porém, vão extinguir a vitaliciedade de juízes e promotores, para a devida blindagem aos que serão julgados pelas instâncias de baixo. Claro, tudo sob o manto do discurso do moralismo, com aplausos e deleite dos inocentes.
Agora, sem a vitaliciedade, os juízes de primeira instância vão parar de mandar criminosos ricos e políticos criminosos para a cadeia. Não veremos mais cadeias lotadas de prefeitos, vereadores, etc, motoristas de porsche bêbados assassinos. Será o caos.
Você tem toda razão (sim, entendi sua ironia). E o que já era ruim, vai piorar.
Olá! Caros Comentaristas! E, Fred! Olá! Jovens, Sérgio e Maurício, como vão., o papo é o seguinte: Não é acabando com os direitos dos Juízes e Juízas que vamos resolver as questões atinentes a justiça. Ledo engano. Quem pratica atos ilegais deve ser punido. A punição está acontecendo. O que se deseja é que se puna dentro da LEI. O que se deve fazer é: Quando um Juiz/a, Magistrado/a, sair da linha, que seja punido rigorosamente, porém, dentro da LEI. Insisto: Retirar garantias dos Juízes e Juízas, Magistrados e Magistradas, será tornar a JUSTIÇA, algo irrelevante. Num país como o nosso, será um DESASTRE. Chamo atenção para esse cuidado. Sejamos sinceros, só resta a justiça…e; por enquanto. O resto; executivo e legislativo, já foram para o BREJO, literalmente. Então…, Muita calma nesta hora. OPINIÃO!
Vitaliciedade irrestrita não é direito , mas sim privilégio !!!!!!!!!!
Senhor Cesar, a vitaliciedade não é uma garantia irrestrita. Nenhuma garantia Constitucional é absoluta. Leia Canotilho, por favor.
Olá! Caros Comentaristas! E, Fred! Por partes como Jack o Estripador – Vitaliciedade, inamovibilidade, irredutibilidade de vencimentos: São Garantias DUPLAS – à instituição e aos Juízes/as e Magistrados/as. JAMAIS, privilégios. Exatamente, evitam o assédio do executivo e do legislativo. São fatores importantes de: Defesa na integridade da instituição JUSTIÇA contra Atos ditadores do executivo e do legislativo. Falar em privilégio é desconhecimento e ignorância. Ver artigo 95º, I, II, III, da Constituição Federal de 1988. As anteriores, igualmente. Ver artigo 128º, 5º, I, letras a, b, c. PROVOCAÇÃO: Por que o Advogado nomeado desembargador de um Tribunal de Justiça Estadual – pelo quinto constitucional – adquirirá Vitaliciedade, SEM necessidade de aguardar 02 (DOIS) anos de exercício? Que entra na Magistratura pela porta do LADO é melhor do quem faz CARREIRA? Pergunta: Não é discriminação? OPINIÃO! Mantenho minha posição FIRME de prosseguir com as GARANTIAS mencionadas, aos Juízes/as e Magistrados/as. Ainda, pensando na DEFESA do JUDICIÁRIO, autônomo, independente e LIVRE! OPINIÃO!