“Confronto entre experiência e juventude”
Em entrevista concedida ao editor deste Blog na última sexta-feira (6/12), o presidente eleito do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, analisa o processo eleitoral decidido em primeiro turno e reafirma sua posição contrária à reeleição. “O tribunal é maior do que qualquer projeto personalista”, diz.
Como o Sr. explica ter recebido 70% dos votos?
José Renato Nalini – Eu também acreditei que iríamos para o segundo turno com o Paulo Dimas Mascaretti, uma pessoa muito querida. Seria o confronto entre a experiência e a juventude. Talvez prevalecesse a tendência da última eleição, em que a novidade [a candidatura de Ivan Sartori] foi a vencedora. O desembargador José Roberto Bedran, que esperava ser eleito, foi derrotado. Acredito que deve ter prevalecido o reconhecimento de uma trajetória. Tenho 41 anos de Justiça. Tudo o que um juiz pode fazer na magistratura eu fiz.
Como foi a campanha, com a expectativa de que Sartori poderia disputar a reeleição?
José Renato Nalini – Eu havia me comprometido a não disputar a eleição com alguém que é vitorioso, que fez uma gestão que os funcionários adoraram, e os juízes também. Acho que ele era imbatível. Só me lancei no momento em que ele anunciou ao Conselho Superior da Magistratura que não disputaria. Lancei minha candidatura em um e-mail. Depois, ele repensou. Ele achou que meu e-mail foi precipitado.
Alguns juízes viram as manifestações de servidores como instrumentalização com objetivos eleitorais.
José Renato Nalini – Eu integrei a gestão. Eu sempre defendi que o regime é presidencialista. O presidente faz o que quer. Ele é jovem, ele é entusiasta, é um estilo. Por enquanto, a reeleição é vedada. No Parlamento e no Executivo, nem sempre o segundo mandato corresponde ao primeiro. E a pessoa se afasta para ser candidato. Chega-se ao tribunal por mérito, não por sufrágio.
O Sr. é favorável à reeleição?
José Renato Nalini – Num tribunal com 360 desembargadores, sempre vai haver alguém dentre os 359 que tem condições de prosseguir uma obra, por mais meritória que ela seja. O mandato de dois anos é curto, mas o tribunal é maior do que qualquer projeto personalista.
Como o Sr. procedeu?
José Renato Nalini – Eu não assinei a proposta de reeleição, e não fui procurado a assinar. Mas nunca me recusei a dizer que não era a favor, em tese. Acreditava que isso deveria ser debatido no Órgão Especial, questionado junto ao CNJ. A reeleição frustra todos os outros que estão ali, alimentando a esperança de contribuir para a administração.
Boa Sorte para o novoi Presidente e que ele contuinue com as obras do Dr.Ivan, principsalmente com respeitom ao pagamento dos precatorios
Sr. Nelson, o Sr. foi preciso. É uma pena que o setor talvez nos pregue um susto. Vamos ver.
“O Tribunal é maior do que qualquer projeto personalista”.
Foi por isso que eu disse: Esse é o cara.
… a esperança nos juízes é a última esperança (RB).
Olá! Caros Comentaristas! E, Fred! Um avanço que poderá ocorrer é aplicar a eleição por VOTO FACULTATIVO aos JUÍZES/AS e MAGISTRADOS/AS. Coisa hoje vedada! Porém, deve ser proibida a reeleição. A idéia quando se pensa em eleição por VOTO FACULTATIVO é a mudança e não a manutenção. De qualquer maneira, merece Parabéns e desejo de boa sorte ao vencedor atual. OPINIÃO!
Falta Democracia no Judiciário, Juiz deveria votar e ser votado.