Açodamento eleitoral e exemplo de cima

Frederico Vasconcelos

Marco Aurélio

“O que fazer com os casos de ministros do governo que cumprem agendas oficiais sobre assuntos fora da pasta nos Estados onde serão candidatos?”

A pergunta foi formulada ao ministro Marco Aurélio Mello, em sua terceira passagem na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, pelo repórter Juliano Basile, do jornal “Valor Econômico“, na edição desta segunda-feira (16/12).

O presidente do TSE respondeu:

“Há um açodamento, uma precocidade indesejável. O problema mais sério é que aprendemos desde cedo que o exemplo vem de cima. Quando aquele que deve dar o exemplo não faz, o cidadão comum se sente livre para proceder como bem quer.”

Comentários

  1. Não há açodamento; há, sim, impunidade. De um lado, há uma letargia histórica em punir-se o uso da máquina pública em campanhas. De outro, uma tremenda hipocrisia e tolice em limitar-se a campanha eleitoral a um determinado período. Até as pedras em frente ao STF sabem que político está sempre em campanha e que esse tipo de limitação temporal somente produz o resultado indesejável de desvios e esquemas para fazer campanha fora do tal “período eleitoral”.

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