Crimes eleitorais e mais burocracia

Frederico Vasconcelos

Sob o título “Apurações cerceadas”, editorial da Folha na edição deste sábado (18/1) trata da resolução sugerida pelo ministro José Antonio Dias Toffoli, que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral a partir de maio, que obriga o Ministério Público a obter autorização judicial para abrir inquéritos policiais sobre crimes eleitorais.

Segundo o editorial, a resolução não tornará as investigações mais transparentes.

“O efeito da norma será outro. Pouco fará contra inquéritos movidos por interesses escusos, mas criará embaraços burocráticos generalizados e prejudicará a agilidade na coleta de provas, atrapalhando toda e qualquer apuração”.

A seguir, trechos de textos que reconhecem a Justiça Eleitoral como exemplo de rapidez e eficiência num Judiciário marcado pela morosidade:

“Em vez de impor alterações na Justiça Eleitoral, que é exemplo de eficiência e competência no Brasil e no mundo, o legislador deveria fazer a tão necessária reforma política e eleitoral, tantas vezes prometida, mas nunca concluída. (…) Além da eficiência necessária, ela permite também providências imediatas contra a continuidade de irregularidades.” (Herbert Carneiro, presidente da Associação dos Magistrados Mineiros, em artigo no “Conjur“, em 20/9/2013).

“De acordo com o cientista político Octaviano Nogueira (citado no portal do TSE) não tem nenhum outro país com uma Justiça Eleitoral tão atuante, tão dinâmica, tão rápida, tão eficaz e tão legitimadora do sistema eleitoral e, mais que isso, da própria legalidade da eleição. Tudo isso nos faz hoje, em matéria eleitoral, o país mais moderno do mundo“. (Texto publicado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais).

 

Comentários

  1. Olá! Caros Comentaristas! E, Fred! Volto a insistir; se a GRITARIA é por investigações, especialmente, de caráter político eleitoral, precisa ser antecedida de “AUTORIZAÇÃO JUDICIAL”. Nesse tema, a Min. Carmem foi muito BEM! De fato a justiça eleitoral, com exceção, da Lei 135/2010, vai muito BEM! E mais, para a Polícia Federal e seu corpo profissional é uma PROTEÇÃO a mais, para que as investigações, efetivamente, cumpram sua FINALIDADE. Caso contrário, e SEM autorização judicial, quem vai PAGAR o PATO são os agentes e delegados da PF. Os políticos NÃO vão aliviar. Basta ver o que aconteceu no caso protógenes, o que fizeram com os delegados? Transferiram! Ora, Celeridade precisa estar em consonância com a LEI brasileira e a Constituição Federal, senão; virará PIADA! Os casos virarão MICOS! OPINIÃO!

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