Novas denúncias no caso Cachoeira
O Ministério Público Federal em Goiás ofereceu mais duas denúncias como desdobramento da Operação Monte Carlo, que desmantelou, em fevereiro de 2012, esquema criminoso liderado por Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em uma das denúncias, o MPF requer a condenação de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, Gleyb Ferreira da Cruz, pelo crime de evasão de divisas, por meio do mecanismo conhecido como “dólar-cabo”, [entrega de moeda estrangeira no exterior em contrapartida a pagamento de reais no Brasil].
Na outra denúncia, requer a condenação do então delegado da Polícia Federal Fernando Antônio Hereda Byron Filho e Carlinhos Cachoeira pelos crimes de prevaricação (Byron Filho) e violação de sigilo funcional (Byron Filho e Cachoeira), com o vazamento de informações à organização criminosa.
Byron Filho é acusado de não praticar atos próprios de seu ofício quando presidiu inquérito policial em que Cachoeira era investigado.
Agora já são cinco as denúncias em face dos membros do grupo criminoso ajuizadas pelo Ministério Público Federal em Goiás.
Estima-se que há mais de dez anos o grupo agia em Goiás. A corrupção e a troca de favores serviam para acobertar o jogo ilegal, atividade que alimentava financeiramente a organização criminosa.
Segundo informa o MPF-GO, o grupo operava com duas principais frentes de atuação – no entorno de Brasília e em Goiânia – e com o recrutamento de setores do braço armado estatal, o grupo movimentou cifras milionárias.