“Petrobras é vítima”, diz advogado

Frederico Vasconcelos

A posição da Petrobras na investigação da Operação Lava Jato é de vítima, sustentam seus advogados.

Segundo Alexandre Knopfholz, a estatal atua junto aos órgãos públicos “visando a punição dos culpados e a recuperação dos valores criminosamente desviados de seu patrimônio”.

Knopfholz pertence à equipe do escritório Dotti & Advogados Associados, que representa a Petrobras na Operação Lava Jato.

O escritório foi fundado em 1961, em Curitiba, pelo jurista René Ariel Dotti, professor de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná.

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Blog – Qual a dimensão que o Sr. atribui ao que tem sido apontado pela mídia como o maior caso de corrupção no país?

Alexandre Knopfholz – A Operação Lava Jato é, certamente, um marco na história do Poder Judiciário brasileiro. A posição da Petrobras ao longo de toda a investigação é de vítima, e assim está sendo tratada em todos os procedimentos da mencionada Operação.

Blog – Quais as principais linhas de defesa da Petrobras?

Knopfholz – Não há qualquer acusação em face da Companhia, inexistindo qualquer necessidade de defesa processual. Há, sim, uma atuação proativa e ostensiva junto aos órgãos públicos (Polícia Federal, Ministério Público Federal, Poder Judiciário etc.), visando a punição dos culpados e a recuperação dos valores criminosamente retirados de seu patrimônio.

Blog – Atuando no Paraná, onde o escritório tem sede, como definiria o perfil do juiz federal Sergio Fernando Moro?

Knopfholz – Estamos acompanhando de perto a evolução do caso, que está sendo conduzido por um magistrado probo e correto.