Um magistrado na contramão

Frederico Vasconcelos

Associações de magistrados condenaram a afirmação atribuîda ao juiz Flávio Roberto de Souza –flagrado dirigindo e estacionando em seu prédio um Porsche apreendido do empresário Eike Batista– de que tal expediente seja “prática absolutamente normal” dos juízes.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, afirmou em nota que “a conduta é vedada a qualquer magistrado e, em hipótese alguma, condiz com a postura usual e ética dos juízes brasileiros”.

“A AMB defende que os fatos sejam devidamente apurados, assegurando a ampla defesa e observado o devido processo legal.”

“A Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) não concorda com declaração ou conduta que possa colocar em dúvida a lisura dos magistrados, de quem sempre se espera e se cobra comportamento irrepreensível na vida pública e particular”, afirmou o presidente da entidade, Jayme de Oliveira.

“A utilização de bens fora das hipóteses legalmente previstas deve ser repudiada e apurada pelos órgãos correicionais, não sendo verdade a informação de que tal conduta seja comportamento normal dos juízes”, diz o presidente da Apamagis.