Economista elogia a terceirização

Frederico Vasconcelos

A seguir, trechos de artigo de Hélio Zylberstajn, sob o título “Promover os terceiros para ser os primeiros“, publicado na revista “Época“. Para o autor –professor da Faculdade de Economia e Administração da USP e doutor pela Universidade de Wisconsin (EUA)–, “a terceirização não ameaça o cidadão assalariado: a proposta em avaliação no Congresso é equilibrada e, se aprovada, representará avanço para o país, as empresas e empregos”.

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As inovações tecnológicas dos últimos 50 anos criaram as condições para alterações radicais nas formas de organizar e coordenar a produção. O computador, a internet e a logística avançada permitem hoje que uma empresa se organize com um núcleo enxuto que planeja e coordena cadeias produtivas à distância e até globalmente.

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As empresas que se arriscam na terceirização ficam na dependência de um inspetor do trabalho ou de um juiz decidir se a atividade terceirizada é ou não uma atividade-fim. A falta de bases legais seguras para a terceirização impede a modernização das empresas brasileiras e, portanto, reduz a competitividade da nossa economia. Uma companhia tem de se tornar mais competitiva para conseguir crescer, disputar novos mercados e ter chance de criar mais e melhores postos de trabalho. Regularizar a terceirização é uma necessidade estratégica para o Brasil.

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O projeto em votação na Câmara dos Deputados é bastante equilibrado e contém mecanismos e salvaguardas que limitarão o uso da terceirização às situações em que aumentará a eficiência sem prejudicar os trabalhadores terceirizados.