TRF-4 mantém ação contra Yeda

Frederico Vasconcelos

 

Ex-governadora tucana é suspeita de beneficiar-se de esquema fraudulento em contratos do Detran gaúcho.

Yeda Crusius MINIO Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiu nesta terça-feira (28) manter a ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) como ré na ação de improbidade administrativa referente à Operação Rodin, que apura fraudes ocorridas no Detran/RS.

Em novembro de 2007, a Polícia Federal investigou irregularidades ocorridas entre os anos de 2003 e 2007 em contratos firmados com a Fundação de Apoio à Tecnologia e à Ciência (Fatec) e a Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (FUNDAE), vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), para a realização dos exames teóricos e práticos de direção veicular para fins de expedição da Carteira Nacional de Habilitação.

Segundo informa o TRF-4, a ex-governadora será julgada na esfera cível por suspeita de agir para manter em funcionamento o esquema fraudulento em seu governo e beneficiar-se deste. O processo corre em segredo de Justiça.

O Ministério Público Federal estimou que teriam sido desviados R$ 44 milhões dos cofres públicos.

O processo estava suspenso desde agosto do ano passado, aguardando o julgamento do mérito do recurso pela 4ª Turma. O recurso foi movido pela defesa de Yeda contra decisão de primeira instância.

A responsabilização da ex-governador por indicar Flávio Vaz Neto para dirigir o Detran/RS foi excluída da denúncia. Segundo o relator do acórdão, desembargador federal Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, incluir essa acusação seria ir além do que foi pedido na inicial.