Juízo do Leitor

Frederico Vasconcelos

A seguir, comentários de leitores sobre posts recentes. A seção não reproduz opiniões anônimas.

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Vagas para negros no Judiciário

Bobagem. Sempre sobram vagas nos concursos para a magistratura e a “reserva” de algumas delas seria apenas uma atitude “coméstica”. [Marco A. Machado]

O leitor Marco A. Machado tem razao: a medida é inócua. Sobram vagas nos concursos de juiz. O adversário do candidato não são os outros mas ele mesmo, ou seja, o desafio de conseguir a nota mínima. [Marcus Pessoa]

Até onde eu sei as vagas para cargos no Judiciário SEMPRE estiveram abertas a negros. Nunca houve norma nem resolução que dificultasse seu acesso. [Antonio Eduardo Fernandes]

Mas então o CNJ considera que negros ou pardos graduados em Direito são menos capazes de serem aprovados em concursos para Magistratura do que graduados brancos? [Antonio Eduardo Fernandes]

Causa estranheza essa reserva de vagas para negros e índios na Magistratura, isto porque no Brasil já há juízes negros, há desembargadores e ministros de Tribunais negros, há promotores e procuradores negros que entraram na carreira sem reserva de vagas, assim, antes da criação de reserva de vagas, há que se perquirir porque esses negros ingressaram nas carreiras jurídicas sem necessidade de reserva de vagas e replicar os métodos que eles usaram, pois de outra forma a criação dessa reserva de vagas já será discriminatória, pois teremos negros que ingressaram pelos próprios méritos e os negros ingressados pela reserva. [César Moreira]

O que vai alargar o “âmbito de possibilidade” dos planos de vida de uma criança negra é oferecer a ela ensino de qualidade. [Arnaldo Bianchini]

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Joaquim Barbosa e as cotas para negros no Poder Judiciário

DISCURSO DE ELITE OPORTUNAMENTE LIBERAL NÃO ENFRENTA A QUESTÃO – O juiz da Suprema Corte americana Clarence Thomas, atualmente o único cidadão negro que a compõe, é radicalmente contra o sistema de quotas e seus argumentos rejeitam o paternalismo disfarçado dos que nelas veem alguma fonte de emancipação. No Brasil há um grupo numeroso de intelectuais, músicos, personalidades de reconhecida importância na cultura do país, que se posicionam contra as quotas, embora sejam ligadas a movimentos que busquem o reconhecimento da igualdade racial. Demagogos têm tratado deste tema ignorando as conquistas da metódica sociológica, que diferencia preconceito, discriminação (cuja forma mais acentuada é a segregação) e o racismo (Roger Bastide, p.ex.). Seria preciso avançar passo a passo e verificar os resultados já obtidos, caso contrário teremos de pensar em quotas para muçulmanos, asiáticos… Soluções inclusivas sim, demagogia não. [Luiz Fernando Cabeda]

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Cotas para negros darão uma cara nova à Justiça, diz ministro do STJ

“Antes de ter cota, deveria ter porcentagens para os servidores do próprio judiciário, assim seria democrático.” [Manoel Pedro]

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Festa de Fachin sem chapéu alheio

Pelo preço de R$100,00 mais as despesas de deslocamento até Brasília não há como o cidadão comum brasileiro concorrer com bancos, corretoras, grandes empresas da área do consumo ou órgão estatais na atividade de bajular o novo Ministro objetivando decisões favoráveis. Cadê a igualdade? [Marcos Pintar]

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Janot contra pensão de ex-governador

Anda faltando critéiros razoáveis em muitas coisas, e não só na pensão vitalícia a ex-governadores. Lembre-se a ação originária que, via ordem liminar, concedeu aumento a todos os magistardos ativos, sob o nome auxílio-moradia, em valor pré-determinado, sem necessidade de qualquer comprovação de despesa, embora seja teoricamente verba indenizatória. E o PGR estendeu aos membros ativos do MPU. Muitos pesos e muitas medidas. Só que quando o Legislativo ou o Executivo aprontam alguma coisa estranha, vai-se ao  Judiciário. Mas quando são os próprios, vamos recorrer a quem? [Ana Amaral]

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Candidato quer mais agilidade da PGR nas medidas da Lava Jato no Supremo

PROMESSAS PARA FICAR ATOLADO NO PURGATÓRIO – Com os lugares-comuns sustentados enfaticamente pelo candidato, não há nenhuma esperança de que a cúpula do MP possa ser melhor do que é. Reivindicar “papel ativo e dinâmico” (como se houvesse algum papel em ficar inerte) ou “cultivar pluralismo de ideias” (como se fosse possível ter uma só ideia); propor a “não ingerência no trabalho” (para o órgão ao qual a Carta já assegura uma independência sui generis), tudo para pregar “ações firmes e claras” … isso parece ser um indisfarçado DISCURSO ENGANADOR. A única proposta direta consiste em tornar mais efetiva a atuação do MP no “Lava-Jato” no STJ e STF, pois ali de fato Janot claudica. Mas como obter isso, se o candidato quer “diálogo aberto e permanente com senadores, deputados e lideranças de partidos”? Ora, querer “diálogo” quando todos os processos da “Lava-Jato” que estão no STF envolvem parlamentares, já significa capitulação. [Luiz Fernando Cabeda]

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Luiz Estevão monta portal de notícias

“Vamos acelerar o processo… Senão esse sujeitinho vai acabar solto que nem o Lalau…” [Fábio José Horta Nogueira]