Quem cuidará da Lava Jato no STJ?
Reportagem de Juliano Basile e Letícia Casado, publicada no “Valor Econômico” nesta segunda-feira (3), informa que Dilma Rousseff fará duas escolhas que poderão interferir na Lava Jato: a indicação de quem comandará a Procuradoria Geral da República no próximo biênio e a indicação do ministro que será relator da operação no Superior Tribunal de Justiça.
Nesse tribunal, foram anuladas em 2011 as operações Castelo de Areia e Satiagraha. “Para a surpresa das bancas renomadas de criminalistas, o STJ não concedeu a maioria dos pedidos feitos pelas defesas das empreiteiras na Lava Jato”, afirmam os jornalistas.
Eis um rápido perfil dos três magistrados que disputam a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Ari Pargendler, em setembro de 2014:
Joel Paciornik – Primeiro colocado na lista do STJ, paranaense, desembargador do TRF-4. Segundo o jornal, é visto com bons olhos pelo ministro Teori Zavascki e conta com o apoio do ministro Luiz Edson Fachin, ambos do Supremo Tribunal Federal.
Marcelo Navarro – Segundo clocado na lista do STJ, presidente do TRF-3. Segundo o jornal, conta com apoio do ministro Francisco Falcão, presidente do STJ, do ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), seu conterrâneo, e é “bem visto” pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Fernando Quadros – Terceiro colocado na lista do STJ, é desembargador do TRF-4. Foi procurador do Estado do Paraná e do ministério Público do Trabalho em Porto Alegre. Foi conselheiro do CNMP (2007/2009).
O escolhido por Dilma vai ocupar a cadeira do desembargador convocado Newton Trisotto, que está relatando os recursos da Lava Jato.
Ainda segundo o jornal, as decisões de Trisotto, “até agora, desagradaram os advogados de defesa dos executivos das empreiteiras”.