Demissão de transexual é questionada
Professora alega ter sofrido discriminação transfóbica em colégio.
A Defensoria Pública de SP, por meio de seu Núcleo Especializado de Combate a Discriminação, Racismo e Preconceito, pediu esclarecimentos aos diretores de um colégio na capital paulista sobre a demissão da professora transexual Luiza Coppieters, que afirma ter sofrido discriminação transfóbica no ambiente de trabalho.
A professora relatou que trabalhava como professora de filosofia desde 2009, em diversas unidades do colégio. Ela afirmou que iniciou seu processo de mudança de sexo gradualmente, expressando aos poucos a sua identidade feminina, fato que teria desagradado a direção da escola e gerado uma disseminação crescente de preconceito dentro do seu ambiente de trabalho.
Segundo o ofício, a administração do colégio passou a regular o conteúdo de suas aulas, impedindo que ela tratasse de qualquer tema relacionado a gênero. Houve, ainda, diminuição pela metade de seu número de aulas, até que recentemente foi dispensada.
A Defensoria Pública questiona o colégio se há uma política de respeito à diversidade, se são oferecidas capacitações e sensibilizações a estudantes e funcionários sobre questões referentes a diversidade sexual e de gênero, e, por fim, se há uma política de empregabilidade de pessoas integrantes de minorias, como LGBTs e negros.