Black blocs e a outra força-tarefa

Frederico Vasconcelos

Sob o título “Onde foram parar os black blocs”, a jornalista Maria Cristina Fernandes publica nesta sexta-feira (14), no suplemento de fim de semana do jornal “Valor“, artigo sobre o refluxo dos manifestantes que ganharam as ruas em 2013.

“Entre as razões por que se recolheram está a força-tarefa, não aquela reunida em Curitiba, admirada por grande parte dos manifestantes que estarão nas ruas neste domingo. Aquela que combateu os black blocs reúne policiais civis, militares e promotores, foi formada em outubro de 2013 em São Paulo com o intuito de provocar o Judiciário a adotar medidas cautelares para impedi-los de participar de novas manifestações”, afirma a jornalista.

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“A força-tarefa convocou 40 pessoas, entre as quais as mães de manifestantes a prestar depoimento no dia em que estava marcado um dos maiores atos contra a Copa do Mundo no centro de São Paulo. Montava-se, com a convocação coletiva e mandados de busca e apreensão, a estratégia de enquadrar o grupo por associação criminosa em vez de investigar cada um por vandalismo. A força-tarefa reuniu indícios nas redes sociais para tentar comprovar junto aos juízes de que se tratava de ação orquestrada contra a ordem pública.”

Segundo Maria Cristina Fernandes, “o recuo da tática, por coação policial, não fez refluir o ódio”.

Uma nova versão disputa a liderança das manifestações. Não quebra vidraça, mas arrisca rasgar a Constituição.”